
A produção industrial do Rio Grande do Norte voltou a cair em outubro de 2025 após dois meses seguidos de crescimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve retração de 9,5% na comparação com o mesmo mês de 2024. A queda foi influenciada pelo fraco desempenho do setor de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, que registrou recuo de 27,6%.
Apesar da queda geral, todos os demais segmentos analisados tiveram desempenho positivo. As indústrias extrativistas cresceram 7,1%, enquanto a fabricação de produtos alimentícios avançou 6%.
O destaque do mês ficou com a confecção de artigos do vestuário e acessórios, que registrou alta expressiva de 110,2%, o maior crescimento entre todos os estados do País e o segundo melhor resultado do ano no RN.
Segundo o analista do IBGE, Bernardo de Almeida, o salto ocorre principalmente pela base de comparação baixa. Em outubro de 2024, o setor havia recuado 27,6%. Ele explica que houve aumento na produção de bermudas, jardineiras, shorts e peças masculinas, além de camisas e blusas femininas.
Desempenho acumulado em 2025
No acumulado do ano, a produção industrial RN segue tendência semelhante. Apenas o setor de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis apresentou queda, com recuo de 23,8%.
Já as indústrias extrativistas cresceram 13,3%. A confecção de vestuário avançou 37,9%, enquanto a fabricação de produtos alimentícios manteve expansão de 5,6%.
Mesmo com esses resultados, o acumulado da indústria geral no RN registra queda de 12,7% em 2025.
Resultado em 12 meses
Na análise dos últimos 12 meses, o cenário se repete. Crescem as indústrias extrativistas (11,4%), os alimentos (6,8%) e o vestuário (25%). Já o setor ligado ao petróleo volta a puxar o índice para baixo, com queda de 21,3%, fazendo a indústria geral recuar 11,9% no período.
O que é a PIM-PF Regional
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional acompanha desde a década de 1970 o comportamento do setor industrial no Brasil. O levantamento traz indicadores mensais de curto prazo para 17 estados que representam, juntos, mais de 0,5% da transformação industrial nacional, além do Nordeste como região.
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