O mês de maio termina com 43.080 veículos produzidos, uma alta ilusória de 2.232% em relação a abril. O mês passado foi o pior já registrado na história moderna da indústria automotiva nacional.
A comparação com maio de 2019, dado que reflete a realidade do mercado, indica uma queda de 90,8% na fabricação de carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (5) pela Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil.
Algumas fábricas voltaram a produzir em diferentes datas de maio, enquanto outras retornam ao longo de junho. O ritmo está mais lento, em um turno, e as empresas se adequam aos novos protocolos de segurança sanitária.
Com 62 mil veículos emplacados, é o pior maio desde 1992, com queda de 74,7% em relação ao mesmo período de 2019. Nem todos os Detrans estão funcionando plenamente, o que deve ocorrer ao longo de junho. Por isso se espera uma alta expressiva neste mês, embora ainda muito distante do registrado em janeiro e fevereiro.
No acumulado do ano, há queda de 37,7% nos emplacamentos. São 400 mil unidades a menos que o registrado nos primeiros cinco meses de 2019.
Em projeções atualizadas, a Anfavea considera que os licenciamentos devem cair 40% em 2020 em relação a 2019. O PIB, de acordo com a entidade, deve recuar entre 7% e 7,5% no ano.
Folha de S. Paulo