
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) acende alerta vermelho sobre a fabricação brasileira de veículos. Segundo a entidade, em novembro, 219.058 unidades saíram das linhas de produção espalhadas pelo país, o quarto pior número em um mês ao longo deste ano.
O dado representa uma queda de 8,2% em relação a novembro de 2024 (238.654) e uma redução de 11,6% para outubro, quando 247.770 unidades foram produzidas. Com isso, o acumulado do ano teve uma pequena redução, apesar de ainda apresentar um saldo positivo, de 4,1% (2.459.580 contra 2.361.972).
Os veículos leves apresentam números bem parecidos com o geral. Em novembro, foram produzidas 208.131 unidades, o que representa uma redução de 11,6% para outubro (235.476) e de outra de 6,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado (223.040). No acumulado, alta de 4,9% (2.313.697 contra 2.205.344).
Já caminhões e ônibus apresentam dados ainda piores. Em novembro, foram 10.927 unidades produzidas, o que representa uma queda de 10,93 para outubro (12.264) e de 30,04% em comparação ao mesmo mês do ano passado (15.614). No acumulado do ano, foram fabricados 145.873 modelos, recuo de 6,87% para o mesmo período de 2024 (156.628).
As exportações também caíram vertiginosamente. Em novembro, 35.729 veículos foram enviados para outros mercados, uma redução de 12% para outubro (40.600) e outra de 13,8% em relação ao mesmo período de 2024 (41.436). No acumulado, 510.130 unidades saíram dos portos brasileiros, crescimento de 37,9% em comparação com o ano passado (370.048).
“Ainda estamos com uma produção acumulada 4,1% mais alta do que nos primeiros onze meses de 2024, mas esse crescimento está muito abaixo do havíamos projetado para 2025, o que vem nos colocando em estado de alerta nos últimos meses. Esperamos que dezembro traga um alento às vendas de automóveis e comerciais leves, após o sucesso estrondoso do Salão do Automóvel. Já o segmento de pesados, o mais impactado pelos juros elevados, precisa de um olhar mais atento para que retorne a patamares normais e o setor possa garantir a manutenção de empregos”, aponta Igor Calvet, presidente da Anfavea.
Diário do Poder

