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Primeira noite do MADA teve ingressos esgotados e shows marcantes

CERCA DE 12 MIL PESSOAS FORAM À PRIMEIRA NOITE DA EDIÇÃO QUE COMPLETA 24 ANOS. FOTO: DIVULGAÇÃO

Uma noite para alimentar e lavar a alma. O retorno do Festival MADA em 2022, após dois anos de pausa por conta da pandemia, comprovou não só o desejo do público de reencontrar seus artistas favoritos, mas a força do festival como amplificador de tendências. Resultado: Arena das Dunas lotada na estreia de sexta (23), estimativa de 12.500 mil pessoas e bilheteria encerrada mais cedo. Uma boa prévia do que virá nos 25 anos do festival.

A edição conta com a mesma logística de dois palcos lado a lado, mas uma estrutura maior e a integração de marcas parceiras nas ações para o público, de camarim para maquiagem gratuita a touro mecânico. O Rockstage, espaço mais reservado do festival, também ganhou em tamanho e conforto, sem se sobrepor à pista. A frente do palco estava livre para todos. Mas como o foco era a música, nesse quesito a plateia chegou mais cedo para aproveitar o espaço e acompanhar os primeiros shows que começaram pontualmente às 18h40.

O rapper natalense Cazasuja comprovou que em Natal é um dos nomes do momento no hip hop. O projeto Retrovisor trouxe a experiência de cinco artistas consolidados no RN fazendo uma mistura de rock e MPB. Bonito rever em grande momento todos juntos Simona Talma, Angela Castro, Luiz Gadelha, Khrystal e Valéria Oliveira. Já a cantora baiana Josyara trouxe o seu novo  “ÀdeusadarÁ” e provou porque venceu o VWA de cantora revelação, em uma proposta de MPB afro com direito a citações a Chiclete com Banana e Cátia de França.

A pitada de rock indie ficou por conta da banda Terno Rei, de São Paulo, mostrando que a  pegada anos 80 segue como referência. A cantora drag Potyguara Bardo comprovou sua crescente popularidade em Natal fazendo o público cantar junto vários hits. O cantor e rapper paulista Emicida, um dos mais esperados da noite, surpreendeu ao entrar no palco mais cedo que o previsto. Por conta de um vôo antecipado, ele  “trocou” de lugar com Letrux e agradeceu à cantora pela gentileza. Com um cenário de projeções que lembravam vitrais das antigas catedrais, Emicida entrou com o jogo ganho com seu repertório certeiro, reunindo hits como “Levanta e Anda”, “Amarelo”, “Pequenas alegrias da vida adulta”, “Gueto”, “Quem tem um amigo”, entre outras.

O climão tomou conta da Arena quando Letícia Letrux subiu ao palco com sua música e irreverência, levando a plateia ao delírio com músicas do álbum “Letrux aos Prantos” e  “Noite de Climão”. Mas o ápice viria com a cantora Gloria Groove (SP) e seu teatral espetáculo Lady Leste. Entre inúmeras trocas de figurinos, coreografias bem executadas e domínio de palco, Groove e sua trupe ofereceram a celebração que o público pediu. No repertório “A Queda”, “Bonekinha”, “Leilão” e “Vermelho”. O encerramento da primeira noite ficou nas mãos do rapper Djonga (MG) que apostou na força de suas rimas para falar de discriminação racial e amor. Fim de festa: 4h30 da madrugada.

Neste sábado, última noite do MADA, a programação começa mais cedo e promete grandes momentos da diversidade musical brasileira com a mistura afro-latina-universal. Às 18h20 entra ao palco Fabiano Nasi e na sequência Uma Senhora Limonada e Fortunato e os Jovens de Ontem convida Frevo do Xico. Também será a noite de Boogarins, Afrocidade, Marina Sena, Mayra Andrade, BaianaSystem, Luísa e Os Alquimistas, Linn da Quebrada e Baile do DK. O dia promete nascer feliz.

O MADA 2022 conta com patrocínios da Coca-Cola, Brisanet, Unimed Natal e Cerveja Tiger e com apoio da Prefeitura de Natal e InterTV. Para acesso à Arena das Dunas, o festival terá como exigências o comprovante de vacinação com, pelo menos, duas doses ou dose única, junto com documento de identificação com foto. Vendas, na Sympla – aqui , Loja Sem Etiqueta do Natal Shopping e Ecológica do Midway Mall.

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