
AMÉLIA E MARIDO (FOTO:REPRODUÇÃO FACEBOOK)
Uma reunião entre a primeira-dama de Mossoró, Amélia Ciarlini, e correligionários de seu núcleo duro expôs as tratativas às quais recorreu a campanha para reeleição do prefeito Silveira Júnior (PSD).
Na conversa, gravada por um dos participantes, Amélia cita que existe um pacto político com a campanha adversária de Tião da Prest (PSDB), para que nem Silveira nem ele ataquem um ao outro. Para deixar claro os termos do acordo, ela ainda explica que Tião está agindo nas bases eleitorais diretamente com dinheiro.
O diálogo ocorreu dias após Amélia ir ao Facebook cobrar do governador Robinson Faria apoio à campanha do marido. Segundo apurou a reportagem, o encontro que acabou gravado e vazado foi feito na residência do prefeito Silveira Júnior.
Além de Amélia, foram identificados na conversa Frederick Escóssia, um dos homens de confiança do prefeito e o jornalista Neto Queiroz, cuja agência de publicidade presta serviço à Prefeitura de Mossoró e à Câmara Municipal.
Todos os quatro foram procurados pela reportagem. Apenas Neto Queiroz concedeu entrevista e negou o teor da conversa, que foi a seguinte:
Amélia Ciarlini, Frederick Escóssia e Tião Prestes foram procurados pela reportagem do portalnoar.com para comentar o assunto. Nem um dos três atendeu ou retornou as ligações. A reportagem deixou mensagem em suas caixas postais.
Neto Queiroz negou o encontro. “Não, não tenho nenhum conhecimento sobre isso. É a primeira vez que ouço falar sobre isso. Você poderia ouvir Frederico. Mas não, não tenho conhecimento desse encontro. Precisaria ouvir para ter algum tipo de lembrança”.
Informado que a reportagem então poderia disponibilizar o áudio para que ele ouvisse, Neto aceitou, informando que, em seguida, retornaria. Ele alegou posteriormente que o acordo mencionado não se sustenta. “Prova mais cabal disso são as ações ajuizadas um contra o outro, ou seja, fatos que demonstram que isso não existe”.
Neto Queiroz ainda criticou o áudio. Segundo afirmou, a peça é premeditadamente editada e “que se trata de peça de marketing de quem está querendo vender para opinião pública esse suposto fato, visando obter dividendos eleitorais. Por fim, Importante salientar que gravações de conversas em ambientes fechados, sem o conhecimento do gravado, constitui prova ilícita. Portanto a informação se baseia em gravação editada e colhida de forma ilícita”.
Portal Noar

