O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, participou na manhã desta terça-feira, 01.06, de evento promovido pela Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn) e Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios, que contou com uma palestra on-line proferida pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. O ministro falou sobre “Visão de economia, crescimento e perspectivas dos supermercados para 2022”.
“A crise que atravessamos é sem precedentes. Diariamente dezenas de milhares de negócios sucumbem. Não é à toa que, de acordo com o IBGE, no primeiro trimestre deste ano, temos uma taxa de 15,5% de desemprego aqui no estado. A mesma registrada no último semestre de 2020. Além disso, os números do Caged, que engloba o mercado formal de trabalho, mostram um saldo negativo de 61 postos no mês de abril no Rio Grande do Norte. Diante disso, o que esperar do futuro é uma angústia não só do setor supermercadista, como também de todo empreendedor”, afirmou o presidente Marcelo Queiroz.
Durante sua palestra o ministro Rogério Marinho destacou o crescimento do setor supermercadista, mesmo em meio à pandemia, e atribuiu uma parte deste mérito ao suporte dado pelo Governo Federal. “No ano passado o setor de supermercados cresceu quase 10%, mesmo com uma retração do PIB na casa dos 4%. E não foi por acaso, já que o Governo Federal, ao mesmo tempo se preocupou com a saúde das pessoas, tomou uma série de medidas que preservou a rigidez da nossa economia, distribuindo recursos superlativos para estados e municípios para ajudar a transpor a crise que se abateu no mundo inteiro”.
Marinho destacou “que foram mais de R$ 300 bilhões relativos ao Auxílio Emergencial, que uma parte se traduziu em compra de alimentos, gêneros de primeira necessidade, e insumos na área de construção civil, além de quase de R$ 50 bilhões na preservação do emprego, o que resultou na geração de 140 mil postos de trabalho no mercado formal a mais do que tínhamos em 2019”.
Com relação ao futuro, o ministro afirmou que a previsão é de crescimento, não só para o setor supermercadista como também para os demais. Mas para que haja sustentabilidade é preciso uma correção de rumos, como a reforma tributária e administrativa, por exemplo. “Eu acredito que esse seja um ano de recuperação. Em dois anos vamos ter um crescimento entre 2 e 4%, mas que depende de alguns fatores, como a modernização tributaria, a privatização das empresas que custam muito ao erário e não possuem capacidade de investimento, entre outras coisas. Se no ano que vem tivermos estas mudanças que estamos esperando, vamos ter mais uns três ou quatro anos de crescimento sustentável”, ponderou.
O evento também contou com a participação do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi; e do presidente da Assurn, Gilvan Mikelyson Góis.