O Podemos já trabalha com 100% de probabilidade de uma candidatura do senador Styvenson Valentim a governador do Rio Grande do Norte, nas eleições de outubro. Para isso, o presidente estadual do partido, advogado Felipe Madruga, admite ampliar o leque de alianças, porque “tirando a governadora do Estado, todos estão no mesmo barco da oposição”.
Pelo fato do senador Styvenson Valentim ser tido como meio arredio a negociações políticas, o dirigente do Podemos ponderou que o senador “vai acabar entendendo a importância disso, de aglutinar forças políticas, sempre com objetivo de valores que não vão ser ultrapassados e em prol de recuperar o Rio Grande do Norte”.
Felipe Madruga disse em entrevista ao programa “Tribuna Livre”, da rádio Jovem Pan News, que “a gente tem de fugir um pouco dos nomes, tem de pensar no objetivo maior que é recuperar o Rioi Grande do Norte”, admitindo que outros nomes que estão sendo cogitados para disputar o Executivo, podem ser uma opção para a disputa do Senado numa aliança com outros partidos de oposição.
Felipe Madruga argumenta que Styvenson Valentim “está na melhor das situações, sem nada a perder, senador no meio do mandato e alta popularidade e pontuando em dois dígitos nas pesquisas”.
Segundo Madruga, a pré-candidatura de Valentim “é prioridade atemporal no partido pelas condições políticas que reúne”, mas o Podemos tem quadros para disputar o governo ou a vaga de senador, como o médico Geraldo Pinho, que foi candidato a vereador e é o atual secretário geral do partido, além do empresário Afrânio Miranda, que disputou a prefeitura de Natal em 2020 e a educadora Francisca Henrique, que concorreu à prefeitura de Parnamirim.
Felipe Madruga voltou a falar sobre a informação de que Valentim não cumpriu todo o processo de filiação ao PODEMOS, depois de deixar o partido REDE em 2019: “O senador é filiado ao PODEMOS, tem atuação na mesa do Senado Federal, participações nas comissões, em todas votações de peso e relevância nacional vem atuando como senador do PODEMOS, com o nome aparecendo no painel de votação no Senado”.
O presidente do PODEMOS no Estado diz ser “interessante essa polêmica aparecer na semana em que o senador consta em segundo lugar como pré-candidato ao governo e tentarem desestabilizar dessa forma, vejo por esse lado”.
Felipe Madruga lembrou que o senador “filiou-se com fotografia publicada em jornais nacionais e locais, no púlpito do Senado Federal e com o líder da bancada ao lado dele, senador Álvaro Dias (PODE-PR)”.
Ele cita “a quantidade de informações da atuação dele pelo PODEMOS, e que chega a ser cômico, tentarem puxar esse assunto agora”. Agora, acrescentou, “alegam uma eventual irregularidade na listagem de filiados que foi para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.
“Mas tranquilizo os membros do partido, porque “a Súmula 20 do TSE vai diretamente nesse sentido sobre prova de filiação partidária, que pode ser por outros meios, quando existe ausência do nome na lista de filiados.
Na opinião de Madruga, “falta pouco tempo para as eleições, nem o senador admite que é pré-candidato publicamente e de forma expressa, representando mudanças que vão ser realizadas no Rio Grande do Norte, isso provoca angústia em muitos”.
Para Madruga, “quem não estão tranquilos, são aqueles que estão vendo um nome que pode ameaçar a reeleição da governadora do Estado, que está com índice de rejeição altíssimo e abriu as portas do governo pra os que antes eram criticados”.
Já a respeito de declarações do próprio Styvenson Valentim que estaria incomodado com a possibilidade do primeiro suplente vir a assumir o mandato e não cumprir com seus compromissos assumidos durante o mandato, como o acompanhamento de emendas destinadas ao Estado e aos municípios, Felipe Madruga afirmou que “isso demonstra boa-fé e preocupação dele (Valetim) com o Estado e de o suplente não honrar os compromissos e a linha de atuação dele”.
Porém, Madruga declarou que isso também “faz parte do jogo político, o senador não pode deixar uma missão ainda maior para o Estado, que é a de governador, senador tem muita importância, mas governador é de fato quem dá o rumo ao Estado por uma situação dessa”.
Madruga disse, ainda, que o senador “tem de cumprir essa missão e confirmar essa pré-candidatura a governador, mas eu não falo por ele, que tem luz própria e responde pelos próprios atos dele, mas tem condições políticas de ser candidato ao governo e tocar um projeto alternativo e fazer uma ruptura, que é a única forma de mudar os rumos do Rio Grande do Norte”.
TRIBUNA DO NORTE