
Após Mercosul e União Europeia fecharem um dos maiores acordos comerciais da atualidade, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse neste sábado, 29, que o presidente Jair Bolsonaro garantiu a ele o compromisso do Brasil com o Acordo de Paris e a “luta pela biodiversidade”.
Bolsonaro comemorou o acordo através das redes sociais. Veja:
Histórico! Nossa equipe, liderada pelo Embaixador Ernesto Araújo, acaba de fechar o Acordo Mercosul-UE, que vinha sendo negociado sem sucesso desde 1999. Esse será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 28, 2019
“O presidente Bolsonaro me confirmou o seu compromisso, ao contrário das preocupações que se podia ter, com o Acordo de Paris e a luta pela biodiversidade”, disse em entrevista em Osaka, no Japão. Segundo Macron, a “garantia dada por Bolsonaro” foi chave para que o entendimento entre Mercosul e União Europeia fosse firmado.
– Tereza Cristina e Ernesto negociando em Bruxelas, Onyx e Guedes no Brasil e eu, após conversar com Merkel, Macron e Macri em Osaka, fechamos o acordo do Mercosul com a União Européia. Depois de 20 anos, e sem mais o viés ideológico, a vitória. Parabéns BRASIL! ?? pic.twitter.com/PbZ2SVu3UZ
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 28, 2019
Poderíamos dizer que Bolsonaro deu uma “sacada de mestre” e, de fato, firmou um excelente acordo! Porém os elogios franceses podem acabar suplantados diante da última declaração do presidente brasileiro ao afirmar que “A reserva ianomâmi é muitas vezes muito maior que alguns países europeus, além de ser rica em minério, urânio…”. Bolsonaro afirmou ainda que “pretende integrar os povos indígenas à sociedade”.
Vale lembrar que o acordo comercial entre Brasil e União Europeia também menciona a necessidade de uma administração sustentável e da conservação de florestas e prevê a cooperação entre os países para a proteção dos povos indígenas. Mas Bolsonaro voltou a criticar o tamanho das reservas indígenas brasileiras, dizendo que há uma preocupação de que as áreas demarcadas perto da fronteira ameacem a “integridade territorial” do Brasil.
“A gente quer tratar índio como cidadão. O índio não pode ser tratado como ser pré-histórico confinado. Não podemos ver índio morrer com picada de cobra e trabalhando apenas com energia muscular para fazer farinha”, afirmou. “Ele quer ir para a cidade, quer o que queremos. Queremos integrar o índio à sociedade.”, concluiu Bolsonaro.
Com informações: Terra

