A presidente afastada, Dilma Rousseff, classificou o estupro coletivo ocorrido no Rio e sua divulgação em fotos e vídeos como “uma barbárie”. Ela publicou nesta quinta-feira (26), nota em uma rede social prestando sua solidariedade à jovem menor de idade.
“Além de cometerem o crime, os agressores ainda divulgaram fotos e vídeos da vítima, desacordada, na internet. Uma barbárie.”
Dilma também reafirmou seu repúdio à violência contra as mulheres e defendeu punição aos criminosos.
“Precisamos combater, denunciar e punir este crime. É inaceitável que crimes como esse continuem a acontecer. Repito, devemos identificar e punir os responsáveis.”
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Rio, por intermédio da Comissão Permanente OAB Mulher, também manifestou, através de nota, seu “mais profundo repúdio”:
“Os atos repulsivos demonstram, lamentavelmente, a cultura machista que ainda existe, em pleno Século 21. Importante ressaltar que cada frase machista, cada piada sexista, cada propaganda que torna a mulher um objeto sexual devem ser combatidas diariamente, sob o risco de se tornarem potenciais incentivadoras de comportamentos perversos. E, igualmente, lembrar que, se esse crime chegou ao conhecimento público, tantos outros permanecem ocultos, sem repercussão. Precisamos lutar contra a violência em cada lar, em cada comunidade, em cada bairro”.
A OAB oferece ainda assistência jurídica à vítima e sua família:
“A seccional vem oferecer assistência jurídica e se une à população no apoio incondicional à família, na expectativa de ampla recuperação da vítima, na fiscalização da ação policial, e sobretudo, na confiança de que a lei – base constitucional balizadora das ações da sociedade – irá prevalecer na punição aos responsáveis”
A Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres Brasil divulgou uma nota se solidarizando com a adolescente e com uma outra vítima de estupro coletivo, no Piauí:
A ONU Mulheres solicita aos poderes públicos dos estados do Rio de Janeiro e do Piauí que seja incorporada a perspectiva de gênero na investigação, processo e julgamento de tais casos, para acesso à justiça e reparação às vítimas, evitando a sua revitimização.(…) A ONU Mulheres reforça a necessidade de garantia e fortalecimento da rede de atendimento a mulheres em situação de violência e de órgãos de políticas para as mulheres e profissionais especializadas e especializados em gênero em todas as esferas governamentais, para o pleno atendimento às vítimas, primando pelo cumprimento de protocolos, pela celeridade e pela humanização nos procedimentos de saúde, psicossocial e justiça em todas as etapas do atendimento às vítimas e seus familiares, assim como a rigorosa punição dos agressores.
O Globo