” Não vou baixar a cabeça, não” – declarou Mônica ao sorrir, quando entrou no Instituto Médico Legal de Curitiba, após ser presa pela Polícia Federal junto com o marqueteiro João Santana. Atrás da mulher, João Santana não falou nada, mas também manteve a cabeça erguida.
O publicitário e sua mulher tiveram a prisão temporária decretada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, na 23ª fase da Operação Lava-Jato. João Santana, coordenador das campanhas eleitorais que levaram Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff à Presidência, é suspeito de receber US$ 7,5 milhões em contas no exterior entre 2012 e 2014. Os valores teriam sido pagos através de um esquema de propina. Eles teriam sido pagos pela offshore Klienfeld, identificada pela força-tarefa da Operação Lava-Jato como um dos caminhos de propina da Odebrecht no exterior, e pelo engenheiro Zwi Skornicki, suspeito de operar o esquema de propina na Petrobras. A suspeita é de que os pagamentos correspondem a serviços eleitorais prestados ao PT.
(Com informações de O Globo)