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Prefeitura suspende projeto da trincheira na Alexandrino por tempo indeterminado

FOTO: REPRODUÇÃO

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) determinou, nesta sexta-feira 12, a paralisação por tempo indeterminado do projeto da trincheira no cruzamento das avenidas Alexandrino de Alencar e Hermes da Fonseca, na Zona Leste de Natal. A decisão foi oficializada no Diário Oficial do Município (DOM) por meio da Ordem de Paralisação nº 002/2025, assinada pela titular da pasta, Jódia Melo.

Com valor contratual de R$ 24,2 milhões, aditivado em mais R$ 1,7 milhão, o serviço seria executado pela empresa TCPAV – Tecnologia em Construção e Pavimentação Eireli. A obra previa a construção de um túnel viário, além de intervenções de sinalização, iluminação e acessibilidade no entorno. O prazo foi prorrogado até novembro deste ano, mas o cronograma ficará suspenso até nova deliberação.

Desde o anúncio, a trincheira é motivo de polêmica em Natal. Moradores e comerciantes da região já haviam realizado protestos contra a intervenção, alegando prejuízos ao comércio local, impactos ambientais e ineficácia para resolver os problemas de mobilidade. No campo político, vereadores questionaram o projeto em audiência pública realizada na Câmara Municipal. A deputada federal Natália Bonavides (PT) também chegou a se posicionar contra a obra, mobilizando apoiadores em protesto.

Conforme a gestão municipal passada, a trincheira seria necessária para dar fluidez ao tráfego em um dos pontos mais críticos da cidade, onde o semáforo de três tempos gera congestionamentos diários. Os estudos da gestão municipal apontavam que o volume de veículos no trecho deveria crescer de 65 mil por dia para 95 mil até 2033. A expectativa era de que a obra garantisse melhorias no trânsito por ao menos dez anos.

Em 2023, uma decisão liminar da Justiça Federal no Rio Grande do Norte manteve a suspensão da construção da trincheira. A decisão atendeu pedido do vereador Daniel Valença (PT), que argumentou que a obra não resolveria o problema no tráfego de veículos da região e causaria ainda impactos negativos para o comércio e moradores do entorno.

A juíza federal Moniky Mayara Fonseca já havia suspendido o início da obra e ordenado a realização de uma audiência pública, que aconteceu em julho do mesmo ano. Após a discussão pública, no entanto, a magistrada resolveu manter o veto ao início da obra até o julgamento do mérito da ação.

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