O prefeito Álvaro Dias recebeu nessa terça-feira (22) representantes do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) para tratar de uma proposta de cooperação técnica entre a prefeitura de Natal e o laboratório, visando o monitoramento, tratamento correto da sífilis materna e erradicação de casos de sífilis congênita na capital. A reunião contou com a presença de especialistas sendo detalhada pelo diretor-executivo LAIS, Ricardo Valentim, e pela infectologista Dra Rosângela Morais. A meta é implantar na rede básica de saúde de Natal o sistema Salus, uma plataforma de monitoramento inteligente voltada para a atenção básica e vigilância sanitária.
O prefeito afirmou que a prefeitura de Natal tem total interesse em participar dessa parceria. “Vamos discutir uma forma de cooperação entre a prefeitura e o Lais para podermos atuar no sentido de erradicar a sífilis congênita. Já marquei uma visita nossa ao laboratório presencialmente para continuar as discussões e detalhar como iremos atuar conjuntamente na atenção e eliminação desta doença”, disse.
Ricardo Valentim explicou que o projeto ‘Sífilis Não’, ação que objetiva divulgar os números crescentes da sífilis congênita, tem várias dimensões e uma das mais importantes diz respeito à eliminação da transmissão vertical de mulheres gestantes, encontrando o melhor caminho para a identificação ágil e o atendimento singular a esse público de grávidas e bebês.
“Essa pactuação com Natal visa implantar uma tecnologia de informação que monitore e, em simultâneo, qualifique as equipes de saúde para o enfrentamento correto e o manejo dessa doença de acordo com as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde)”, disse Valentim. “Natal pode ser uma das primeiras capitais do Brasil a eliminar a sífilis congênita, por isso estamos apostando nessa cooperação técnica”, completou.
A sífilis congênita é a infecção transmitida da mãe para o bebê e pode ocorrer em qualquer fase da gravidez. O risco é maior para as mulheres com sífilis primária ou secundária. A sífilis materna, sem tratamento, pode causar má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Na maioria das vezes, porém, o bebê nasce aparentemente saudável e os sintomas aparecem nos primeiros meses de vida: pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental, surdez e cegueira.