O vereador Cabo Deyvison (MDB) criticou a gestão municipal de Mossoró, responsabilizando a falta de segurança pública e fiscalização pelo aumento da criminalidade na cidade. Em uma transmissão ao vivo, ele denunciou o roubo de refletores recém-instalados em uma areninha esportiva no Conjunto Independência, no bairro Santo Antônio, e cobrou providências para fortalecer o policiamento e punir receptadores de materiais roubados.
Segundo Deyvison, a ausência de rondas policiais e a fragilidade do sistema de segurança fazem de Mossoró um alvo fácil para criminosos. Ele defendeu a necessidade de um concurso público para ampliar o efetivo da Guarda Municipal, que atualmente conta com 282 agentes, número insuficiente para atender a demanda da cidade. “Mossoró tem quase 300 mil habitantes. Pela legislação, a Guarda poderia ter até 840 agentes. O prefeito precisa agir e abrir esse concurso para aumentar a segurança, gerar empregos e promover a ordem pública”, afirmou.
Diante do roubo dos refletores da areninha recém-inaugurada, Deyvison anunciou que registrará um boletim de ocorrência na Polícia Civil e pediu investigação rigorosa. Além disso, revelou que apresentará um projeto de lei para punir estabelecimentos que comercializam produtos de origem ilícita. “O cara que compra celular roubado, refletor furtado, bicicleta levada no assalto, sabendo da procedência, vai perder a licença da Prefeitura. Quer vender? Venda produto legal. Se não, vai ter que fechar as portas”, declarou.
Ele reforçou que a insegurança em Mossoró não se combate apenas com repressão policial, mas também com a recuperação de usuários de drogas, muitos dos quais se tornam dependentes do tráfico e cometem crimes para sustentar o vício. “Não adianta só prender. Precisamos tratar essas pessoas, oferecer recuperação e oportunidades de trabalho para que saiam das ruas e deixem de alimentar essa rede criminosa”, disse.
Deyvison também mencionou a precariedade da infraestrutura e do atendimento nas comunidades e postos de saúde, afirmando que seguirá cobrando ações do Executivo municipal. Ele relatou que, mesmo fazendo indicações formais de reparos e melhorias em vias públicas e unidades de saúde, poucas solicitações são atendidas. “Eu não faço oposição gratuita, mas se a Prefeitura não cumpre seu papel, meu dever como vereador é fiscalizar e cobrar. E se for preciso, eu vou pessoalmente até as secretarias exigir respostas”, afirmou.
Para ele, o atual cenário de abandono e falta de policiamento estimula ainda mais a criminalidade na cidade. “Se Mossoró tivesse uma gestão que priorizasse segurança e infraestrutura, estaríamos em outro patamar. Mas enquanto nada é feito, quem paga o preço é a população”, concluiu.
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