Apesar da crise financeira que enfrenta a Prefeitura do Natal, com repercussão na regularidade do pagamento dos servidores e corte de gastos das despesas públicas, o prefeito Carlos Eduardo Alves diligencia no sentido de manter a programação festiva do “Natal em Natal”, evento que, a exemplo de anos anteriores, deverá contar a participação de grandes estrelas do cenário musical nacional. Ontem, Alves teve um encontro, no Rio de Janeiro, com os cantores Alceu Valença e Morais Moreira, com os quais discutiu a participação no acontecimento festivo.
O fato foi comemorado pelo próprio prefeito, que postou, em sua conta no micro blog Twitter, uma foto acompanhado do seu secretário de Cultura, Dácio Galvão e dos cantores Alceu Valença e Moraes Moreia. No texto da postagem, o Carlos Eduardo diz: “Aqui no Rio com Alceu Valença e Moraes Moreira e Dácio na livraria Argumento. Pauta: Natal em Natal é Carnaval”.
Na reunião do Rio de Janeiro, o prefeito tratou especificamente da participação dos artistas no “Festival Literário de Natal”, acontecimento que faz parte da programação do “Natal em Natal”, segundo explicou o secretário de Turismo do Município, Fred Queiroz.
Para o “Natal em Natal”, os recursos, da ordem de R$ 500 mil, já estão 100% assegurados através de patrocínio da Cosern, por meio do Ministério da Cultura/ Lei Rouanet (renúncia fiscal/incentivo à cultura).
Com relação aos shows do “Natal em Natal”, a prefeitura está contando com a liberação de recursos do Ministério do Turismo, no valor de R$ 400 mil, que deverão ser obtidos através de convênios com o próprio Ministério.
“Trata-se de uma verba carimbada que é disputada por mais de cinco mil municípios brasileiros. Se Natal não fizer, Gramado faz, outro município faz e leva o dinheiro. Essa verba está inserida na rubrica “Apoio a eventos Populares e de Interesse Turístico”, do Programa de Convênio do governo federal. Ou seja, tem uma finalidade específica e não pode ser destinada para outro objetivo. Se a gente tem a chance de ter esse recurso carimbado, que faz parte do Programa de Municipalização do Turismo, porque não ter?”, questiona Queiroz.
Com relação ao Carnaval, Fred Queiroz ainda não sabe dizer qual será o tamanho do evento, pois a proporção da festa depende do volume de patrocínio que a Prefeitura conseguir amealhar junto a entes privados.
FRED QUEIROZ: “TRATA-SE DE VERBA CARIMBADA. SE NATAL NÃO FIZER, GRAMADO FAZ, OUTRO MUNICÍPIO FAZ E LEVA O DINHEIRO”
