
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) irá se reunir nesta segunda-feira (8) com presidentes de partidos de direita e de centro em busca de apoio à sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2026.
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Flávio foi indicado pelo próprio pai como seu sucessor. Ao anunciar sua intenção de disputar a Presidência, porém, o senador não teve um apoio unificado por parte do Centrão.
O encontro desta segunda, segundo Flávio, contará com a presença dos presidentes Valdemar Costa Neto, do PL (Partido Liberal); Antonio Rueda, do União Brasil; e Ciro Nogueira, do PP (Progressistas). O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira, também foi convidado.
Segundo Flávio, o atual momento político tem o objetivo de mostrar “quem é leal ao Brasil” e isso, de acordo com ele, passa por apoiar o seu nome na disputa no pleito do próximo ano.
Na reunião, que também terá a presença de Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, Flávio também deve voltar a defender o avanço do projeto de lei da anistia no Congresso Nacional.
Já como pré-candidato, o senador disse que daria início às “negociações” em torno do texto que propõe a anistia para perdoar as penas dos presos pelo 8 de Janeiro e de seu pai, Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente foi condenado a 27 anos de prisão por participar de um plano de golpe de Estado.
Depois de participar de um culto evangélico no domingo (7), Flávio afirmou que existia a possibilidade de desistir de sua candidatura, mas mencionou um “preço alto” para que isso de fato ocorra.
Quando questionado sobre qual seria o preço, o senador não respondeu, mas declarou que estava “quente” o palpite sobre uma eventual aprovação da anistia.
Flávio não era a principal alternativa entre os partidos de direita para concorrer à Presidência no lugar do pai no pleito de 2026. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vinha sendo o nome mais ventilado.
Como mostrou a CNN, a pré-candidatura de Flávio gerou reações divididas no campo bolsonarista. Como o anúncio não teve o apoio esperado por parte do Centrão, que ainda vê outros nomes como mais populares, uma das possíveis estratégias do clã Bolsonaro seria abrir mão da disputa em troca do apoio dos partidos pela anistia.
“Eu espero que a gente paute essa semana anistia. Eu espero que os presidentes da Câmara e do Senado cumpram o que prometeram para nós”, declarou o senador.
A proposta da anistia está travada na Câmara dos Deputados. O texto precisa ser pautado pelo presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que é filiado ao partido presidido por Marcos Pereira, um dos convidados para a reunião de líderes organizada por Flávio.
Se aprovado na Câmara, o projeto também precisaria passar pelo aval do Senado. O avanço da pauta também precisaria da boa vontade do presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre (AP), filiado ao União, partido de Antonio Rueda, que também comparecerá ao encontro.
CNN Brasil

