Dois meses depois de entrar no governo, o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira, vai deserdar candidatos do partido que se unirem ao PT nas eleições municipais de 2024.
“Quem for aliado de petista não vai receber recursos do PP”, afirmou o presidente do partido, senador Ciro Nogueira, numa referência à distribuição do Fundo Eleitoral.
Se o Congresso aceitar o acordo que aumenta o Fundo Eleitoral para R$ 4,96 bilhões, o PP poderá ficar com R$ 456,3 milhões para distribuir entre seus candidatos nas eleições de 2024.
Ciro avisou, porém, que o dinheiro não irá para quem apoiar o PT.
Em resposta, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, afirmou: “Então, já que é tão valente, ele também deveria proibir o PP de estar na base do governo Lula”, disse Gleisi. A deputada observou que acordos entre o PT e o PP podem, sim, ocorrer nas eleições para as prefeituras. “No Nordeste é possível que haja alinhamentos desse tipo por causa da situação política na região e do apoio ao presidente Lula”, destacou.
O principal reflexo da decisão no Rio Grande do Norte seria no segundo maior eleitorado do Rio Grande do Norte, Mossoró.
Na capital do oeste, o prefeito Allysson Bezerra deve disputar a reeleição com a candidata do PT, deputada Isolda Dantas, que sonha em receber o apoio do Rosadismo representado pela ex-governadora e ex-prefeita Rosalba Ciarini, do PP.
Com esse veto nacional, a possibilidade da candidatura de Rosalba à Prefeitura volta às rodas de conversas políticas em Mossoró.
Com informações de Território Livre, Tribuna do Norte