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Potencial do RN para energias renováveis e atuação do ISI-ER são destaques na Alemanha

FOTO: DIVULGAÇÃO

O potencial do Rio Grande do Norte para geração de energias renováveis e o trabalho do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) foram destaques no telejornal alemão Tagesthemen (Tópicos Diários), do canal Das Erste, principal canal de televisão pública na Alemanha. A matéria, veiculada no dia 13 de março, foi replicada no portal de notícias Tagesschau (Notícias Diárias) e aponta que o até 40% das necessidades energéticas da Alemanha poderão ser cobertas por energias renováveis do Brasil.

“O vento sopra nesta área pelo menos oito meses por ano. Condições perfeitas para a energia eólica. O Rio Grande do Norte já é o maior fornecedor de energia eólica do Brasil e possui um dos maiores potenciais eólicos do mundo”, destaca o Notícias Diárias.

A publicação enaltece a atuação do ISI-ER na pesquisa e inovação para aproveitar esse potencial das energias renováveis do estado, como nos estudos para a geração offshore, com parques eólicos instalados no mar, e para a produção de hidrogênio verde. Considerado a fonte de energia do futuro, o hidrogênio verde deverá representar até 15% do mix energético europeu nos próximos 30 anos.

Outras iniciativas do ISI-ER também são citadas no material, como o desenvolvimento do Buggy Elétrico, em parceria com a escola profissionalizante de design e tecnologia em Trier, e a produção de combustível sustentável de aviação, em cooperação com a Alemanha. Desde 2018, o SENAI-RN possui um acordo de cooperação com o governo alemão por meio da GIZ, empresa alemã que executa projetos de cooperação internacional focados em desenvolvimento sustentável.

Uma ponte verde sobre o Atlântico

Diante do potencial de geração de energia eólica e produção de hidrogênio verde no Brasil, o vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, imagina uma “ponte verde sobre o Atlântico” que será construída. Ele quer alcançar um boom industrial por meio da expansão das energias renováveis — especialmente com o hidrogênio verde; segundo destaca a reportagem da imprensa alemã. 

Em seu discurso no Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), que aconteceu nos dias 13 e 14 de março, em Belo Horizonte, ele citou que a cooperação do Brasil com a Alemanha é uma situação ganha-ganha: o Brasil receberá tecnologias e investimentos e poderá, assim, exportar fontes de energia limpa para a Alemanha.

Habeck ainda aponta o hidrogênio verde como elemento central para as metas de proteção climática de Paris. Como as possibilidades de produção na Europa são limitadas, o foco do ministro está no nordeste brasileiro, onde há muito vento e sol.

O ministro da Economia da Alemanha esteve no Brasil acompanhado do ministro da Agricultura, Cem Özdemir, e de uma delegação empresarial para tornar as relações econômicas teuto-brasileiras mais sustentáveis.

“Podemos aprender uma lição com o Brasil”, disse o ministro da Agricultura, Özdemir, em referência ao fato de a maior economia da América do Sul já produzir mais de 80% de sua energia a partir de fontes renováveis — principalmente hidrelétricas, eólicas e de biomassa.

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