O ex-jogador e ídolo nacional Cafu anunciou o fim da fundação que leva o seu nome. A entidade criada em 2003, no Jardim Irene, chegou a atender 950 crianças de forma simultânea. Nos últimos tempos, a fundação passou por uma crise financeira, chegando a atrasar salários de seus funcionários. A crise não conseguiu ser solucionada. Cafu disse em entrevista a VEJA que diante da falta de patrocínio, estava gastando R$ 40. 000 reais do próprio bolso para manter a entidade.
Diz o comunicado sobre o encerramento: “Temos orgulho do nosso legado, nas pontes que criamos, das pessoa que conhecemos. Foram diversos momentos inesquecíveis com pessoas do bem. Agradecemos a todos que contribuíram para esse projeto.” Esse é o segundo luto de Cafu em 2019. Ele passou pela mais drástica das dores: enterrou seu filho Danilo, que sofria de aterosclerose coronária (entupimento dos vasos do coração).
Cafu criou a fundação em 2003 com recursos próprios. No local, os alunos recebiam projetos de inclusão social além de aulas de balé, capoeira, violão, basquete, vôlei, artesanato, dentre outras atividades, como curso de formação de cabeleireiros.
“Com a crise econômica, muita gente cortou investimentos no terceiro setor. A população carente fica ainda mais vulnerável. O orçamento da Fundação Cafu, que era de 120 000 reais por mês, caiu demais e atrasamos salários. Atualmente, tiro do meu bolso 40 000 reais para manter a entidade, que antes da crise assistia 950 crianças todos os dias. Hoje, ela atende metade disso. Se não entrarem recursos e a fundação não ficar autossustentável, deveremos fechar no fim do ano”, disse o ex-jogador em entrevista a Veja em outubro.
A estimativa de Cafu estava certa, e o comunicado de final das atividades da Fundação foi anunciado nesta segunda-feira, 23.
Com informações: Veja