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Policiais federais embarcam na política e sonham com ‘bancada da Lava Jato’

O NOME DE NILTON ISHII, O JAPONÊS DA FEDERAL, O NOME DELE TEM SIDO COGITADO PARA UMA EVENTUAL DISPUTA AO CONGRESSO NACIONAL.(FOTO: DIVULGAÇÃO/FENAPEF)

A popularidade da Lava Jato tem sido um estímulo para policiais federais ingressarem na política. A cinco meses do 1º turno, 33 agentes da Polícia Federal já confirmaram suas pré-candidaturas. 21 tentarão se eleger pela primeira vez e sete buscarão mudar de cargo. Outros cinco tentarão a reeleição.

Em outubro serão realizadas as primeiras eleições gerais desde a deflagração da 7ª fase da Operação Lava Jato, em novembro de 2014. Foi quando foram presos executivos das maiores empreiteiras do Brasil e ex-diretores da Petrobras, o que tornou público o maior escândalo de corrupção do país.

Os agentes pré-candidatos disputarão, a princípio, cargos no Legislativo. Serão candidaturas a deputados federais e estaduais e ao Senado.

Levantamento do Poder360 identificou pré-candidatos da corporação em 17 partidos. O PSL (Partido Social Liberal), do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (RJ), é o que tem o maior número de policiais federais filiados: 7 no total.

A seguir, leia como as candidaturas estão distribuídas:

nome partido Estado cargo almejado
Anderson Muniz PTC BA deputado federal
Antônio Carlos Cunha Sá PTB PA deputado estadual
Bibiana Orsi PPL PR deputado federal
Bosco da Federal PPS RO senador
Danilo Balas PSL SP deputado estadual
Edmar Camata PSB ES deputado federal
Everaldo Jorge Martins Eguchi PSL PA deputado federal
Felício Laterça PSL RJ deputado federal
Flavio Werneck PHS DF deputado federal
Flávio Moreno PSL AL deputado federal
Luciano Soares Leiro PPS DF deputado federal
Marcelo Bertolucci PR RJ deputado estadual
Marcelo Eduardo Freitas PSL MG deputado federal
Marcelo Machado Dias PPS AM deputado estadual
Marco Monteiro Rede RS deputado estadual
Rafael Ranalli Pros MT deputado federal
Rodney Rocha Miranda PRB ES deputado federal
Suender PRP GO deputado estadual
Ubiratan Sanderson PSL RS deputado federal
Vagner de Moraes Alamino PPL MT deputado federal
Valquíria Andrade Rede DF deputada distrital
Wesley Aguiar PDT AM senador
fonte: ADPF, Fenapef e partidos
nome partido Estado cargo disputado
Aloisio Mendes PODE MA deputado federal
Eduardo Bolsonaro PSL SP deputado federal
Fernando Francischini PSL PR deputado federal
Marcos Reategui PSD AP deputado federal
Márcio Pacheco PPL PR deputado estadual
fonte: ADPF e Fenapef

Organizações de classe apoiam a candidatura dos agentes. A ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) e a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) têm orientado os pré-candidatos.

Em abril, a ADPF reuniu 13 delegados num workshop em Brasília. Eles assistiram palestras sobre direito eleitoral e profissionais de comunicação.

Segundo o presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, o objetivo é eleger “alternativas viáveis” para a mudança do quadro político atual.

“O que se vê hoje é um cenário político maculado por crimes de corrupção. O que desejamos é que sejam apresentadas alternativas viáveis, candidatos que possam contribuir para a mudança do quadro político atual”, disse.

O projeto mais audacioso é a criação, nem que seja informal, da “bancada da Lava Jato” no Congresso Nacional. Se os planos se confirmarem, serão 24 deputados federais representando 16 Estados.

CELEBRIDADES

A expectativa gira em torno de agentes que ganharam destaque durante as operações da corporação. Nilton Ishii, o Japonês da Federal, filiou-se ao Patriota e hoje preside o diretório regional do Paraná. O nome dele tem sido cogitado para uma eventual disputa ao Congresso Nacional.

Além do Japonês, há também a possibilidade de candidatura do “Hipster da Federal”. O agente Lucas Valença ficou conhecido em outubro de 2016 quando participou da operação que levou à prisão o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ). Ainda sem confirmação de partido, ele poderá concorrer no Distrito Federal.

Poder

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