Os documentos foram apreendidos com Benedicto Barbosa Silva Júnior, conhecido como “BJ”, presidente da Odebrecht Infraestrutura e um dos principais interlocutores do empresário Marcelo Odebrecht na alocação de recursos a campanhas políticas. As planilhas apreendidas pela Polícia Federal lista doações feitas pelo Grupo Odebrecht a mais de 200 políticos do país, de mais de dez partidos.
Ainda não é possível afirmar se as doações foram feitas legalmente ou por meio de caixa 2. Outros documentos descobertos pela Lava-Jato indicam que alguns desses repasses possam ter sido feitos sem o conhecimento da Justiça Eleitoral.
A soma dos valores relacionados aos políticos é de R$ 55,1 mil, mas pela quantidade de nomes, e o patamar de gastos das campanhas eleitorais, sugere que a quantia possa ser, na verdade, de R$ 55,1 milhões.
Na lista, chama a atenção que os nomes estejam relacionados a codinomes. O senador José Sarney (PMDB), por exemplo, é chamado de “Escritor”. Renan Calheiros, o “Atleta”. Eduardo Paes, prefeito do Rio, tem como codinome “Nervosinho”. Eduardo Cunha (PMDB) , presidente da Câmara dos Deputados, é o “Caranguejo”. O senador Humberto Costa (PT), “Drácula”. O também senador Lindbergh Farias (PT) aparece como “Lindinho”, como, de fato, é conhecido. O apelido de Manuela Pinto Vieira d’Ávila, deputada federal pelo PC do B, é “Avião”.
Entre os nomes , consta quatro parlamentares do RN: o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB), os senadores José Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves (PMDB), e o deputado federal Rogério Marinho (PSDB). Confira :
Fonte: O Globo