Um grupo de pesquisadores do projeto “Sífilis Não”, do Laboratório de Inovação Tecncológica em Saúde (LAIS/UFRN), desenvolveu e tem realizado os primeiros testes de um equipamento que verifica, com a mesma coleta de sangue, se o paciente está com HIV e sífilis.
A patente desse “multiteste” – que tem sido feita am parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde – contou também com cooperações de pesquisadores dos EUA e de Portugal no desenvolvimento ao longo dos anos.
Os resultados do funcionamento desse equipamento foram tema de reuniões entre LAIS e a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde, recentemente.
O multiteste para sífilis e HIV é, segundo o LAIS/UFRN, mais barato do que os testes atualmente utilizados no Brasil, e traz uma solução por ficar disponível de forma digital no ponto de cuidado, podendo também evitar que outros testes mais caros sejam realizados para fechar o diagnóstico.
Atualmente, os testes no Brasil são importados e descartáveis, não vinculando o teste ao prontuário eletrônico dos pacientes de forma automatizada. Isso cria a necessidade, muitas vezes, da realização de outros testes, segundo o LAIS.
O teste para sífilis já obteve uma primeira publicação científica, na International Journal of Environmental Research and Public Health. O pedido de patente foi feito desde o ano passado.
Segundo o LAIS/UFRN, a publicação é importante por passar por rigorosa avaliação por pares, o que é passo necessário antes da incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Laboratório, a utilização do multiteste poderia render uma economia de mais de R$ 850 milhões nos próximos anos no Brasil.
G1 RN