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PESQUISA MAIS RN/CONECTAR: Potiguar tem confiança em um futuro melhor, quer comprar a casa própria e acredita no crescimento do Estado

AMARO SALES, PRESIDENTE DA FIERN. FOTO: DIVULGAÇÃO

A maioria dos potiguares está confiante em um futuro melhor, acredita que o Rio Grande do Norte vai crescer e tem, entre seus maiores anseios, a compra da casa própria e o desejo de abrir o próprio negócio. Essas são algumas das principais constatações da Pesquisa Instituto Conectar/ MAIS RN, divulgada nesta sexta-feira (27/05) pela FIERN, sobre a opinião do norte-rio-grandense a respeito de temas relacionados a comportamento, sentimento em relação ao Estado e perspectiva para o próximo ano. Esta é a primeira vez que uma pesquisa investiga a taxa de esperança social no estado.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales, destacou que a iniciativa da FIERN, por meio do Mais RN, busca investigar como pensa o potiguar e compreender suas expectativas e anseios com relação ao futuro, pessoal e coletivo, e consequentemente, como isso se reflete na atividade econômica e na educação. “Nosso objetivo é dar uma contribuição inédita para o debate e o planejamento do desenvolvimento do nosso Estado”, ressaltou. A Pesquisa foi apresentada dentro da programação da Semana da Indústria.

A pesquisa revela que 55% dos potiguares afirmam que “o futuro será muito melhor” e 25% “um pouco melhor”. A soma das duas respostas — 80% —, significa um percentual elevado de expectativa positiva com relação às possibilidades futuras. Responderam que o futuro será “igual” – 10%; “um pouco pior”, 4%; e muito pior, 3%. 

A maioria (51%) considera que a melhoria dependerá das próprias iniciativas, enquanto 41% atribui ao governo a responsabilidade por avanço nas condições de vida. Ainda há os que responderam (6%), que tudo “dependerá mais de outras pessoas”. 

Os mais jovens são os que mais acreditam que um futuro melhor está condicionado por suas próprias iniciativas, resposta que foi dada por três de cada quatro entrevistados com idade entre 16 e 24 anos. Enquanto isso, os que mais esperam ajuda governamental são os mais velhos. Três de cada cinco entrevistados com mais de 60 anos têm essa opinião. Quanto mais escolarizado o entrevistado, maior a probabilidade de afirmar que o futuro é de iniciativa própria. Enquanto menos escolaridade, implica maior confiança na dependência governamental.

Ao responder sobre os sentimentos mais fortes, atualmente, em relação à vida, as respostas mais comuns foram: alegria, dada por 30%; gratidão, por 20% e esperança, por 13%. Os entrevistados também responderam: tristeza (8%), medo (6%), amor/carinho (5%), decepção (4%), vontade de ficar longe (3%), raiva (3%), surpresa (3%), orgulho (2%), piedade (1%), nenhum (2%) e não souberam responder (1%). Nas respostas de múltipla escolha, nas quais os entrevistados podem apresentar mais de uma alternativa, os sentimentos que tiveram maiores percentuais também foram alegria (45%), gratidão (43%) e esperança (32%). 

Na estratificação, a alegria é um sentimento menos presente entre os entrevistados mais velhos. Por outro lado, é mais intenso entre os economicamente ativos. Já a gratidão, é mais citada entre os que têm idade entre 25 e 34 anos e entre quem concluiu o nível superior.

Rio Grande do Norte

Na pergunta sobre o sentimento mais forte com relação ao Rio Grande do Norte, a pesquisa inédita Conectar/MAIS RN, os maiores percentuais, foram esperança, com 20%; decepção, com 13%; tristeza com 11%; alegria, com 10%; medo, com 8%; amor/carinho, com 7%; orgulho, com 6%. E, com 4%, cada uma, piedade, gratidão, vontade de ficar longe e raiva. Além de surpresa, com 3%.

Nas respostas de múltiplas escolhas sobre o sentimento predominante com relação ao Rio Grande do Norte, também ficou com o maior índice a resposta “esperança”, que somou 28%, seguida por alegria, com 23%. As demais respostas foram: tristeza, com 16%; decepção e medo, ambos com 13%; amor/carinho e orgulho, ambos com 11%; gratidão, com 9%. E, com 7% cada, raiva, piedade, vontade de ficar longe e surpresa.  Esperança é o sentimento preponderante para os potiguares, mas é mais intenso entre as mulheres, entre os jovens e entre os que têm grau de instrução superior. 

Compra da casa própria e abrir o próprio negócio são desejos mais frequente entre os norte-rio-grandenses, mostra pesquisa 

A compra da casa própria foi a resposta mais frequente do potiguar quando perguntado sobre quais seus maiores desejos para o próximo ano. Essa foi a escolha de 29% dos entrevistados — de acordo com a Pesquisa Conectar/MAIS RN, divulgada nesta sexta-feira (26) pela FIERN —, no caso da soma das opções de múltipla escolha, ou seja, quando o entrevistado pode fazer mais de uma opção ao responder. 

Entre os maiores desejos, também tiveram citações expressiva, “abrir o próprio negócio”, com 24%; conseguir um emprego, 17%; casar, namorar, se relacionar emocionalmente, 15%; colocar o filho na faculdade ou em uma boa escola, também com 15%; estudar, fazer faculdade ou um curso novo, 13%; ter um plano de saúde, 12%; e comprar um automóvel, 11%. Esses percentuais são nas respostas com múltiplas escolhas. 

Na análise dos dados estratificados, constata-se que, entre os homens, abrir seu próprio negócio (26%) e comprar uma casa (25%) são os desejos mais citados e estão empatados como os mais citados. Entre as mulheres, não há empate, comprar sua própria casa é isoladamente o maior desejo (33%). Outro destaque entre as mulheres é o maior desejo de ter um plano de saúde. As prioridades também mudam conforme a idade dos entrevistados, o anseio de estudar e fazer uma faculdade é maior entre os jovens. 

Entre os entrevistados com idade entre 45 e 59 anos, o destaque é meta de colocar os filhos em uma boa escola ou faculdade. Já entre os mais velhos, cresce o interesse em ter um plano de saúde e de viajar. Em primeiro lugar, entre quem não tem instrução, está a aquisição de um plano de saúde. E entre aqueles com um rendimento de até um salário mínimo o sonho mais intenso é conseguir um emprego. A conquista de um trabalho é destaque também entre os entrevistados não economicamente ativos, o que mostra que a condição deles é reflexo da situação econômica do país.

Expectativas são positivas, mas busca pelo emprego tem dificuldade, opinam os norte-rio-grandenses na pesquisa 

As expectativas da maioria, no Rio Grande do Norte, são positivas com relação ao futuro do Brasil e do Estado. Mesmo assim, há um elevado percentual de potiguares que aponta dificuldade para procurar um vínculo empregatício. Essas são conclusões possíveis a partir dos percentuais da pesquisa Conectar/MAIS RN, divulgada nesta sexta-feira (26) pela FIERN, com abordagens inéditas sobre a opinião do norte-rio-grandense a respeito do país e do RN.

Diante da pergunta sobre o futuro do Brasil, 57% afirmam que têm expectativa de melhora — soma dos 32% que responderam muito melhor e 25% um pouco melhor.   Enquanto isso, 22% aponta que ficará igual; e 15% afirmam que deve piorar — equivalente aos 6% disseram um pouco pior e 9% muito pior. 

As expectativas quanto ao futuro do Rio Grande do Norte são positivas para 56% — índice que é resultado da soma dos 28% que responderam que será muito melhor e 28% um pouco melhor. Apontaram que será igual ao que está hoje 26%. Os pessimistas somam 14% — soma dos 6% afirmaram “um pouco pior” e 8% “muito pior”.  Para 53%, o Rio Grande do Norte vai crescer nos próximos anos, enquanto 26% acreditam que o Estado ficará parado e 16% que irá regredir.  

Na avaliação sobre o próprio preparo em relação aos desafios do futuro em relação ao trabalho, 55% se consideram preparados, entre os quais 7% “muito preparados” e 48% “preparados”. Mas há um índice expressivo (43%) que avalia ser necessário uma qualificação mais adequada, dos quais 32% se sentem “pouco preparados” e 12% “totalmente despreparados”. 

Questionados sobre a melhor opção profissional para um recém-formado, os potiguares apontam “fazer um concurso público” (49%) e “abrir o próprio negócio” (30%). Em terceiro, fica a opção “procurar emprego em uma empresa privado”, com 19%.

Os entrevistados pela Pesquisa Conectar/MAIS RN apontaram, com um índice de 82%, que há dificuldade para buscar, atualmente, um trabalho. 58% afirmaram que é “muito difícil” procurar um novo emprego e 24% “mais ou menos difícil”. Afirmaram que é “mais ou menos fácil” 14% e muito fácil 3%. A busca por um novo emprego foi apontada como mais difícil pelas mulheres e pelos mais velhos e menos instruídos. Entre quem tem nível superior de instrução, 43% acham que está muito difícil encontrar emprego atualmente, o que mostra que a crise atinge todos os segmentos, também de escolaridade. Na faixa dos “não economicamente ativos”, 64% dizem que está muito difícil procurar emprego atualmente. 

A pesquisa ainda perguntou se há um desejo e sair do Rio Grande do Norte para trabalhar. A resposta “nunca pensou” foi dada por 55% e “já pensou” por 45%. Entre dos destinos escolhidos, caso saísse do RN, os mais citados foram: São Paulo, com 27%; outros países, 15%; Rio de Janeiro, 12%; e outros estados, 8%. Ainda foram apontados como opções: Paraíba, com 6%; Ceará, com 5%; Goiás, com 4%; Pernambuco, Santa Catarina, Minas Gerais e Brasília, esses quatro com 3%. 

As áreas que são citadas como as que têm maior potencial para gerar emprego no RN foram: Saúde, por 46%; Construção Civil, por 42%; Tecnologia da Informação, por 39%; Energias renováveis, por 36%; Turismo, 32%; Petróleo e Gás, 24%; engenharia da pesca, 13%; e mineração, 7%. 

Quando pensa em emprego, trabalho e renda, as instituições mais lembradas pelo potiguar, com índices acimas de vinte pontos percentuais, de acordo com as citações de múltipla escolha, são: prefeitura de sua cidade (32%), SEBRAE (29%), Governo do Estado (25%), SENAI (25%), IFRN (25%), Universidades (25%) e SENAC (22%).

A Pesquisa Conectar/Mais RN foi aplicada entre os dias 6 e 10 de maio de 2022, realizada junto à população de 16 anos ou mais do Rio Grande do Norte, tendo como fonte da amostra o censo e o PNAD no IBGE e coleta de dados na aplicação de entrevista pessoais. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de 3,1% para mais ou para menos.

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