A possibilidade de a senadora Fátima Bezerra (PT) vencer a eleição para o Governo no RN no primeiro turno, conforme retratou a pesquisa do Ibope divulgada nesta sexta-feira, pela Intertv Cabugi, foi suficiente para acender a “luz vermelha” no âmbito empresarial. Integrantes da classe produtiva, responsável pela geração de emprego e renda no Rio Grande do Norte, acreditam que, caso se confirme a eleição da representante do PT, o Estado poderá viver o agravamento da séria dificuldade socioeconômica que já enfrenta.
Além do PT ser uma legenda amplamente vinculada com o escândalo da Lava Jato, eleita governadora, dificilmente, Fátima Bezerra teria o apoio majoritário dos deputados com assento na Assembleia Legislativa do RN, o que poderia ‘engessar’ o eventual governo petista.
“Há também as questões da segurança jurídica e da política de atração de investimentos. A hoje candidata já sinalizou que não é favorável a atual política de incentivos fiscais, o que pode isolar economicamente o Rio Grande do Norte. Isso tudo significa menos renda e menos emprego para um estado que já vive uma forte crise em áreas vitais como a segurança pública, educação e saúde”, explica um empresário.
VOTO ÚTIL
Ainda segundo o empresário ouvido pelo BLOG DO FM, setores do meio empresarial já começam a pregar entre seus pares a adoção do chamado “voto útil”, numa tentativa de conter a liquidação da fatura eleitoral já no primeiro turno. A estratégia tem como objetivo estimular o voto no candidato que tenha mais condições reais de levar a eleição para o segundo turno – quando, acreditam, as chances de vitórias de Fátima Bezerra seriam minimizadas.
Segundo a pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira, Fátima tem 34%, na estimulada, contra 15% de Carlos Eduardo (PDT) e 8% de Robinson Faria (PSD) seus adversários mais próximos.
Professor Carlos Alberto (PSOL), tem 2%; Brenno Queiroga, 1%. Os demais candidatos não atingem 1%.
Somando a votação dos demais, temos 26% contra os 34% de Fátima. Lembrando que a conta é feita apenas com os votos válidos. Nesta conjuntura, Fátima garantiria a vitória no primeiro turno.
Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos), Fátima continua vencendo em turno único: Tem 20%, contra 9% de Carlos, 5% de Robinson e 3% dos demais candidatos. Todos somados, ficam com 17%.