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Pesquisa da UFRN identifica que éguas Quarto de Milha podem produzir colostro com mais proteína e menos lactose

FOTO: ILUSTRAÇÃO

As condições climáticas no Brasil, independentemente de sua grande extensão, não impedem que a economia leiteira esteja presente em todo o território nacional, com maior exploração da bovinocultura do leite.  A produção de leite equino, contudo, não aparece nas publicações acerca do negócio do leite, embora o país possua o maior rebanho da América do Sul e o terceiro maior do mundo. Por aqui, a equideocultura é majoritariamente impulsionada pelos esportes equestres, segmento que impõe crescimento significativo do rebanho nacional.

Nos últimos anos, porém, a composição do leite de égua vem sendo estudada e as pesquisas já constataram ser o produto um alimento de elevado valor nutritivo, podendo ser inserido na alimentação humana como um possível substituto do leite para humanos recém-nascidos e prematuros, podendo ainda ser usado como suplemento dietético para idosos, pacientes em recuperação e, principalmente, crianças alérgicas ao leite de vaca. 

Essa exigente demanda e as propriedades nutricionais e terapêuticas do produto justificam os investimentos na criação de cavalos, em várias partes do mundo, com vistas à produção do leite equino, já consumido por 30 milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em países da Europa e da Ásia Central.

Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um estudo realizado sobre a composição do leite equino revelou que as éguas da raça Quarto de Milha podem produzir colostro com maior teor de proteína e com menor teor de lactose, quando comparada a outras raças.

A pesquisa foi realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal (PPGPA) da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN) e embasou a dissertação de mestrado do aluno Ícaro Marcell Lopes Gomes Barreto, sob orientação dos professores Adriano Henrique do Nascimento Rangel e Stela Antas Urbano.

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