Um reator eletroquímico com efetiva função para tratamento de rejeitos domésticos, hospitalares, das indústrias têxteis e das indústrias do petróleo, que não utiliza de agentes químicos tóxicos para realizar o tratamento – nem agentes biológicos, é o resultado do mais novo depósito de pedido de patente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
As discussões sobre tratamento de águas residuais vêm sendo desenvolvidas há muito tempo, visto que há preocupação sobre como a sociedade descarta o que produz. Segundo Djalma Ribeiro da Silva, um dos cientistas autores do pedido, o tratamento dos efluentes é relevante pois estas ‘águas descartadas’ contêm altas concentrações de matéria orgânica, capazes de poluir o meio ambiente quando são despejadas diretamente em rios, oceanos ou mananciais. Ele pontuou que, sem o tratamento, os processos de regeneração dos biomas ficam prejudicados, o que pode comprometer o acesso das futuras gerações aos recursos naturais.
Por sua vez, Júlio César Oliveira da Silva, doutorando, autor da tese que deu início ao desenvolvimento da nova tecnologia, explicou que procurou, em sua pesquisa, gerar novas técnicas ou aprimorar algumas, de forma a ter uma utilidade para a sociedade. “Devido à sua estrutura inovadora, o reator permite ao processo de tratamento em fluxo, em que o efluente passa pela primeira câmara interna do reator e, logo em seguida, pela segunda câmara interna do reator antes de retornar ao reservatório, uma otimização ao processo de oxidação anódica, permitindo o tratamento de maiores volumes de águas residuárias em menor tempo, consequentemente diminuindo os custos operacionais”, colocou o estudante do Programa de Pós-graduação em Química e professor de Ensino médio da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do RN.