Os produtores de cabras da raça Saanen podem utilizar diferentes espécies de cactos forrageiros na alimentação dos animais sem interferir na eficiência da produção leiteira. É o que avaliou a pesquisa realizada por pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) em conjunto com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Federal do Agreste do Pernambuco (UFA/PE).
O artigo intitulado “Desempenho de cabras saanen arraçoadas com cactáceas nativas e introduzidas” foi publicado na edição de novembro Revista Acta Scientiarum Animal Sciences.
“Nossa pesquisa é inédita. A literatura especializada não apresentava estudos com cabras se alimentando 50% com base na matéria seca com cactos no rúmen. As dietas com cactáceas são recomendadas para períodos de secas no semiárido brasileiro”, reforça o Coordenador da linha de pesquisa pela EMPARN, José Geraldo Medeiros da Silva.
A pesquisa utilizou xiquexique (Pilosocereus gounellei), mandacaru (Cereus jamacaru), facheiro (Pilosocereus chrysostele), cladódios de cacto cv. miúda (Nopalea cochenillifera Salm-Dyck) e cladódios de cactos cv. orelha de elefante mexicana (Opuntia stricta); mais feno de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia) e concentrado.
O artigo foi publicado na edição de novembro da Revista Acta Scientiarum Agronomy e contou a participação dos seguintes pesquisadores José Geraldo Medeiros da Silva (EMPARN), Guilherme Ferreira Costa Lima (EMPARN) e Hidelblano Pereira da Silva(EMPARN), Pedro Etelvino de Góes Neto (UFRN), Emerson Moreira de Aguiar (UFRN), Daniel Barros Cardoso (UFA/PE) e Airon Aparecido Silva de Melo (UFA/PE).