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Perplexo com declaração do ministro Weintraub, Rafael Motta apresentará emenda à LDO para impedir que verba da Educação seja passível de contingenciamento

A bancada federal potiguar e reitores de instituições de ensino federal do RN continuam perplexos com a declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante reunião na noite dessa segunda-feira, na tentativa de buscar propostas para um contingenciamento para o sistema educacional, haja vista as dificuldades de manutenção dos órgãos.

Contudo, Weintraub sugeriu que, caso a UFRN não possa mais pagar aos terceirizados para fazer os serviços de manutenção dos campus,os próprios estudantes passem a fazer a ‘capinação’ e a limpeza.

Diante da frustração na solicitação do desbloqueio dos recursos das instituições federais do estado, o deputado federal Rafael Motta considerou preocupante o desfecho da reunião. Weintraub afirmou que não há possibilidade de descontingenciar recursos, a menos que o governo recupere parte da verba desviada, através da Lava Jato, e será direcionada à pasta da Educação. “O ministro condicionou o descontingenciamento à aprovação da Reforma da Previdência, o que nos causa espanto, já que os impactos dessa mudança só serão sentidos a longo prazo. Dessa forma, corremos o risco de ver um colapso da educação potiguar”, alertou Rafael Motta.

Segundo o parlamentar, a UFRN só tem recursos para funcionar até setembro. A UFERSA e o IFRN não estão em situação diferente. Diante disso, ele afirmou que irá apresentar uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias para impedir que a verba da educação seja passível de contingenciamento, “já que se trata de uma área prioritária, do futuro da nossa sociedade. É um contrassenso que o governo subtraia recursos da área que é capaz de tirar o Brasil da crise. A educação não pode se transformar em uma moeda de troca para aprovação de medidas no Congresso Nacional”

Participaram da audiência os deputados Rafael, Benes Leocádio (PRB), Fábio Faria (PSD), General Girão (PSL) e Walter Alves (MDB), e os senadores Jean Paul Prates (PT), Styvenson Valentim (PODE) e Zenaide Maia (PROS).

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