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Paulinho Freire pede oportunidade para resolver “o atraso” de Natal

FOTO: REPRODUÇÃO

“Quem não vem da iniciativa privada não sabe o que é uma gestão”, é o que defende o candidato a prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), sobre a capacidade de gerir dificuldades, por não ser de família de políticos e “ter que ter ido atrás de tudo” na sua vida. O assunto foi abordado na quarta sabatina do Diário do RN, com o candidato que representa a direita em Natal.

Para Paulinho Freire (UB), dentre os candidatos à Prefeitura da capital, ele é o que tem “mais condições de recuperar o tempo atrasado”. O atraso, segundo ele, foi causado por Carlos Eduardo (PSD) à frente das gestões que ocupou em Natal. “Nós perdemos mais de 100 mil habitantes; Natal perdeu por conta do atraso que ele fez Natal passar”, afirma, se referindo ao ex-prefeito.

Paulinho Freire também opina sobre a candidatura de Natália Bonavides (PT), a quem atribui rejeição e diferença entre discurso e prática como “grandes problemas”. De acordo com o candidato do União Brasil, o “grande problema” de Rafael Motta é a falta de posição política.

Na disputa pelo Executivo natalense com a coligação que reúne UB, PP, PL, PSDB, Republicanos, Podemos e Solidariedade, Paulinho Freire promete “modernidade e tecnologia” em todos os setores. Veja a entrevista na íntegra:

Diário do RN – Candidato, por que ser prefeito de Natal?

Paulinho Freire – Olha, eu acho que por tudo que eu já fui na política, vereador seis vezes, presidente da Câmara, por ter me preparado, por ter esse sonho de querer devolver a Natal tudo que Natal me deu nos meus mandatos e como empresário também. Natal foi muito generosa com a nossa empresa, nós fizemos o Carnatal, que foi abraçado por toda cidade, e por querer uma cidade mais moderna, uma cidade pensando no futuro, gerando empregos, uma cidade que não volte mais para o atraso. Natal é uma cidade que ficou parada no tempo e no espaço. E nós precisamos recuperar esse tempo. Eu acredito que de todos os candidatos o que tenha mais condições de recuperar esse tempo atrasado sou eu.

Diário do RN – Esse tempo atrasado se deveu, candidato, a que? Nós tínhamos Natal como uma cidade menor um pouco do que Fortaleza, bem melhor do que João Pessoa, mas hoje Natal se coloca já no último lugar das capitais do Nordeste. Se deveu a que?

Paulinho Freire – Eu acho que o natalense acomodou-se com maquiagem e não teve nenhum gestor, fora Álvaro Dias, que teve a coragem de mandar a revisão do plano diretor para Câmara, que pensasse no futuro. Hoje a gente vê alguns gestores quando pagam o salário parece que é ‘paguei em dia’. É obrigação. E hoje é como se fosse um grande projeto, uma grande coisa. Então, eu acho que faltou principalmente ao gestor que passou quatro anos um olhar para o futuro, um olhar para uma Natal desenvolvida, nós estamos nessa cidade como João Pessoa, passou o Natal, Natal é uma cidade que caiu a geração de emprego e de renda. Aí você vê com o plano diretor, nós já conseguimos aí 70 obras que foram licenciadas, isso gerando, com todas as obras que tiverem funcionando, em torno de 14 mil empregos. Fora as obras que estão para ser licenciadas. Qual a grande obra de Natal? A última grande obra é a de Vilma e esse do entorno do Arena das Dunas, que é do PAC. O PAC da Copa. Não teve nenhum gestor que trabalhou com obras de infraestrutura.

Agora nós estamos vendo a Felizardo Moura é uma realidade, a engorda de Ponta Negra, se Deus quiser vai sair, mesmo com os que são contra, vai sair e vai ser um grande avanço para Natal. O hospital, que está sendo construído com 260 leitos e eu sei que nós vamos sim fazer obras estruturantes em Natal, porque é uma cidade com a área pequena, que não tem mais para onde crescer e não tem como alargar as avenidas. Nós temos que pensar em obras que modifiquem a cidade, que tragam prosperidade, que tragam emprego e renda e principalmente que a nossa economia volte a ser pujante.

Diário do RN – Em relação a questão das vagas das creches, situação que todos os candidatos estão falando e cada um apresentando a solução.

Paulinho Freire – Até o candidato que criou o sorteio está falando que foi ele que criou mais vagas nas creches. Como é que você diz que criou mais vagas, que deixou esse legado, esse cruel legado, para os próximos gestores. Então nós vamos resolver, do jeito que a gente vai fazer na saúde, nós vamos comprar vouchers em toda Natal tem escolas, escolinhas infantis do próprio bairro, nós vamos fazer parceria e não vai ficar nenhuma criança fora da creche, nem fora da sala de aula, até que nós possamos construir os CMEIs suficientes para que o município possa atender toda a demanda. Isso foi o primeiro ponto do nosso do nosso plano de governo. Que eu achei um absurdo isso. Porque você podia ter resolvido isso fazendo parcerias com a iniciativa privada.

Diário do RN – O senhor já falou no ex-prefeito, Carlos Eduardo está prometendo transporte de qualidade, mais linhas e com ar condicionado e fala também da tarifa. A candidata Natália disse que ele foi o prefeito que mais aumentou tarifa do transporte coletivo aqui em Natal. Como é que o senhor vê essa relação?

Paulinho Freire – E ela disse uma verdade. Realmente foi. Ele agora quer um transporte “geladinho”, os caras não sabem se é aquele picolé que o pessoal vende na rua, tem que deixar de mentira né? O sistema vem se degradando desde a época de Carlos Eduardo, que não cuidou, que não chamou, que não fez a licitação, porque ele não fez a licitação? É por isso que ele não participa dos debates, porque ele não tem coragem de enfrentar as perguntas. Ele não vai resolver, porque não vai resolver quem já não resolveu. Teve quatro oportunidades e não resolveu. Foi quem mais aumentou tarifa nesse período todo. Então assim, quem vai resolver o problema do transporte sou eu, com diálogo. Vou chamar as partes interessadas, nós vamos fazer, se Deus quiser, ainda esse ano a licitação, mas se não sair, é prioridade nossa fazer essa licitação.

Quem não pode perder é o usuário e o usuário já teve quatro oportunidades com o Carlos Alves, o candidato do passado, para resolver essa situação e não resolveu. Então, nós queremos uma oportunidade que a população dê uma oportunidade para gente poder resolver essa situação.

Diário do RN

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