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Parque tecnológico do IMD chama atenção de empresas de SP

A ESTRUTURA FOI APRESENTADA A GRANDES CORPORAÇÕES EM SÃO PAULO E DESPERTOU INTERESSE DO EMPRESARIADO PELO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO QUE ENVOLVE O PARQUE TECNOLÓGICO. FOTO: GUSTAVO MORITA

O Parque Tecnológico do Instituto Metrópole Digital (IMD) está no centro dos olhares de grandes corporações que pretendem instalar estruturas de Tecnologia da Informação (TI) e de Pesquisa e Desenvolvimento (P&) em polos de inovação. O parque foi apresentado a empresas de São Paulo, durante um roadshow, que começou com um evento no InovaBra Habitat – o espaço de inovação do Bradesco – no dia 3 e só encerrou na última sexta-feira, 6. O adensamento de 20 incubadoras – um dos maiores entre os estados brasileiros – e o ecossistema de inovação em torno do parque impressionaram os empresários paulistas. A ação foi promovida em parceria com Sebrae.

Os diferenciais do Parque Tecnológico do IMD foram expostos para executivos de empresas, como, Embratel, Ford, RCHLO Lab, IBM e Microsoft, durante o evento no InovaBra. Mas a comitiva potiguar também se reuniu diretamente nas empresas em uma série de visitas agendadas na capital paulista, como foi o caso da Andrade Gutierrez, Liga Ventures, Inseed, Dux Coworkers, Loggi e Linx. E o resultado foi positivo. Talk Telecom, que pretendia se instalar no Porto Digital, deverá se credenciar ao parque do IMD.

“O roadshow foi fundamental para divulgação do parque. Percebemos que era praticamente desconhecido dos empresários paulistas e agora está inserido no radar nacional. O impacto foi bastante positivo e chamou a atenção de grandes empresas. O objetivo foi cumprido, que era apresentar o parque”, avalia o gestor do projeto “RN Digital e Startups” e do Sebraelab no Sebrae-RN, Carlos von Sohsten.

Segundo o gestor, os empresários se impressionaram com a quantidade de incubadoras implantadas no Rio Grande do Norte. O Sebrae juntamente com instituições de ensino mantém 20 incubadoras em todo o estado. Outro diferencial é o ecossistema de inovação e formação devido à estrutura oferecida pela UFRN e pelo IFRN. “Tudo isso é muito importante. Ter unidades de fomento à inovação tecnológica e estímulo à formação de talentos é fundamental para empresas que estão montando equipes”, destaca Carlos von Sohsten.

Nos últimos dois anos, Natal passou por um crescimento de 500% no que diz respeito ao número de empresas de TI, abrigando mais startups. Somente no Parque Tecnológico do IMD estão credenciadas mais de 50 empresas, desenvolvedoras de produtos e serviços tecnológicos nas áreas de saúde, educação, segurança, marketing, turismo, entre outros.

Além disso, a Inova Metrópole, incubadora de empresas do Parque Tecnológico, também reúne um considerável número de empresas. Com 21 startups associadas atualmente, a incubadora funciona desde 2013 e já apoiou mais de 100 empreendimentos, que estão entre as maiores e mais influentes empresas do ramo da tecnologia no Rio Grande do Norte.

Preparado para investimentos

O diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, participou de parte da programação e destacou a importância de fortalecer a imagem do parque e intensificar a divulgação junto ao público interessado, que são as grandes empresas do segmento. “O Sebrae tem total interesse em fortalecer o parque e tem o compromisso de apoiar as empresas do segmento, justamente para fomentar a disruptura do modelo tradicional para o digital, e o parque tem tudo a ver com isso”, diz o diretor.

Segundo ele, o IMD e todo o ambiente de inovação no RN unem capitais humano e intelectual em um ecossistema que foi construído e preparado para as mudanças. “O Parque Tecnológico do IMD é um dos mais preparados pela estrutura em volta e não deixa a desejar a nenhum polo de inovação no Brasil. A apresentação surpreendeu os empresários em função da infraestrutura e os programas ligados à inovação que desenvolvemos aqui. O ambiente está preparado para receber investimentos nessa área”.

Segundo o diretor do Parque, Anderson Paiva Cruz, essa integração entre diferentes setores traz benefícios tanto para a academia, quanto para a iniciativa privada. “No Instituto, a pesquisa precisa ser casada com as empresas”, diz. Por outro lado, os projetos desenvolvidos nas unidades de ensino recebem incentivos dos negócios sediados no complexo. Dessa forma, a produção científica é estimulada e, ao mesmo tempo, cumpre sua função social ajudando na evolução do ecossistema empresarial da região. Além do acesso ilimitado ao conhecimento científico, as empresas que integram o Parque têm acesso à estrutura do Instituto Metrópole Digital. São diversas salas de aula e reunião, coworkings e auditórios que, de acordo com Cruz, são alugados por preços extremamente baixos.

Do ponto de vista de infraestrutura tecnológica, o IMD também conta com internet de alta velocidade, laboratórios, um datacenter e um computador – que está entre os maiores do País. Fundado em 2008, o Instituto Metrópole Digital é uma unidade especializada em TI da UFRN. Dentre os cursos oferecidos está o Bacharelado em Tecnologia da Informação, classificado como um dos melhores do país pelo Ranking de Universidades, da Folha de São Paulo de 2019. O espaço também conta com cursos técnicos, pós-graduações e um programa de formação para jovens superdotados a partir de 12 anos

Ambiente empreendedor

Por meio de uma parceria com o governo municipal, as empresas situadas no Parque Tecnológico também têm acesso a incentivos fiscais, facilitando suas operações e estimulando a economia local. Ao chegar no complexo, um negócio pode conseguir descontos de 75% até 95% no IPTU. Tal valor é escalonável, podendo cair até 25% em um prazo de 10 anos.

“É uma lógica que acompanha o desenvolvimento da empresa”, diz Rodrigo Romão, vice-diretor da entidade. Os incentivos se estendem até o ISS, cujos descontos variam entre 5% e 2%, e a isenção completa do TLL. Para ter direito a todos esses benefícios, é necessário realizar um credenciamento. Romão conta que, para facilitar a vida dos empreendedores, o Instituto desenvolveu um sistema digital que desburocratiza todo esse processo.

Os pré-requisitos são: estar localizado dentro da área do Parque Tecnológico e ter sua atuação voltada para a área de tecnologia da informação. Os interessados precisam ter em mãos documentos como o CNPJ da empresa, um descritivo das atividades do negócio e uma certidão negativa de débitos municipais. De acordo com Anderson Paiva Cruz, todos esses esforços têm o único objetivo de criar um ambiente favorável para o aparecimento de novos negócios. “Toda a organização do Instituto tem como objetivo o empreendedorismo e inovação”

O evento contou também com a participação de representantes do governo do Estado, da iniciativa privada e de organizações da sociedade civil. O empresário Flávio Rocha, presidente do Conselho de Administração do Grupo Guararapes, marcou presença. Ele reforçou a importância da tecnologia no desenvolvimento de negócios, especialmente aqueles do setor de varejo. O fundador da Riachuelo também reforçou a receptividade do Estado a novas iniciativas. “O Rio Grande do Norte merece a confiança de vocês.

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