Essência musical potiguar em uma roupagem sinfônica jazzística; assim podemos definir o repertório preparado pela Parnamirim Jazz Sinfônica para agraciar o público, que participará do concerto, nesta quarta-feira (30). Para este último espetáculo da série de lives, promovida a partir de recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, as convidadas pela orquestra são as artistas potiguares: Liz Rosa e Khrystal. A abertura da noite será feita pelo grupo, também potiguar, Choro de Cordas, a partir das 19h30.
O concerto, que é gratuito, acontece sob a regência e direção artística do maestro Eugénio Graça e será transmitido via canal da orquestra no YouTube. Para a apresentação, estão reunidos 54 músicos e o repertório irá destacar obras genuinamente locais, como: “Na lama na Lapa”, “Bem ou Mal”, “Esse meu Baião” e “Dois tempos”; além de canções já tatuadas na história da música nacional, como: “Influência do Jazz”, “Tareco e Mariola” e “Fascinação”; já ampliando para o acolhimento das peças internacionais, o concerto contará com canções como: “Our Love Is Here To Stay” e “It Don’t Mean A Thing”. Todas as versões serão apresentadas a partir de arranjos sinfônicos jazzísticos.
KHRYSTAL
Khrystal é intérprete, compositora e atriz brasileira, com vinte anos de música, três discos lançados (disponíveis em todas as plataformas digitais), aparições em programas de televisão, como The Voice Brasil, e encontros marcantes no palco com grandes artistas da música brasileira. Pelo seu trabalho como atriz, foi indicada ao “Kikito”, no Festival de cinema de Gramado/RS, como melhor atriz coadjuvante em “A luneta do Tempo” – filme de Alceu Valença, e contemplada com os prêmios “Shell”, “APTR”, “APCA” e reverência pelo Musical “Elza”, onde, junto de outras seis atrizes/cantoras, cantou e contou a vida e a obra da grande Elza Soares. Neste inesperado 2020, produziu, ao lado da Rabequeira Tiquinha Rodrigues, o grupo “Coco de Rosa”, que prepara EP chamado “Pra onde vai a música?”, junto do projeto “Retrovisor”, e segue em processo de finalização de seu novo projeto de inéditas, depois de quatro anos longe dos estúdios.
LIZ ROSA
A carreira profissional da cantora potiguar Liz Rosa teve início em meados de 2002, aos 16 anos. Em pouco tempo, seu talento tomou de assalto a capital Potiguar, e Liz começou a colecionar ótimas críticas nos jornais locais. Diante de sólida carreira no Nordeste e, visando ampliar sua atuação em território nacional, Liz Rosa mudou-se, em 2007, para o Rio de Janeiro, onde viveu por 10 anos. Em 2012, comemorando 10 anos de carreira, Liz Rosa lançou, em parceria com a gravadora Som Livre, seu álbum de estreia. Com arranjos assinados pelo renomado guitarrista e produtor Ricardo Silveira, Liz chamou a atenção da crítica especializada e arrancou elogios de importantes nomes como de Tárik de Souza (Billboard) e Luiz Fernando Vianna (O Globo). Em 10 anos vivendo na capital do RJ, Liz estabeleceu-se como importante nome na cena do Jazz e da MPB carioca e passou pelos mais importantes palcos como “TribOz”, “Teatro Rival”, “Imperator”, “Sala Baden Powell”, “Semente” e “Blue Note Rio”. Sempre acompanhada pelos melhores e mais respeitados músicos da cidade, como Ricardo Silveira, Lula Galvão, Gilson Peranzzetta, Hélio Delmiro, Kiko Freitas, entre outros; Liz teve também a oportunidade de dividir o palco com grandes nomes da música brasileira, como Leila Pinheiro, Roberto Menescal e João Bosco. Sua estreia em palcos internacionais aconteceu em 2013, quando participou do II Cotai Jazz & Blues Festival (Macao). Desde então, Liz apresentou-se em diversos festivais e jazz clubes pelo mundo, como 20º Festival Internacional de Jazz de Punta del Este (Uruguai), Rigas Ritmi Jazz Festival (Riga, Letônia), Wschod Piekna – World Orchestra Festival (Olztyn, Polônia), Shapko (Nice, França), The Lyric Theatre (Toronto, Canadá) e Jazzahead (Alemanha). Com olhos voltados para sua carreira internacional, Liz mudou-se, em novembro de 2016, para Nova York (EUA) e, assim, vem firmando seu nome na cena do Jazz, já tendo se apresentado em importantes Jazz Clubs da cidade, como Mezzrow, Zinc e Birdland.
CHORO DE CORDAS
Pais, filhos e irmãos, e uma amizade de longa data entre famílias essencialmente musicais; esse é o alicerce do Choro de Cordas. Um grupo que se reúne, em torno do talento de Jailton Pereira, e zela pelas raízes de um dos gêneros mais tradicionais da música brasileira, difundindo um choro regado à amizade e tradição, cultivando sentimentos e revivendo memórias. Para o grupo, a música deles é a própria história.
PARNAMIRIM JAZZ SINFÔNICA
A Parnamirim Jazz Sinfônica (PJS) é a orquestra jazzística pioneira no estado. O grupo foi criado no mês de novembro deste ano, com recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, trazendo um repertório que passeia pelas sonoridades únicas do jazz, balanceadas com timbres eruditos, resgatando a relação de Parnamirim com o gênero, que foi trazido para a região por americanos, na época da Segunda Guerra Mundial. Ainda segundo o maestro, o projeto realiza um intensivo trabalho de resgate das tradições das orquestras de rádio e televisão que fizeram sucesso entre os anos 1930 e 1970, se propondo a dar roupagem sinfônica à música jazz, popular brasileira e universal.