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Parceria do Governo do RN com empresa dinamarquesa assegura produção de energia limpa no mar

FOTO: ELISA ELSIE

O Governo do RN e a dinamarquesa Copenhagen Infrastructure Partners (CIP/COP) assinaram nesta sexta-feira (12) memorando para o desenvolvimento do projeto Alísios Potiguares, que prevê a geração de 1,8 gigawatts de energia eólica offshore e a produção de hidrogênio verde. A CIP/COP é o maior fundo de investimentos do mundo em projetos de energias renováveis e o Rio Grande do Norte tem as melhores condições do Brasil para a geração de energia eólica no mar, além da produção, armazenamento e exportação de hidrogênio verde, considerado o combustível do futuro.

“É um momento especial, histórico para o Rio Grande do Norte. Estamos avançando cada vez mais no protagonismo e assumindo posições de vanguarda no contexto da transição energética. Estamos dando um passo adiante nesse protagonismo acrescentando à nossa matriz energética, a produção de energia limpa no mar e do hidrogênio verde”, comemorou a governadora Fátima Bezerra, após assinar o documento. “Gostaria de acrescentar que estamos aqui pelo reconhecimento que temos do protagonismo da Dinamarca no contexto das energias renováveis, algo em comum com o RN, um estado que, em pouco tempo, passou a liderar a produção de energia eólica. Agora, estamos nos preparando para assumir novo protagonismo na geração eólica offshore, produção de hidrogênio verde e Power to X (amônia verde, e-metanol), assegurou a governadora. Ela lembrou que o RN é o estado mais bem posicionado no Brasil para a produção de energia offshore e que tem um governo comprometido com a preservação do meio ambiente. “É uma coisa muita cara para nós.”

“Fico impressionado e feliz de ver que seu governo está pensando e trabalhando em todos os aspectos relevantes para o desenvolvimento da indústria eólica offshore, como por exemplo, a construção do porto e também a expansão da infraestrutura de transmissão, destacou Robert Helms, sócio-gerente da Copenhagen.”

O diretor administrativo para os negócios da empresa no Brasil, Diogo Nóbrega, considerou histórico o encontro desta sexta-feira para a empresa e para o desenvolvimento da energia eólica no Brasil. “É um grande marco, e não podemos deixar de respaldar o quanto isso é importante para o desenvolvimento da economia do Rio Grande do Norte e da energia offshore de uma maneira geral. Não encontramos condições tão favoráveis em lugar nenhum no mundo como no Rio Grande do Norte.”

O senador Jean-Paul Prats, que integra a comitiva da governadora, destacou o pioneirismo na área das energias renováveis. “O Rio Grande do Norte está olhando para frente, para um horizonte novo de investimentos, que até para a Dinamarca é novidade, porque eles ainda estão regulando, buscando firmamento técnico, científico e econômico para o hidrogênio, para o metanol ecológico, para amônia verde. Portanto, nós estamos na vanguarda, e junto com eles fazendo lado a lado a assinatura de diversos protocolos, que já garantem investimentos no nosso território e no nosso mar territorial.”

O embaixador do Brasil em Copenhague, Rodrigo de Azeredo Santos, que teve um papel importante de aproximação do governo do RN com empresas dinamarquesas, ressaltou a liderança da govenadora Fátima Bezerra. “O Rio Grande do Norte dá um passo muito importante para o desenvolvimento de um novo setor na área de energias renováveis, que é essa geração de eletricidade no mar.”

Também acompanharam a governadora na agenda da CIP/COP, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado; o diretor-geral do Idema, Leon Aguiar; e o professor da UFRN Mário González, que faz parte de grupo de pesquisa ampla no Brasil e no mundo sobre os diversos tipos de energias renováveis. A ciência é fundamental no processo de transição energética, que envolve muita pesquisa, tecnologia e inovação. Além de informações fundamentais na área das energias renováveis, o professor participa de pesquisas que auxiliam nas questões ambientais.

NÚMEROS

  • O RN produz atualmente 6,1 GW de energia eólica
  • O consumo estadual é de 1,5 GW
  • O RN é exportador de energia limpa

A capacidade de produção de energia eólica no mar é de 140 GW, equivalentes a 10 hidrelétricas de Itaipu

Vantagem competitiva

  • RN tem os melhores ventos para produção de energia eólica
  • Tem uma costa rasa, que reduz custos de instalação e produção
  • Tem os melhores incentivos fiscais para atrair investimentos
  • Tem mão de obra altamente qualificada pelas universidades públicas.
  • E a determinação da governadora Fátima Bezerra de priorizar a agenda das energias renováveis sob todos os aspectos
  • Custo estimado da energia termelétrica: R$ 1.700 MW
  • Custo estimado da energia eólica: R$ 300 MW

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