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Para jihadistas, vitória de Trump é combustível para atrair novos recrutas

 MEMBROS DO TALIBÃ SEGURAM ARMAS EM FRENTE A LOCAL ONDE TRÊS HOMENS FORAM EXECUTADOS NO AFEGANISTÃO - STRINGER / REUTERS

MEMBROS DO TALIBÃ SEGURAM ARMAS EM FRENTE A LOCAL ONDE TRÊS HOMENS FORAM EXECUTADOS NO AFEGANISTÃO – STRINGER / REUTERS

Do Afeganistão à Argélia, jihadistas planejam usar a surpreendente vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana como uma ferramenta de propaganda para levar novos combatentes aos seus campos de batalha. Comandantes do Talibã e apoiadores do Estado Islâmico (EI) dizem que a retórica de campanha de Trump contra muçulmanos irá funcionar perfeitamente para seus esforços de recrutamento, especialmente na hora de atrair jovens desiludidos do Ocidente.

Este cara é um maníaco completo. Seu ódio absoluto pelos muçulmanos irá tornar nosso trabalho muito mais fácil porque podemos recrutar milhares — afirmou Abu Omar Khorasani, um dos principais comandantes do Estado Islâmico no Afeganistão.

Em sua campanha, o republicano prometeu derrotar o terrorismo radical islâmico, comparando a luta contra o terrorismo às tensões da Guerra Fria. Além disso, o magnata pediu que todos os muçulmanos fossem proibidos de entrar nos EUA. Posteriormente, Trump baixou o tom e disse que suspenderia temporariamente a imigração de países que têm “um histórico de exportar terrorismo”.

No entanto, o magnata ofereceu poucos detalhes sobre seus planos para combater vários grupos radicais, incluindo o Estado Islâmico, o Talibã e a Al Qaeda, que representam um espectro amplo de posições políticas.

— Ele não diferencia tendências islâmicas extremistas e moderadas e, ao mesmo tempo, negligencia que seu extremismo irá criar extremismo em reação — disse o poderoso clérigo xiita iraquiano Moqtada al-Sadr em comunicado.

O movimento de reforma política de Sadr, que comanda milhares de seguidores, se opõe ao extremismo sunita do Estado Islâmico e da Al Qaeda. E, ao contrário destes grupos, não realizou nem defendeu ataques ao Ocidente.

Os EUA sofreram ataques inspirados por grupos extremistas nos últimos meses. Dentre eles, esteve o massacre de 49 pessoas em uma boate gay de Orlando em junho — cometido por um homem que jurou lealdade ao Estado Islâmico — e o assassinato de 14 pessoas em uma agência de serviços sociais de San Bernadino, na Califórnia, no último mês de dezembro.

 

 

Agência Brasil

 

 

 

 

 

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