Em seu pronunciamento na sessão dessa quinta-feira (20), na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Coronel Azevedo (PSC) tratou a respeito da modernização e do voto auditável para o sistema eletrônico de apuração usado nas eleições no Brasil.
Ele lembrou que o “nosso sistema de apuração é obsoleto se comparado a outros países”. “Estamos ainda na primeira geração do sistema eletrônico enquanto muitos países passaram a usar segunda e terceira gerações, que são capazes de conferir se houve ou não erro e se o resultado apresentado está condizente com a vontade popular”, declarou.
Em sua fala, Coronel Azevedo alertou para casos ocorridos durante a eleição passada. “Houve matérias [na imprensa] em que candidatos que tiveram ampla votação não tiveram seu voto e o da família aparecendo na urna eleitoral. Buscaram a justiça para rever o procedimento, mas o sistema atual não permite saber se houve ou não falha ou até mesmo fraude”, comentou.
Para o parlamentar, se for necessária uma conferência, o sistema poderia ter esse recurso de conferir se houve fraude ou falha, seja na urna, na transmissão ou na apuração. “Dentro de toda transparência e segurança para nosso sistema democrático”, disse.
Ele citou que a Câmara dos Deputados instalou uma comissão especial que vai discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, de autoria da deputada federal Bia Kicis, que pretende instituir o voto impresso no processo eleitoral.
De acordo com o texto da PEC, o documento prevê que seja possível ao eleitor conferir a cédula de votação sem ter contato direto com ela. Nisso, os comprovantes de votação seriam depositados automaticamente em urnas separadas para eventual auditoria.
Por fim, Coronel Azevedo lembrou que o Senado Federal abriu consulta pública para saber se o cidadão é a favor ou contra esse recurso que poderá ser incrementado no sistema eleitoral brasileiro.