Na vigésima semana de monitoramento, 31ª semana epidemiológica, apresentamos os gráficos e a análise da evolução da COVID-19, no Brasil, no RN e em Natal, elaborados pelo engenheiro Henrique Santana, com base em dados oficiais publicados pelo Ministério da Saúde (https://covid.saude.gov.br/) e pelo LAIS/UFRN/SESAP (https://covid.lais.ufrn.br/).
Semanalmente são atualizados os números que originam esses gráficos, com o registro dos casos diferidos incluídos nas datas de suas ocorrências. Busca-se, assim, reduzir os erros causados pela instabilidade e atrasos na divulgação desses dados.
No Brasil, os números de novos infectados e óbitos se mantem em declínio pela terceira semana. O número de contaminados se reduziu em 19% com relação aos últimos 7 dias e em 28% com relação a comparação da média semanal de 2 semanas passadas ou 14 dias. As mortes causadas pelo novo coronavírus, por sua vez, decresceram em 22% nos últimos 7 dias e 25% nos 14. Com relação a novas contaminações com o COVID-19, esta tendência sugere uma redução sustentada por 10 semanas, com variabilidade e repiques característicos da pandemia em todo o mundo. Quanto ao número de mortos, o decréscimo das últimas 3 semanas parece demonstrar a mudança entre uma estabilidade no platô, quando tínhamos uma média semanal móvel de 1 mil óbitos por dia, para um quadro de redução também persistente ou pouco volátil. Esta semana a média foi de 536 mortos/dia.
No RN, após o ajuste no registro de casos diferidos no tempo, tanto em relação a novos infectados como de óbitos, confirma a aceleração na redução destes dados, em uma nova fase ou estágio epidêmico. O número de novos casos de contaminados pelo coronavírus se reduziu em 82% e em 88% para 7 e 14 dias passados, respectivamente. Por sua vez, o número médio móvel de óbitos diários, de uma e duas semanas atrás, variou em -57% e -67%.
Em Natal, os números de novos casos de contaminados pelo SARS-CoV-2, também após a correção semanal que se faz de casos diferidos, evidencia uma tendência de queda por 2 semanas, com um decréscimo nos últimos 7 dias de 81% e de 88% em relação aos 14 dias anteriores a hoje. Este quadro também prenuncia ou confirma a redução epidêmica estável que se dá, desde o pico da doença em meados de junho passado. Com relação as médias semanais móveis dos números de óbitos diários, reconfirma-se o estágio epidêmico do tipo reduzido, quando poucos ou nenhum caso ocorrem. Esta semana tivemos uma redução de 33% e de 67% nos últimos 14 dias. A média semanal de óbitos diários passou de 16 casos no pico da epidemia, em 23 de junho, para 0,3 na semana em curso.