SELO BLOG FM (4)

Pai de zagueiro morto em voo a Chapecoense critica Temer por “falta de respeito”

MORTES: "ACHO ISSO UMA FALTA DE RESPEITO COM AS FAMÍLIAS. SE ELE QUISER, QUE VENHA AQUI", DISSE PAI DE ZAGUEIRO MORTO (JAIME SALDARRIAGA/REUTERS)

MORTES: “ACHO ISSO UMA FALTA DE RESPEITO COM AS FAMÍLIAS. SE ELE QUISER, QUE VENHA AQUI”, DISSE PAI DE ZAGUEIRO MORTO (JAIME SALDARRIAGA/REUTERS)

Osmar Machado, pai do zagueiro Filipe Machado, aguarda a chegada do corpo do filho, vítima de acidente aéreo na Colômbia, para velório coletivo na Arena Condá, em Chapecó. Informado de que deveria ir ao aeroporto recepcionar o presidente Michel Temer, ele mostrou indignação.

“Falaram que eu vou ter que sair daqui e ir até o aeroporto dar um abraço no Temer. Acho isso uma falta de respeito com as famílias. Se ele quiser, que venha aqui. Isso é tão desrespeitoso que eu até acho que é mentira (a vinda do Temer)”, criticou.

O pai também afirmou que, após a cerimônia em Santa Catarina, a família irá realizar outro velório na Arena do Grêmio, no Rio Grande do Sul.

Embora Machado tenha defendido a camisa do Internacional por 10 anos, foi o Grêmio quem ofereceu o espaço e entrou em contato com a família.

“Não quero reclamar. Ou julgar. O Filipe tinha muitos amigos nos dois clubes. Mas quem nos contatou foi o Grêmio. Talvez por que o Inter tenha outras preocupações agora”, falou. Filipe Machado também teve uma breve experiência no Grêmio, dos 9 aos 11 anos.

Muito abalado, o pai de Machado contou que o filho estava vivendo um dos momentos mais felizes da sua vida. “Ele jogou em países de muito conflito, como o Irã, a Rússia e os Emirados Árabes… Mas foi aqui que o pior aconteceu”, lamentou.

Em luto, Osmar também chamou o piloto da companhia aérea LaMia de “imbecil” e “ganancioso”. “Pena que o piloto não está vivo pra ver tudo isso aqui, tudo o que ele fez com a gente”, disparou.

Segundo as investigações preliminares das autoridades colombianas, a queda do avião, que deixou 71 mortos e seis feridos, deveu-se à falta de combustível.

Osmar revelou que fez o trajeto de sua cidade, Gravataí, para Chapecó de carro – e que muitas vezes pensou em “enfiar o carro embaixo de um caminhão”. O pai do zagueiro morto no voo da LaMia disse que não fez uma bobagem porque precisa ser forte e ajudar a esposa e as filhas.

Exame

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

Comente aqui