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“É preciso que corruptos tenham medo da caneta do juiz”, diz ministro

 O MINISTRO DA TRANSPARÊNCIA, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, TORQUATO JARDIM, EM ALMOÇO PROMOVIDO PELO INSTITUTO DOS ADVOGADOS DE SÃO PAULO (IASP). (DIVULGAÇÃO IASP/PABLO DE SOUSA)

O MINISTRO DA TRANSPARÊNCIA, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, TORQUATO JARDIM, EM ALMOÇO PROMOVIDO PELO INSTITUTO DOS ADVOGADOS DE SÃO PAULO (IASP). (DIVULGAÇÃO IASP/PABLO DE SOUSA)

Em almoço com advogados, na tarde de ontem (21), em São Paulo, o ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim, disse que a sanção legal é insuficiente para conter a corrupção no país. Para ele, é preciso enfatizar a sanção social e fazer com que os corruptos tenham medo “da caneta do juiz”.

“Ninguém tem medo da sanção legal. Esse é o maior desafio da autoridade pública em qualquer plano – União, estados e municípios – para conter a corrupção e os desvios de verbas”, disse, durante o almoço promovido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), em um hotel na região da Avenida Paulista.

“É preciso enfatizar a sanção social. Se não houver sanção social não haverá sanção eficaz no âmbito do direito. É preciso ter medo da caneta do juiz. É preciso ter medo da caneta do Ministério Público, é preciso ter medo da caneta da investigação administrativa”, disse o ministro, sendo bastante aplaudido pelos presentes.

Segundo Jardim, em 240 operações especiais realizadas nos últimos 13 anos nos municípios, técnicos do Ministério da Transparência, Polícia Federal e Ministério Público Federal identificaram desvio de verbas federais em 67% delas. Esses recursos, afirmou, eram destinados a medicamentos, saneamento básico e merenda escolar. “Dois terços são desviados de crianças.”

“Por que isso acontece? Porque a sanção legal não amedronta. É a velha história de acreditar na impunidade. É o caso que citei daquele município no interior da Paraíba em que quatro gerações da família foram autuadas, em momentos diferentes de sua administração, e continuaram praticando [os desvios]. Daí, insisto que deve haver uma sanção social, porque a sanção legal, claramente, não tem sido suficiente. Por mais que se aparelhe a Polícia Federal, o Ministério Público e a CGU, isso não é suficiente para causar temor para o corrupto”, disse, mais tarde, a jornalistas.

Para o ministro, operações como a Lava Jato e a proposta das 10 leis contra a corrupção, podem contribuir para isso. “Espero que sim. O juiz Sérgio Moro, mais de uma vez, com a absoluta honestidade que lhe é peculiar, disse que a Lava Jato é um começo. Mas é preciso que a sociedade reaja”, acrescentou.

Torquato Jardim não comentou sobre a operação de hoje da Polícia Federal, que fez varreduras no Congresso e prendeu quatro policiais legislativos, acusados de atrapalhar as investigações da operação Lava Jato.

Agência Brasil

AGU diz que poderá cobrar Enem dos estudantes em escolas ocupadas

A Advocacia-Geral da União (AGU) diz que poderá cobrar os prejuízos aos cofres públicos causados pela ocupação de unidades de ensino programadas para receber a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de acordo com nota divulgada pelo órgão.

De acordo com o último balaço do Ministério da Educação (MEC), 182 locais de prova estão ocupados por estudantes em protesto contra a Medida Provisória do Novo Ensino Médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que estabelece um limite de gastos para a União para os próximos 20 anos.

O MEC deu prazo até 31 de outubro para os estudantes deixarem os locais. Caso isso não ocorra, o exame será cancelado nessas escolas e institutos federais. Segundo a pasta, cerca de 95 mil candidatos poderão ser afetados.

De acordo com a AGU, a maior preocupação é com a própria realização do Enem, marcada para os dias 5 e 6 de novembro. A ideia é cobrar dos responsáveis o valor pago por cada nova prova aplicada. O Enem tem um custo de R$ 90 por participante.

A AGU também estuda o ajuizamento de ações por eventual prejuízo ao patrimônio, caso seja constatada depredação das instituições de ensino. O órgão diz que, em conjunto com outros órgãos, vai trabalhar para identificar os responsáveis. Equipes de advogados públicos estarão de plantão até a realização do exame.

Individualizar condutas

Para o advogado Ariel de Castro Alves, que é Coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho de Direitos Humanos de São Paulo e têm acompanhado as ocupações, a medida tem o objetivo “de individualizar as condutas, visando criminalizar os estudantes”.

“Com a individualização, o governo pretende ingressar com reintegrações de posse contra os ocupantes. Para ingressarem com ações de reintegração de posse e pedidos de despejo, eles precisam ter os nomes dos ocupantes e elencarem nas peças”, diz. “Com isso os dirigentes também pretendem ameaçar e constranger os ocupantes”.

De acordo com o advogado, não existe proibição legal para a individualização e identificação dos ocupantes, porém, submeter adolescentes a constrangimentos configura crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele acrescenta que a incitação de violência de um estudante contra o outro também configura tipificação penal de incitação ao crime.

O MEC chegou a solicitar aos institutos federais os nomes dos ocupantes e disse que há relatos da presença de pessoas que não pertencem à comunidade dos locais ocupados. “Ao MEC cabe acompanhar para que não haja prejuízos à educação, ao patrimônio público e ao erário. Para cumprir sua obrigação, a Setec [Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica] precisa de informações oficiais”, diz a pasta em nota.

Agência Brasil

Agentes penitenciários apreendem garrafa de wisque e celulares no CDP Candelária

PARTE DO MATERIAL APREENDIDO. (FOTO: CEDIDA)

PARTE DO MATERIAL APREENDIDO. (FOTO: CEDIDA)

Agentes penitenciários do Centro de Detenção Provisória de Candelária apreenderam na madrugada deste sábado (22), sete celulares, carregadores, brocas manuais, massa de colagem e dois litros de wisque. O material estava em um pacote envolvido com espumas e foi jogado pelo muro lateral da unidade.

De acordo com a equipe de plantão do CDP os produtos foram jogados por volta de 1h, como estava protegido com espumas o pacote não fez barulho ao ser jogado, mas o sistema de monitoramento flagrou a ação mostrando tudo tempo real para os agentes.

De acordo com Alexandre Medeiros, um dos agentes da unidade as brocas serviviram para as paredes das velas e a massa de colagem para camuflar esses buracos. “Eles estavam prontos para comemorar com wisque, mas nossa equipe pronta para impedir a festa do crime”, disse.

A Polícia Militar foi acionada para tentar localizar o suspeito que jogou o pacote, mas após diligências ninguém foi preso. A direção da unidade deverá abrir sindicância para descobrir os destinatários de todo o material.

Portal BO

Fecomércio-RN emite nota de apoio aos comerciantes da Ceasa

NA NOTA,A FECOMÉRCIO-RN CLASSICIFICA A CEASA COMO REPRESENTANTE DE IMPORTANTES SETORES EMPRESARIAIS LIGADOS AO COMÉRCIO, AOS SERVIÇOS E AO TURISMO,

NA NOTA,A FECOMÉRCIO-RN CLASSICIFICA A CEASA COMO REPRESENTANTE DE IMPORTANTES SETORES EMPRESARIAIS LIGADOS AO COMÉRCIO, AOS SERVIÇOS E AO TURISMO,

Leia a nota:
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), Sindicato do Comércio Atacadista do RN, Associação dos Distribuidores e Atacadistas do RN (ADARN) e Associação dos Usuários Atacadistas da Ceasa/RN (ASSUCERN), vêm a público declarar seu total apoio aos Permissionários da Ceasa/RN (Comerciantes e Produtores Rurais) em sua luta contra a paralisação das atividades ou fechamento da Ceasa na cidade de Natal. Como representante de importantes setores empresariais ligados ao comércio, aos serviços e ao turismo, que seriam diretamente afetados com a ausência da Ceasa em Natal, o clamor pela manutenção das atividades empresariais, dos empregos envolvidos e da arrecadação de tributos se afigura como uma pauta de grande relevância para a Fecomércio RN.
Dentro desta linha, entendemos que o fechamento da Ceasa em Natal representaria uma influência negativa no desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte, podendo ter implicações no aumento de desemprego em uma classe menos favorecida, que repercutiria no aumento da criminalidade, algo que já é uma temática com a qual esta Entidade já manifestou apoio ao Governo do Estado na busca de soluções urgentes.
Defendemos que sejam adotadas todas as medidas de adequação necessárias a fim de que a Ceasa não paralise ou encerre suas atividades, assim como, que permaneça na Capital Potiguar garantindo que seja cumprido o seu papel importante na sociedade local.

Moro aceita denúncia contra Delúbio Soares e mais cinco na Lava Jato

DELÚBIO E OS DEMAIS ACUSADOS SE TORNAM RÉUS NA INVESTIGAÇÃO PELO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO.

DELÚBIO E OS DEMAIS ACUSADOS SE TORNAM RÉUS NA INVESTIGAÇÃO PELO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO.

O juiz federal Sérgio Moro aceitou hoje (21) denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e mais cinco investigados na Operação Lava Jato. Com a decisão, Delúbio e os demais acusados se tornam réus na investigação pelo crime de lavagem de dinheiro.

De acordo com a acusação do MPF, o empresário José Carlos Bumlai, que reponde a outra ação penal sobre o mesmo caso, usou contratos firmados com a Petrobras para quitar um empréstimo com o Banco Schahin.

Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Construtora Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009. De acordo com as investigações, Delúbio participou de reuniões para acertar o empréstimo.

Celso Daniel

A partir das investigações, o MPF passou a suspeitar que R$ 6 milhões, metade do empréstimo, foram repassados a Ronan Maria Pinto pelo PT. O partido sofreria extorsão do empresário, que teria ameaçado denunciar o esquema de corrupção da prefeitura de Santo André (SP), então comandada por Celso Daniel, assinado em 2002.

Sobre essas acusações, Moro decidiu arquivar as imputações contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e os empresários José Carlos Bumlai, Milton Schahin e Salim Schahin por falta de provas. O juiz também entendeu que as acusações prescreveram porque o período prescricional caiu pela metade em função “da idade avançada” dos investigados.

Em março, em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares disse que não deu aval e que desconhecia um empréstimo supostamente fraudulento.

Segundo Delúbio, em uma das reuniões, feita na sede nacional do PT em São Paulo, estava Sandro Tordin, um dos investigados ligados ao Banco Schain, mas nada foi falado sobre o empréstimo. Aos investigadores, Delúbio disse que soube do empréstimo recentemente pela imprensa.

Instituições de 11 países formam consórcio para estudar o vírus Zika

INSTITUTOS DE 11 PAÍSES FORMAM CONSÓRCIO DE PESQUISA PARA ESTUDAR O VÍRUS ZIKA  (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO/ DIVULGAÇÃO)

INSTITUTOS DE 11 PAÍSES FORMAM CONSÓRCIO DE PESQUISA PARA ESTUDAR O VÍRUS ZIKA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO/ DIVULGAÇÃO)

Foi lançada hoje (21), no Recife, uma rede de enfrentamento ao vírus Zika na América Latina, formada por 25 instituições de saúde pública de 11 países. O ZikaPlan pretende somar os esforços de pesquisadores para investigar elementos ainda desconhecidos do vírus e da sua relação com malformações em bebês.

O projeto foi lançado durante um congresso sobre o tema realizado na Universidade de Pernambuco (UPE), uma das instituições a participar da rede. Além da UPE, o Brasil contará com outras quatro organizações no grupo: Universidade de São Paulo (USP), Instituto Butantã, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Associação Técnica–Científica de Estudo Colaborativo Latino Americano de Malformações Congênitas.

As demais instituições são de 11 países da América Latina, América do Norte, África, Ásia e Europa: Colômbia, Cuba, Bélgica, França, Holanda, Suécia, Suíça, Reino Unido, Coréia do Sul, Senegal e Estados Unidos.A iniciativa foi criada a partir da chamada do fundo de investimento em pesquisas Horizon 2020, da Direção Geral de Pesquisa e Inovação da Comissão Europeia. O ZikaPlan vai receber €11,5 milhões do programa de pesquisa da Horizon 2020, e deve atuar durante quatro anos.

Pesquisa

O consórcio ZikaPlan vai investigar a doença, além de buscar meios de prevenir a disseminação e educar populações afetadas pelo vírus. Entre os aspectos a serem estudados está a associação do zika com complicações neurológicas, inclusive malformações graves como a microcefalia. Estratégias de vacinação, diagnóstico e formas de controle do mosquito vetor do vírus também vão ser exploradas para contribuir na tomada de decisão do poder público.

A rede vai trabalhar em conjunto com outros dois consórcios também financiados pela União Européia: ZIKAction e ZikAlliance. Os três consórcios criarão órgãos comuns para o gerenciamento global dos programas científicos, comunicação e questões éticas, regulatórias e legais.

A direção executiva do ZikaPlan é composta pela professora Annelies Wilder-Smith, representante da Universidade de Umeå, que será a diretora; o professor Eduardo Massad, diretor substituto, representante da Universidade de São Paulo; e mais 15 lideranças de grupos de trabalho de instituições parceiras. Conselhos consultivos independentes – éticos, científicos e industriais – darão apoio a essa direção.

Agência Brasil

MPRN ajuíza Mandado de Segurança contra Governador Robinson Faria

GOVERNO NÃO REPASSOU VALOR MENSAL CORRESPONDENTE AO DUODÉCIMO.

GOVERNO NÃO REPASSOU VALOR MENSAL CORRESPONDENTE AO DUODÉCIMO.

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte – MPRN ajuizou, hoje (21), Mandado de Segurança contra ato omissivo do Governador do Estado do Rio Grande do Norte, em função da ausência de repasse do valor mensal correspondente ao duodécimo a que o Órgão tem direito para o custeio de seus serviços e da remuneração de seus membros, servidores e colaboradores.

O objetivo da medida é garantir a defesa da autonomia da Instituição que, assim como o Poder Judiciário, o Poder Legislativo, o Tribunal de Contas e a Defensoria Pública, deve receber do Poder Executivo, até o dia 20 de cada mês, o repasse financeiro necessário para adimplir com suas obrigações e manter a continuidade de seus serviços.

O MPRN informa que, em que pese contribuir com os esforços de economia decorrentes da frustração de receitas do Estado, o que já ocasionou a redução considerável do valor mensal que tem recebido mês a mês, ainda sim o Poder Executivo não tem cumprido o dever de repasse do montante do duodécimo dentro do prazo constitucional, prejudicando seriamente o planejamento e o funcionamento da Instituição.

Esclarece também que, em função da atual crise econômica, tem efetivado medidas sérias de contenção de despesas, notadamente de pessoal, tendo cortado 10% do seu quadro de promotores e procuradores de justiça, executado um plano de incentivo à aposentadoria de seus membros e parado de repor cargos de servidores vagos, medidas que reduziram significativamente o custo de sua folha de pessoal.

Entende oportuno ainda esclarecer que, em que pese compreender a difícil situação financeira do Poder Executivo para o cumprimento de suas obrigações, é ilegítimo e fora do que determina a Constituição Federal pretender utilizar os valores dos duodécimos dos poderes – já devidamente reduzidos pelos contingenciamentos feitos, na forma da lei – além do prazo determinado para o repasse, conduta que atenta contra o Estado Democrático de Direito, no qual o Poder Executivo é um dos indispensáveis braços, mas não mais que os demais poderes e órgãos com autonomia, entre eles o Ministério Público, os quais, por isso mesmo, têm direito inarredável à proteção dos valores necessários para seus funcionamentos.

Por salários em dia e contra reforma, servidores do RN fazem paralisação

 SERVIDORES ESTADUAIS SE REUNIRAM EM ASSEMBLEIA NA MANHÃ DESTA SEXTA-FEIRA (21) (FOTO: MAGNUS NASCIMENTO/ TRIBUNA DO NORTE)

SERVIDORES ESTADUAIS SE REUNIRAM EM ASSEMBLEIA NA MANHÃ DESTA SEXTA-FEIRA (21) (FOTO: MAGNUS NASCIMENTO/ TRIBUNA DO NORTE)

Servidores estaduais do Rio Grande do Norte fizeram uma paralisação na manhã desta sexta-feira (21) em protesto contra os constantes atrasos no pagamento dos salários e contra as reformas propostas pelo governo federal. A mobilização acontece três dias depois de o governo do estado anunciar que só deve conseguir concluir toda a folha de pagamento de setembro no dia 29 deste mês.

Pela manhã, os servidores se reuniram na Praça Cívica de Natal, no bairro de Petrópolis, Zona Leste da cidade. De acordo com Santino Arruda, coordenador geral do Sindicado dos Servidores Públicos da Administração Indireta do RN (Sinai/RN), os manifestantes se posicionaram favoráveis a uma greve geral no dia 11 de novembro. A paralisação, segundo Arruda, está sendo discutida por centrais sindicais de todo o país.

Ainda de acordo com Arruda, representantes do Fórum Estadual de Servidores do RN entregaram um documento ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, e ao governador Robinson Faria, apresentando alternativas para a normalização do pagamento dos salários.

Salários atrasados
Representantes do Fórum Estadual de Servidores do RN ainda entregaram, durante a manhã, um documento apresentando alternativas ao governo para normalizar o pagamento. De acordo com Arruda, o documento foi entregue ao governador e ao presidente da Assembleia.

“Uma das alternativas apresentadas envolve a questão da dívida ativa, que nenhum governo estadual cobrou dos grandes empresários até agora. Outra tem relação com a execução orçamentária. O fórum descobriu que todos os Poderes recebem o duodécimo integralmente mesmo quando a arrecadação não é completa. Com isso, o Poder Executivo fica com um buraco para cumprir com os demais compromissos”, detalhou Arruda.

Segundo o coordenador do Sinai, o Poder Judiciário recebeu, em 2014 e 2015, R$ 340 milhões de repasse do Executivo referente ao duodécimo. O repasse está correto, de acordo com o levantamento feito pelos servidores, se calculado de acordo com o orçamento. No entanto, não é compatível com o valor arrecadado pelo governo.

“O fórum está exigindo que o poder executivo desenvolva uma gestão para constatar este dado e que os poderes devolvam o dinheiro ao executivo para que o executivo se atualize. Também queremos discutir com na assembleia o orçamento de 2017”, disse Santino.

PEC 241
Ainda de acordo com o Arruda, outra pauta debatida entre os servidores na assembleia intersindical foi a possibilidade de uma paralisação geral no dia 11 de novembro. A paralisação, segundo Santino, é uma pauta nacional de centrais sindicais de todo o Brasil contra reformas apresentadas pelo Governo Federal, em especial a PEC 241.

De acordo com Arruda, os servidores se manifestaram favoráveis à paralisação. No entanto, como o indicativo de greve deve ser aprovado por cada categoria individualmente, o decidido na assembleia dessa sexta será enviado em forma de recomendação aos sindicatos.

A PEC 241 estabelece que as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior. Pela proposta, a regra valerá pelos próximos 20 anos, mas, a partir do décimo, o presidente da República poderá enviar propor uma nova base de cálculo ao Congresso. Inicialmente, os investimentos em saúde e educação deveriam obedecer o limite estabelecido pela PEC, mas, diante da repercussão negativa e da pressão de parlamentares da base aliada, o Palácio do Planalto decidiu que essas duas áreas só serão incluídas no teto a partir de 2018.

G1 RN

Presidente do Senado defende Polícia Legislativa e ações para detectar grampos ilegais

 A POLÍCIA FEDERAL CUMPRIU QUATRO MANDADOS DE PRISÃO CONTRA POLICIAIS LEGISLATIVOS DO SENADO.(FOTO: JORGE WILLIAM)

A POLÍCIA FEDERAL CUMPRIU QUATRO MANDADOS DE PRISÃO CONTRA POLICIAIS LEGISLATIVOS DO SENADO.(FOTO: JORGE WILLIAM)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota nesta sexta-feira defendendo a Polícia Legislativa da Casa e suas prerrogativas de fazer inclusive varreduras para detectar a existência de escutas nos apartamentos funcionais de senadores. Segundo Renan, a Polícia Legislativa “exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal”.

“Convém reiterar que Polícia Legislativa exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal”, diz na nota.

Num recado velado à Polícia Federal, o presidente do Senado disse que as “instituições, assim como o Senado, devem guardar os limites de suas atribuições legais. Valores absolutos e sagrados do estado democrático de direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, liberdade de expressão e a presunção da inocência precisam ser reiterados”.

Renan disse ainda que as ações da segurança são para detectar grampos ilegais.

“Atividades como varredura de escutas ambientais restringem-se a detecção de grampos ilegais (Regulamento administrativo do Senado Federal Parte II Parágrafo 3, inciso IV), sendo impossível, por falta de previsão legal e impossibilidades técnicas, diagnosticar quaisquer outros tipos de monitoramentos que, como se sabe, são feitos nas operadoras telefônicas”.

O presidente do Senado disse que a Casa adotará, como sempre, uma atitude “colaborativa” com as investigações. “O Senado designou advogados do próprio órgão para acompanhar todos os procedimentos até a conclusão das investigações”, diz na nota.

ÍNTEGRA DA NOTA:

“A direção do Senado Federal tomou conhecimento na manhã desta sexta-feira (21-10-2016) das diligências no âmbito da Polícia Legislativa. O Senado designou advogados do próprio órgão para acompanhar todos os procedimentos até a conclusão das investigações.

Convém reiterar que Polícia Legislativa exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal.

Atividades como varredura de escutas ambientais restringem-se a detecção de grampos ilegais (Regulamento administrativo do Senado Federal Parte II Parágrafo 3, inciso IV), sendo impossível, por falta de previsão legal e impossibilidades técnicas, diagnosticar quaisquer outros tipos de monitoramentos que, como se sabe, são feitos nas operadoras telefônicas.

Como de hábito, o Senado Federal manterá postura colaborativa e aguardará as investigações para quaisquer providências futuras.

As instituições, assim como o Senado Federal, devem guardar os limites de suas atribuições legais. Valores absolutos e sagrados do estado democrático de direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, liberdade de expressão e a presunção da inocência precisam ser reiterados.

Renan Calheiros

Presidente do Senado “

O Globo

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