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Gustavo Carvalho defende uso de recursos da CIDE para recuperação de estradas

GUSTAVO CARVALHO: “HÁ RODOVIAS NO RIO GRANDE DO NORTE QUE VOLTARAM A SER VICINAIS”

O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) defendeu, durante a sessão plenária de hoje (18), a utilização de recursos oriundos das Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) para a recuperação imediata de estradas estaduais do Rio Grande do Norte. Segundo o parlamentar, há atualmente R$ 17 milhões em conta do Governo do Estado, porém o recurso está bloqueado em razão da não assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o que impede o seu uso para a correção do problema.

“Se o Governo do Estado resolver a questão do TAC, terá de pagar R$ 6 milhões, mas ainda restariam R$ 11 milhões para a recuperação das rodovias. Essa é uma questão que diz respeito à economia de muitos municípios e também à segurança das pessoas que trafegam por essas vias”, argumentou o parlamentar no plenário da Assembleia Legislativa. O deputado ressalvou que as recentes chuvas registradas no interior do Estado devem agravar a situação.

Gustavo Carvalho exemplificou o problema que motivou a sua fala em plenário. O parlamentar afirmou que, em viagem recente às regiões do Alto Oeste e do Mato Grande, ele pôde constatar o problema in loco. “Com exceção da Região Agreste, que passou recentemente por um processo de recuperação, o problema é generalizado e algumas estradas, como as que dão acesso a Tenente Ananias e Marcelino Vieira, estão intrafegáveis”, comentou o deputado.

O parlamentar ressaltou a atenção dispensada pelo General Fraxe, titular do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), ao problema, mas ressalta que a conservação das estradas deve ser tratada como prioridade pelo Governo do Estado.

Gustavo Carvalho lembrou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) também precisa dedicar a mesma atenção para rodovias federais, a exemplo da BR-226. “Para se chegar com segurança a Janduís, temos que fazer um desvio que aumenta a viagem em 70 quilômetros”, exemplificou o deputado, que acrescentou: “há rodovias no Rio Grande do Norte que voltaram a ser vicinais”.

Agentes penitenciários revelam o caos do sistema: “a gente faz rodízio com os coletes e todos vão vencer no final deste mês”

AGENTES PENITENCIÁRIOS FORAM OUVIDOS PELA COMISSÃO ESPECIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

O Sistema Prisional do Rio Grande do Norte está numa situação caótica e de calamidade. Esse foi o resumo do quadro em que se encontra o setor, com base nos depoimentos da presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado (SINDASP) Vilma Batista e do secretário geral da entidade, André Jucá, ouvidos pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa para analisar a situação do sistema, em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (18).

“Realmente pelos depoimentos colhidos por esta Comissão, o sistema prisional precisa de investimento. Está faltando equipamentos até para a comunicação dos agentes penitenciários no ambiente de trabalho, o que é perigoso. Está faltando estrutura e o número de agentes é reduzido em comparação ao número de presos”, afirmou o deputado Hermano Morais (PMDB), que presidiu a reunião.

A presidente do SINDASP criticou o fato de não ter sido ouvido pelo Governo do Estado na elaboração do plano diretor para o sistema penitenciário. “Nós estamos abandonados. Nós somos expostos às condições inadequadas para o trabalho. Muitos não percebem ao que somos submetidos no dia a dia, num trabalho estressante. Infelizmente sofremos muito mais pelo abandono em que nos encontramos”, desabafou Vilma.

A presidente do SINDASP disse que são 8.200 presos em 32 unidades prisionais em todo o Estado sob a responsabilidade de apenas 864 agentes. Disse ainda que o concurso está atrasado e somente em abril do próximo ano é que os novos agentes que forem aprovados vão estar em exercício.
“Nós não temos a valorização funcional física e mental. Não há estrutura para o trabalho. A gente faz rodízio com os coletes e todos vão vencer no final deste mês”, afirmou Vilma.

O secretário geral do Sindicato, André Jucá, que já tem 15 anos de trabalho afirmou para a Comissão que o agente penitenciário ganha muito pouco e não tem nenhuma perspectiva de vida. “A categoria está acampada esperando ser recebida pelo Governador. O agente precisa andar armado para se defender, mas não temos armas. A categoria não tem incentivo, não é valorizada. Depois de 15 anos de trabalho, o salário é R$ 2.700” afirmou André.

Participaram da reunião os deputados Hermano Morais, Larissa Rosado (PSB) e Márcia Maia (PSDB).

Com emenda de Tomba Farias que garante pagamento dos novos salários em agosto, AL aprova reajuste de comissionados do RN

 

EMENDA DE TOMBA FARIA GARANTE JÁ PARA O MÊS DE AGOSTO NOVA REMUNERAÇÃO DOS CARGOS COMISSIONADOS DO ESTADO

Com uma emenda do deputado estadual Tomba Farias (PSB) que garante a implantação dos novos valores a partir de agosto, foi aprovado pela maioria dos deputados o projeto governamental que reajusta a remuneração de cargos em comissão da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Estado. Com isso, por exemplo, em agosto, a remuneração do secretário adjunto passa para R$ 7.623,00; o de coordenador para R$ 5.200,00, o de subcoordenador para R$ 3.001,00 e o de chefe de grupo para R$ 950,00.

“Era preciso que ocorresse esse aumento para os secretários adjuntos, coordenadores, subcoordenadores e chefes de grupo, porque o Estado está perdendo quadros para outros Poderes, em função da baixa remuneração para execução de serviços especializados”, disse Tomba Farias, que foi relator da matéria na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF).

O Executivo argumenta que os salários estão sem atualização desde o ano de 2002, portanto há 15 anos e que a proposição não trará qualquer impacto financeiro ao Executivo, visto que haverá compensação com a demissão de servidores não estáveis.

A matéria, no entanto, teve votos contrários dos deputados Fernando Mineiro (PT), Márcia Maia (PSDB) e Gustavo Fernandes (PMDB) e antes de ir a plenário, passou pelas comissões de Constituição e Justiça e Redação (CCJ), e de Finanças e Fiscalização (CFF).

Com uma emenda do deputado estadual Tomba Farias (PSB) que garante a implantação dos novos valores a partir de agosto, foi aprovado pela maioria dos deputados o projeto governamental que reajusta a remuneração de cargos em comissão da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Estado. Com isso, por exemplo, em agosto, a remuneração do secretário adjunto passa para R$ 7.623,00; o de coordenador para R$ 5.200,00, o de subcoordenador para R$ 3.001,00 e o de chefe de grupo para R$ 950,00.

“Era preciso que ocorresse esse aumento para os secretários adjuntos, coordenadores, subcoordenadores e chefes de grupo, porque o Estado está perdendo quadros para outros Poderes, em função da baixa remuneração para execução de serviços especializados”, disse Tomba Farias, que foi relator da matéria na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF).

O Executivo argumenta que os salários estão sem atualização desde o ano de 2002, portanto há 15 anos e que a proposição não trará qualquer impacto financeiro ao Executivo, visto que haverá compensação com a demissão de servidores não estáveis.

A matéria, no entanto, teve votos contrários dos deputados Fernando Mineiro (PT), Márcia Maia (PSDB) e Gustavo Fernandes (PMDB) e antes de ir a plenário, passou pelas comissões de Constituição e Justiça e Redação (CCJ), e de Finanças e Fiscalização (CFF).

‘Não renunciar vai levar a economia para o buraco’, diz economista que enfatiza Brasil caminha para virar uma Venezuela

Monica de Bolle

‘É PRECISO FAZER UMA LIMPEZA GERAL NO GOVERNO’, DIZ MONICA FOTO: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

Para a economista Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson de Economia Internacional, o presidente Michel Temer cometeu um erro ao insistir em permanecer no governo e a retomada da economia não é uma justificativa para segurá-lo. “Ele vai levar a economia para o buraco”, diz Monica.

Na avaliação da especialista, não apenas Temer tem de sair. É preciso também tirar da linha sucessória e do governo todos que sejam investigados na Lava Jato ou paire algum risco de envolvimento.

“O País precisa purgar isso. Na perspectiva de corrosão institucional, se ficar como está, o Brasil caminha para virar uma Venezuela”, diz ela. A seguir trechos da entrevista que concedeu ao Estado.

O Temer deveria ter a hombridade de renunciar. Se ele quer se mostrar tão diferente da Dilma, se quer entrar para a história com alguma dignidade, ele tem que renunciar. Ele tem que fazer o que ela não fez. Não pode ficar nesse jogo de tentar acobertar, de dizer que é tudo mentira. Chega. Ninguém aguenta mais ouvir isso. Insistir é um erro. Precisamos purgar isso. Na perspectiva de corrosão institucional, se ficar como está, o Brasil caminha para virar uma Venezuela.

Temer argumentou que a economia estava se recuperando, as reformas caminhando e se sair, compromete a perspectiva dessa melhora. 

A economia não pode ser a desculpa para ficar. O dano que essa gente provocou para o País não justifica fechar os olhos para isso. O que está em jogo aqui é o futuro institucional do Brasil. Isso é mais importante que a economia neste momento. Além do mais, não vai vir alívio para a economia com o governo podre. Ele vai levar a economia para o buraco – para o buraco. Não tem saída nessa situação, entendeu? Não tem solução de canto. Ou a gente faz uma mudança de rumo agora ou perde a perspectiva de um futuro melhor. Temer não é ponte para o futuro. Temer é ponte para o passado. É um cara da República Velha. Da república corrupta. Não é o cara que vai fazer reformas.

Mas na linha sucessória está Rodrigo Maia, presidente da Câmara, outro investigado na Lava Jato. Não daria no mesmo?

Não pode ser Maia. Tira Rodrigo Maia. Tira da linha sucessória todo mundo que tem implicação na Lava Jato. Tira do governo. Não pode ficar ninguém sobre o qual recaia alguma possível suspeita. Tem gente de bem no Brasil. Tem gente que pensa. Essas pessoas precisam se juntar. A travessia para 2018 é: coloca a ministra Carmem Lúcia (presidente do Supremo Tribunal Federal). Faz um pacto nacional com gente de bem. Eles precisam se aglutinar. Se unir. E precisa fazer uma limpeza geral no governo. Tira todo mundo que tem implicação na Lava Jato. Aí vamos ver o que acontece na eleição lá na frente. A república velha, corrupta, ruiu. Acabou.

Fonte: Estadão

Veja vídeo do pronunciamento: Temer diz que não vai deixar a presidência: ‘Não renunciarei’

O presidente Michel Temer fez um pronunciamento na tarde desta quinta-feira para rebater a denúncia de que teria dado aval a Joesley Batista para pagar uma mesada para que o ex-deputado Eduardo Cunha mantivesse silêncio sobre denúncias contra o governo.

O presidente informou que não vai renunciar e que não tem nada a esconder.

– Não renunciarei. Repito: Não renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Meu único compromisso é com o Brasil e só este compromisso me guiará.

Leia o pronunciamento do presidente Temer

Olha, ao cumprimentá-los, eu quero fazer uma declaração à imprensa brasileira e uma declaração ao País. E, desde logo, ressalto que só falo agora – os fatos se deram ontem – porque eu tentei conhecer, primeiramente, o conteúdo de gravações que me citam. Solicitei, aliás, oficialmente, ao Supremo Tribunal Federal, acesso a esses documentos. Mas até o presente momento não o consegui.

       Quero deixar muito claro, dizendo que o meu governo viveu, nesta semana, seu melhor e seu pior momento. Os indicadores de queda da inflação, os números de retorno ao crescimento da economia e os dados de geração de empregos, criaram esperança de dias melhores. O otimismo retornava e as reformas avançavam, no Congresso Nacional. Ontem, contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe volta o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensionada.

       Portanto, todo um imenso esforço de retirar o País de sua maior recessão pode se tornar inútil. E nós não podemos jogar no lixo da história tanto trabalho feito em prol do País. Houve, realmente, o relato de um empresário que, por ter relações com um ex-deputado, auxiliava a família do ex-parlamentar. Não solicitei que isso acontecesse. E somente tive conhecimento desse fato nessa conversa pedida pelo empresário.

       Repito e ressalto: em nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém. Por uma razão singelíssima: exata e precisamente porque não temo nenhuma delação, não preciso de cargo público nem de foro especial. Nada tenho a esconder, sempre honrei meu nome, na universidade, na vida pública, na vida profissional, nos meus escritos, nos meus trabalhos. E nunca autorizei, por isso mesmo, que utilizassem o meu nome indevidamente.

       E por isso quero registrar enfaticamente: a investigação pedida pelo Supremo Tribunal Federal será território, onde surgirão todas as explicações. E no Supremo, demonstrarei não ter nenhum envolvimento com esses fatos.

       Não renunciarei, repito, não renunciarei! Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida, para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Esta situação de dubiedade ou de dúvida não pode persistir por muito tempo. Se foram rápidas nas gravações clandestinas, não podem tardar nas investigações e na solução respeitantemente a estas investigações.

Tanto esforço e dificuldades superadas, meu único compromisso, meus senhores e minhas senhoras, é com o Brasil. E é só este compromisso que me guiará.

Muito obrigado. Muito boa tarde a todos.”

Ministro da Cultura, Roberto Freire, diz que PPS entregará os cargos, caso Temer não renuncie

ROBERTO FREIRE DIZ QUE O MELHOR CAMINHO PARA TEMER É A RENÚNCIA

O ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS), comunicou na tarde de hoje à Presidência da República, via o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que o PPS entende que o melhor caminho a ser tomado pelo presidente Michel Temer é a renúncia. O partido deverá esperar até o final da tarde pelo pela decisão presidencial. Se Temer não renunciar, o PPS  vai entregar os cargos que mantém no governo federal.

O ministro Raul Jungmann (Defesa), também do PPS, já comunicou aos militares que deve renunciar ao cargo.

RAUL JUNGMANN JÁ COMUNICOU AOS MILITARES QUE DEVE RENUNCIAR AO CARGO

Parlamentares do PPS no Congresso Nacional divulgaram hoje uma nota à imprensa, na qual defendem que Temer precisa renunciar imediatamente para a preservação dos interesses do Brasil, com a manutenção da recuperação da economia, a retomada do crescimento e a geração de empregos.

Segue a nota na íntegra:

Nota à imprensa

As bancadas do PPS na Câmara dos Deputados e no Senado Federal vêm a público, diante dos últimos acontecimentos na esfera política, manifestar seu posicionamento:

As denúncias até então divulgadas são de tal gravidade, que se for confirmado o teor da delação do empresário Joesley Batista, o presidente Michel Temer precisa renunciar imediatamente para a preservação dos interesses do Brasil, com a manutenção da recuperação da economia, a retomada do crescimento e a geração de empregos.

Caso venha a público tal áudio com o teor já adiantado pela imprensa, o presidente Michel Temer perde a capacidade de continuar à frente do comando do país e é necessário que esse vácuo de governabilidade seja preenchido o mais rapidamente possível.

A saída para a crise deve respeitar o balizamento constitucional. Esta obediência à Carta Magna fará com que os poderes da República busquem a solução democrática, inclusive até com a possibilidade de realização de nova eleição direta, devolvendo para o povo a chance da escolha daquele que comandará o país até 2018.

Também mantemos a confiança e o apoio à operação Lava Jato que tem produzido resultados positivos ao conjunto da sociedade que não tolera, nos dias de hoje, corrupção e impunidade.

As bancadas do PPS na Câmara e no Senado encaram, mais um vez, com responsabilidade esse novo desafio e tudo fará em nome do interesse coletivo da Nação.

Brasília, 18 de maio de 2017

Presidente nacional do PSB defende imediata saída do ministro de Minas e Energia

Foto: Humberto Pradera

SIQUEIRA DIZ QUE GOVERNO PERDEU LEGITIMIDADE PARA GOVERNAR O BRASIL (Foto: Humberto Pradera)

Diante das graves denúncias contra o presidente da República e das informações veiculadas a partir da noite de ontem, o presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, defendeu a imediata entrega do cargo ocupado pelo deputado federal Fernando Coelho Filho, como ministro de Minas e Energia.

Esta demanda é apresentada, mesmo que a indicação para tal cargo jamais tenha sido feita, reivindicada ou chancelada pela direção nacional, o que se justifica pelo fato de que o partido não pode admitir, que um de seus membros faça parte de um Governo antipopular que perdeu, por inteiro, sua legitimidade para governar o Brasil, afirmou o presidente do PSB.

Em vídeo, Fátima Bezerra passa a defender eleições diretas e diz que Temer é “chefe de quadrilha”

FÁTIMA BEZERRA (A LADO DE LULA) PASSA A DEFENDER DIRETAS JÁ NAS REDES SOCIAIS

A deputada federal Fátima Bezerra (PT), cujo nome também aparece entre os políticos que receberam dinheiro da JBS para campanha eleitoral –   ela declarou gastos em 2014 de R$ 3,4 milhões, desses R$ 1,165 milhão vieram dos cofres da empresa dos irmãos Batista – , não perdeu tempo em usar as redes sociais para falar do escândalo envolvendo o presidente Michel Temer, que  aval para a JBS comprar o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha.

A deputada petista, em vídeo  exibido em sua página no Facebook, diz que o povo brasileiro não permitir a permanência de um “chefe de quadrilha” no governo e defende a realização imediata de eleições diretas.

Veja o vídeo: https://m.facebook.com/story.php?tory_fbid=1237956442968382&id=317759544988081

 

Prisão de Aécio Neves: STF vai decidir pedido de Janot

PRISÃO DO SENADOR AÉCIO NEVES SERÁ DECIDIDA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai se reunir nesta quinta-feira 18 para analisar o pedido de prisão do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB. A solicitação foi apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo. Fachin determinou o afastamento imediato de Aécio, mas decidiu submeter o pedido de prisão ao plenário.

Na manhã desta quinta, as residências do senador em Brasília, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, além de seu gabinete no Congresso são alvo de mandados de busca e apreensão autorizados por Fachin. Também foi expedido um mandado de prisão contra a irmã do senador, Andréa Neves. De acordo com o portal G1, a prisão foi efetiva em Belo Horizonte.

Além de Aécio, também são alvos desta operação os gabinetes do senador Zezé Perrela (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Este teria sido escolhido pelo presidente Michel Temer para intermediar uma negociação com a JBS, conglomerado pertencente aos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Na quarta-feira 17, o jornal O Globo divulgou detalhes da delação de Joesley, que colocam a República em polvorosa. Nas gravações, Aécio aparece pedindo 2 milhões de reais ao empresário dizendo que que precisava do dinheiro para pagar despesas com sua defesa na Lava-Jato.

Segundo informações de O Globo, o diálogo gravado durou cerca de 30 minutos. O encontro entre Aécio e Joesley foi no 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo eAécio citou o nome de Alberto Toron como o criminalista que o defenderia. A menção ao advogado já havia sido feita pela irmã e braço-direito do senador, Andréa Neves. Foi ela a responsável pela primeira abordagem ao empresário, por telefone e via WhatsApp, mensagens que também estão com os procuradores.

O pedido de ajuda foi aceito e o empresário quis saber, então, quem seria o responsável por pegar as malas. A gravação mostra que Joesley sugere que se Aécio fosse retirar pessoalmente  dinheiro a entrega seria feira por ele mesmo, mas que se Aécio fosse mandar alguém de sua confiança, Joesley faria o mesmo.

Surpreendentemente a resposta de Aécio: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”, respondeu Aécio segundo o jornal.

Ainda segundo O Globo, o presidente do PSDB indicou um primo, Frederico Pacheco de Medeiros, para receber o dinheiro. Fred, como é conhecido, foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014.

Quem levou o dinheiro a Fred foi, prossegue o jornal, o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Foram quatro entregas de 500 mil reais cada uma. A PF teria filmado uma delas.

Curiosamente, as investigações apontam, afirma O Globo, que o dinheiro não foi repassado a advogado algum. As filmagens da PF mostram, diz o jornal, que após receber o dinheiro, Fred repassou, ainda em São Paulo, as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG).

Mendherson teria levado de carro o dinheiro para Belo Horizonte, em três viagens, seguidas pela PF. O assessor negociou para que os recursos fossem parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella.

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