A CBF divulgou em seu site oficial que a segunda partida da final da Copa do Brasil, que seria disputada por Grêmio e Atlético-MG, no Rio Grande do Sul, está suspensa por tempo indefinido. O jogo estava previsto para a próxima quarta-feira (30), mas, devido à tragédia do voo da Chapecoense para Medellín, que deixou 76 mortos, a entidade decidiu por adiar a decisão. O time catarinense viajava para enfrentar o Atlético Nacional, da Colômbia, no que seria o duelo de ida da final da Copa Sul-Americana e a primeira decisão internacional da história do clube. A Conmebol divulgou nota cancelando o duelo.
Lásaro Cândido, diretor jurídico do Atlético-MG, já havia se pronunciado nesta terça-feira, lamentando o ocorrido e cobrando uma posição da entidade máxima do futebol sobre a final da Copa do Brasil.
– É uma tragédia, lamentamos muito o acidente. Mas não tivemos nenhuma confirmação sobre o adiamento ou o cancelamento da final da Copa do Brasil. Imagino que o jogo deva ser adiado. Mas, à princípio, o voo do Atlético está confirmado, mas imagino que até o horário do voo, no início da tarde, já devemos ter uma definição – disse o dirigente, antes do comunicado da CBF.
No duelo de ida da final da Copa do Brasil, o Grêmio venceu o Galo por 3 a 1, em Belo Horizonte.
A AERONAVE ERA DO MODELO AVRO RJ85 E TINHA 17 ANOS. O MODELO JÁ NÃO É PRODUZIDO DESDE 2002.
O avião CP 2933, da companhia LaMia, que transportava o time da chapecoense até Medelliín se partiu em três ao tentar fazer um pouso de emergência. O piloto, atendendo aos padrões, descartou o combustível antes do procedimento, evitando a explosão. A aeronave era do modelo Avro RJ85 e tinha 17 anos. O modelo já não é produzido desde 2002. De origem britânica, nasceu como British Aerospace 146 e tinha uma configuração com asas altas e quatro turbinas.
A Chapecoense iria jogar a final da Copa Sul-americana nesta quarta-feira, em Medellín. O plano inicial da delegação era fretar um voo direto para Medellín, mas teve seu pedido negado pela Agência Nacional de Aviação (ANAC).
O time saiu de Garulhos em um voo comercial até de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Lá, embarcaram na aeronave da LaMian, que decolou com 80 pessoas a bordo: 71 passageiros e 9 tripulantes. Cinco sobreviventes foram confirmados.
Segundo a imprensa local, o avião com o time catarinense perdeu contato com a torre de controle às 1h15, horário de Brasília, e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.
A LaMia faz frequentemente transporte de equipes de futebol pela América Latina, e esse mesmo avião já havia sido usado pelo time catarinense para a partida contra o Junior de Barranquila, em outubro, pelas quartas de final da mesma competição.
A aeronave levou também a seleção Argentina de Belo Horizonte para Buenos Aires, depois da partida contra o Brasil pelas eliminatórias da Copa, no último dia 10.
MAIS CEDO, TEMER EMITIU NOTA OFICIAL EM SOLIDARIEDADE AOS FAMILIARES E AMIGOS DA EQUIPE DE FUTEBOL.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou na manhã desta terça-feira que o presidente Michel Temer decretou luto oficial de 3 dias pelas vítimas do acidente aéreo ocorrido nesta madrugada com o avião que levava a delegação e a equipe de futebol da Chapecoense para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia. O decreto deve ser publicado nas próximas horas.
Segundo autoridades locais, 76 pessoas morreram no acidente. Cinco sobreviveram. A aeronave tinha 81 pessoas a bordo, sendo 72 passageiros e 9 tripulantes, de acordo com informações da agência da Aeronáutica Civil colombiana. Porém, três pessoas que estavam na lista do voo não embarcaram. E ainda há buscas por mais sobreviventes.
Mais cedo, Temer emitiu nota oficial em solidariedade aos familiares e amigos da equipe de futebol. “Nesta hora triste que a tragédia se abate sobre dezenas de famílias brasileiras, expresso minha solidariedade”, disse o presidente na nota.
“Estamos colocando todos os meios para auxiliar familiares e dar toda a assistência possível. A Aeronáutica e o Itamaraty já foram acionados”, completou Temer, informando ainda que “o governo fará todo o possível para aliviar a dor dos amigos e familiares do esporte e do jornalismo nacional”.
AVIÃO DA CHAPECOENSE SOFREU ACIDENTE DURANTE A VIAGEM À COLÔMBIA
As autoridades colombianas confirmaram a morte de 75 pessoas no acidente aéreo com a delegação da Chapecoense na madrugada desta terça-feira (29), na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia.
Inicialmente o general José Acevedo Ossa, membro da polícia local e responsável pelo resgate, e o prefeito de Medellín, Federico Guitiérrez Zuluaga, divulgaram um total de 76 mortos. Posteriormente, porém, o corpo de bombeiros divulgou que mais uma pessoa foi retirada com vida dos destroços e encaminhada ao hospital: o zagueiro Neto.
“Milagres existem. Temos que tirar todos da aeronave. Encontramos mais uma pessoa viva na aeronave”, disse um dos bombeiros envolvidos, sobre o resgate de Neto.
Além do zagueiro, outras seis pessoas sobreviveram à tragédia. Três deles são jogadores da Chapecoense: o lateral esquerdo Alan Ruschel, além dos goleiros Danilo e Follmann. O jornalista Rafael Henzel e a comissária de bordo Ximena Suarez também foram resgatadas com vida. As informações são de hospitais da região e de familiares dos jogadores.
“Estamos trabalhando também para resgatar os corpos dos mortos e entregar às suas famílias. Conseguimos resgatar cinco pessoas com vida. Quando amanhecer, vamos retirar os corpos e iniciar o processo para enviar ao país de origem das pessoas. O procedimento do resgate de corpos estará a cargo da polícia”, disse Ossa.
“Socorristas trazem a informação deste lugar de muito difícil acesso. Estou fazendo a coordenação dos transladados dos corpos e chamando a polícia legal. São quase cinco da manhã. Vamos trabalhar toda a noite. Expressamos nossa solidariedade às famílias, estamos de luto. Algumas vítimas têm diferentes nacionalidades. Prestamos solidariedade total. Lamento muito, estamos solidários. É muito duro. Não cabe tanta gente que está querendo trabalhar nos resgastes. Não cabe mais ambulância, mais carros. Temos que valorizar o trabalho de toda essa gente”, disse Zuluaga.
O presidente do Atlético Nacional destacou solidariedade à Chapecoense à Telemedellín, TV colombiana. “Estamos falando com todos os departamentos administrativos e de crise que temos para ajudar e estamos trabalhando junto aos organismos de socorro. No momento podemos nos solidarizar. Desejamos o melhor. Creio que não temos cabeça no momento (para falar de jogo)”, comentou.
No voo estavam 81 pessoas, incluindo 72 passageiros e nove tripulantes. No total, eram 48 membros da Chapecoense, incluindo 22 jogadores, 21 jornalistas e três convidados, além da tripulação.
O modelo do avião é o Avro Regional Jet 85, também conhecido como Jumbolino, de matrícula CP-2933, produzido pela British Aerospace. O avião tem lugar para 95 pessoas, mas segundo as autoridades colombianas, tinha 72 passageiros e 9 tripulantes no momento do acidente.
Alguns atletas da Chapecoense não viajaram com a delegação. A lista inclui os seguintes jogadores: Neném, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei, Hyoran, Martinuccio, Nivaldo e Rafael Lima. Eles não vinham sendo utilizados pelo treinador Caio Júnior. Entre todo o time, o goleiro Nivaldo é o mais antigo do elenco e está no grupo desde que a equipe estava na Série D.
Na lista de convidados da Chapecoense para a viagem à Colômbia, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estava no voo. Outros dois membros da delegação, Rodrigo Ernesto e Pablo Castro, também não estavam com o restante da equipe. Ambos cuidam da logística do time, chegaram antes a Medellín e estavam no aeroporto para o receptivo.
ÂNGELA MARIA SE APRESENTA NESTA TERÇA PARA OS NATALENSES
A partir das 19h desta terça-feira (29), a cantora Ângela Maria e Márcio Gomes se apresentam em show no Auditório do Sesc (Cidade Alta) para show que faz parte do Projeto “Seis e Meia”.
Os ingressos ainda estão a venda na loja do Pittsburg localizado na Avenida Prudente de Morais.
Serviço
Angela Maria e Márcio Gomes
Data: Terça (29), 19h
Local: SESC Cidade Alta
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia), no Pittsburg Prudente
Em teste de qualidade realizado pela Proteste, cinco marcas de protetor solar para o rosto apresentaram fator de proteção inferior ao indicado na embalagem. Dos dez produtos testados, um também apresentou menor proteção contra raios UVA do que prevê a legislação. A Proteste solicitou uma fiscalização mais adequada dos produtos e pediu aos fabricantes que corrijam a informação nos rótulos dos protetores solares.
Das dez marcas testadas, cinco não apresentaram o fator de proteção solar (FPS) que consta no rótulo: Sundown, L’Oreal, ROC, Sunmax e La Roche Posay. O La Roche Posay tinha um FPS 42% menor do que o indicado. A metodologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite uma variação de até 17% em relação ao que é informado na embalagem e a formulação do produto, mas nessas cinco marcas, a diferença de percentual foi superior à permitida.
Também foi avaliada a proteção UVA dos produtos. Desde 2012 a legislação brasileira determina que, nos filtros solares, a proteção UVA deve ser um terço do FPS. Ou seja: um protetor com FPS 60 precisa ter proteção UVA igual a 20, no mínimo. O protetor da L’Oreal foi considerado ruim por apresentar 26% do FPS rotulado ao invés dos 33% exigidos para UVA.
PROGRAMA DE TV NO MARROCOS: QUADRO POLÊMICO QUIS ENSINAR MULHERES A USAREM A MAQUIAGEM PARA ESCONDER SINAIS DE ABUSOS (REPRODUÇÃO)
Um programa de televisão da rede estatal do Marrocos chocou o mundo depois de levar ao ar um quadro no qual foram dadas dicas de maquiagem para ocultar marcas e ferimentos resultado da violência doméstica.
O país é duramente criticado por entidades que defendem os direitos humanos por ter uma legislação considerada frágil no que tange a violência contra a mulher e por não oferecer um sistema adequado de atendimento às vítimas de abusos.
“Esperamos que essas dicas de beleza possam lhe ajudar no seu dia a dia”, disse a apresentadora. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o programa foi ao ar no último dia 23, dois dias antes do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher.
A apresentadora aparece sorridente no momento em que anuncia a próxima atração do programa Sabahiyat. Em seguida, a maquiadora, também em clima de tranquilidade, dá início ao processo de camuflagem em uma mulher que está maquiada de modo a simular hematomas na região do rosto.
Nas redes sociais, o clima entre os usuários foi de consternação, com o surgimento de um abaixo-assinado que ordenava que a rede de televisão pedisse desculpas publicamente.
O quadro foi retirado do site do canal, mas ainda está disponível internet afora. Na página oficial do programa no Facebook, a equipe postou um comunicado no qual diz entender que o segmento era inapropriado e que foi um erro de julgamento editorial.
O setor de transporte sofreu forte impacto das crises econômica e política. A percepção é de 795 empresas brasileiras transportadoras de cargas e passageiros que participaram da Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2016, divulgada hoje pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
A sondagem mostra que mais da metade (60%) das empresas de transporte sofreram diminuição da receita em 2016 e 58,8% precisaram reduzir o número de viagens. De acordo com a pesquisa, o aumento do custo operacional é um dos problemas enfrentados por 74,6% dos entrevistados. Outra dificuldade apontada é o acesso ao crédito para a aquisição de novos veículos. Das empresas de transporte entrevistadas, 63,7% não adquiriram veículos em 2016 e 44,6% não pretendem adquiri-los em 2017.
O setor demitiu 52.444 trabalhadores de dezembro de 2015 a setembro de 2016. O quadro de funcionários previsto para 2017 foi reduzido por 58,1% das empresas e apenas 30% deve contratar novos funcionários. A pesquisa ressalta que “a recuperação do emprego é mais lenta do que a da receita em todos os setores da economia após uma crise como a atual’, diz o texto.
Para 90,7% dos empresários ouvidos, a crise política os afetou negativamente. Apesar de 53% dos empresários manifestarem aumento da confiança na gestão econômica atual, praticamente metade (49,3%) deles acredita que a retomada do crescimento da economia só será percebida em 2018. Apenas 23,7% dos empresários esperam resultados melhores ainda para o ano que vem, otimismo considerado “moderado” pela sondagem.
Quase mil obras públicas estaduais e municipais estão paralisadas em Pernambuco, segundo levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do estado e divulgado hoje (28) pelo órgão. O orçamento dos contratos é de mais de R$ 5 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão já pagos. A justificativa mais utilizada pelos governos para as paralisações foi a falta de repasses de verba federal.
O levantamento – disponível na íntegra na internet – foi realizado a partir de prestações de contas enviadas ao Tribunal de Contas de Pernambuco relativas ao ano de 2015. Foram incluídas na lista tanto obras que o próprio governo declarava como paralisadas, bem como aquelas com indícios de paralisação, quando por exemplo o valor repassado para o empreendimento era irrisório. Mais de 1,4 mil contratos de 184 municípios foram identificados como parados e os entes públicos responsáveis receberam um ofício do TCE para que explicassem o motivo e as medidas adotadas para retomar as obras.
As últimas respostas chegaram no mês passado, segundo o auditor das contas públicas Pedro Teixeira, responsável pelo levantamento. Dos 1.422 contratos, 393 estavam reiniciados ou concluídos e 131 apresentaram outras providências que possibilitaram a regularização das obras. Outros 10 empreendimentos surgiram depois do envio de ofícios, e em 291 casos não houve resposta ao TCE, o que totalizou 911 obras paralisadas. “Nada impede que tenham retomado alguma obra das apresentadas com algum receio da repercussão do levantamento”, pondera Teixeira.
Cento e vinte e três municípios constam na lista como realizadores das obras, além de 10 órgãos da prefeitura do Recife e 35 do estado de Pernambuco. O governo estadual é o ente no topo da lista de contratos parados, tanto com relação ao volume de recursos como número de obras. “A grande maioria das respostas foi quanto à dificuldade no repasse de recursos federais. A gente sabe que Pernambuco teve uma pujança entre 2012 e 2014, e isso mudou completamente quando os recursos começaram a rarear por conta da crise econômica. E o estado normalmente é quem mais recebe recursos federais, então é o que tem mais obras paradas”, diz o auditor responsável.
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