
OS PMs CUMPREM PENA EM ALCAÇUZ, EM SUA MAIORIA, POR HOMICÍDIO E HOMICÍDIO QUALIFICADO
A direção da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada em Nísia Floresta, Região Metropolitana de Natal, está preocupada com cinco detentos. Segundo um documento escrito pelo diretor do presídio, Ivo Freire dos Santos Rocha, tais internos são ex-policiais que cumprem pena no regime fechado, mas que, devido ao cenário de instabilidade dentro da unidade correriam risco de morrer, assassinados por outros detentos. Desde o dia 14 de janeiro, quando foi desencadeada uma rebelião que resultou na morte de 26 presos, o presídio vive o ápice de sua crise.
Em uma declaração, escrita por Ivo Freire dos Santos Rocha, datada de 26 de janeiro de 2017, e endereçada à Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc), ele deixa bem claro seus temores.“Declaro para os fins que se fazem necessários que, devido à crise aqui instaurada, desde o último dia 14 de janeiro de 2017, não há mais as mínimas condições de assegurar a integridade física e as vidas dos ex-policiais a seguir identificados, que atualmente estão cumprindo em regime fechado nessa unidade prisional”, afirma Ivo, que pede providências.
O diretor justifica que não há mais limites entre os pavilhões ou outros setores em Alcaçuz, “não tendo qualquer controle ou restrição de acesso dos apenados, pois não há mais grades ou barreiras que separem uns dos outros internos custodiados”, explicou.Segundo o diretor de Alcaçuz, os ex-policiais militares citados são: Anderson Ricardo Frances de Brito, condenado a mais de 14 anos de prisão; Ednaldo Manoel do Nascimento, que cumpre mais de 37 anos de cárcere; Horácio Dantas de Oliveira, que tem uma pena de mais de 52 anos de reclusão; Márcio André de Souza Silva, com mais de 37 anos de detenção sentenciados; e Márcio de França Ferreira, obrigado a cumprir pouco mais de 18 anos em regime fechado.Praticamente os ex-PMs cumprem pena por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
Ednaldo, por exemplo, durante um atentado, matou uma adolescente de 13 anos, consta no sistema do Tribunal de Justiça. No caso de Márcio André, também pesa contra ele crime por tráfico de drogas. Já Márcio de França está preso por extorsão mediante sequestro.
Fonte: Novo Jornal









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