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Donos da JBS evitam perda de R$ 116,8 milhões com venda de ações em meio à delação

CONTROLADORES DA EMPRESA VENDERAM R$ 483,8 MI EM AÇÕES NOS MESES DE ABRIL E MAIO

Levantamento feito pelo GLOBO no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de capitais, mostra que os controladores da JBS venderam R$ 483,8 milhões em ações da empresa nos meses de abril e maio, evitando perdas milionárias. Desde que a delação dos irmãos Batista — donos da empresa — foi divulgada em 17 de maio, os papéis desabaram. Na última sexta-feira, fecharam em R$ 7,28 na B3 (antiga Bovespa), uma desvalorização de 23,37% no período. Na sexta-feira, o mesmo volume de ações vendido pelos donos da JBS valeria R$ 367 milhões. Logo, os donos da empresa evitaram uma perda patrimonial de R$ 116,8 milhões em dois meses.

Os controladores da JBS são a FB Participações e o Banco Original, que pertencem à família Batista. Juntos, eles têm 42,5% do capital votante da companhia. O grosso dessa fatia é da FB Participações. Segundo o Banco Original, desde 2015, ele tem apenas 0,2% das ações ordinárias (com voto) da empresa e não fez qualquer compra ou venda de papéis desde então. A JBS reiterou que todas as “operações de compra e venda de ações e títulos realizadas pela J&F, suas subsidiárias e seus controladores seguem as leis que regulamentam tais transações”.

PARA ANALISTAS, CASO É DE ‘INSIDER TRADING’

Especialistas ouvidos pelo GLOBO, no entanto, veem nas transações de venda de ações pelos controladores anteriores ao dia da delação sinais claros de uso de informação privilegiada, crime previsto em lei, com pena de até 5 anos de prisão e multa de até três vezes o montante da vantagem ilícita.

As vendas de ações pelos donos da JBS começaram em 20 de abril, quando a delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista já estava sendo negociada com a Procuradoria-Geral da República. Em 7 de março, Joesley Batista foi ao Palácio do Jaburu se encontrar com o presidente Michel Temer. Na ocasião, o empresário gravou conversa com Temer dando aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.

A delação foi revelada pelo colunista do GLOBO Lauro Jardim no dia 17 de maio, após o fechamento do mercado. Desde que começaram a se desfazer de suas ações, em abril, até este dia, os controladores venderam R$ 373,5 milhões. No dia 18 de maio, as ações despencaram quase 10% e não pararam de cair desde então. Considerando a cotação em 18 de maio, a perda evitada pelos donos da JBS com as vendas anteriores, soma R$ 61, 3 milhões. Como a ação continuou caindo nos dias seguintes, o prejuízo evitado com as vendas, mesmo após a delação ter sido divulgada, é muito maior, alcançando R$ 116,8 milhões.

— O crime de insider trading (informação privilegiada) está mais do que caracterizado. Eles (Joesley e Wesley Batista) sabiam mais do que ninguém que iam fazer a delação. E sabiam que, a partir no momento que ela se tornasse pública, as ações iam cair vertiginosamente. A situação de insider é clara. Não precisa nem de investigação da CVM — diz Lionel Zaclis, advogado especializado em mercado de capitais e sócio do Azevedo Sette Advogados.

O sócio de uma gestora paulista que pediu para não ser identificado vê sinais de irregularidade:

— Não há muita discussão em um caso como esse. Se você sabe que uma notícia como essa virá a público, você tem o dever moral de não operar com seus papéis.

O último movimento de compra ou venda de ações pelos controladores havia ocorrido em fevereiro de 2016. Ao longo de abril e maio deste ano, a JBS também retomou a compra de ações no mercado para deixá-las em tesouraria. Embora a empresa tivesse aberto programa de recompra de ações em fevereiro, investidores minoritários e economistas veem no movimento paralelo de compra ações e de venda uma tentativa de manipular o mercado. Em abril e maio, foram compradas R$ 256 milhões de ações da JBS pela própria empresa.

Em um dos dias, 17 de maio, os papéis vendidos pelos donos da companhia e comprados no mercado somaram valor praticamente igual, de cerca de R$ 35 milhões. Horas antes da divulgação, no mesmo dia 17, o grupo JBS teria comprado grande volume de dólares no mercado de câmbio, segundo operadores financeiros. Assim, a companhia estaria se beneficiando do salto de mais de 8% da divisa americana no dia seguinte, provocado justamente pela revelação da delação. Não é possível dimensionar o ganho, pois não há dados públicos sobre isso.

— A compra pelo JBS do mesmo volume de ações ofertado pelos controladores tem todos os indícios de uma operação fraudulenta que interferiu no regular funcionamento do mercado. Isso teve por fim manipular os preços para que os controladores conseguissem o maior valor possível nas suas vendas — disse Aurélio Valporto, vice-presidente da Associação de Investidores Minoritários do Brasil.

Todas as operações de compra e venda foram feitas com ações ordinárias (com voto). A lei prevê pena de até oito anos para quem comete crime de manipulação do mercado, além de multa de até três vezes o montante da vantagem ilícita. Alfredo Sequeira Filho, presidente da assessoria de investimento DNA Invest, vê na compra de ações um movimento questionável:

— Se a empresa compra enquanto o controlador está vendendo, a companhia está ajudando o sócio a vender mais caro, pois segura o preço do papel em patamar mais elevado. Se o controlador faz isso de posse de informação privilegiada, ele prejudica os outros sócios da empresa, uma vez que a Tesouraria está absorvendo ativos que perderão valor.

Para Zaclis, do Azevedo Sette Advogados, não é possível afirmar com segurança se as operações de compra e venda caracterizam manipulação de mercado. Para ele o mais provável é que os controladores tenham dado ordem para comprar papéis para que não fossem diluídos.

— Eles sabiam que a as ações iam cair após a revelação da delação. Quando os papéis caem, a tendência é que os investidores comprem, porque estão baratos. Para manter posição relevante no capital da empresa, eles podem ter liderado esse movimento de compra — afirmou Zaclis.

Ao menos cinco dos 13 processos e inquéritos instaurados pela CVM no último mês sobre a JBS analisam direta ou indiretamente uso de informação privilegiada em operações de câmbio, ações e derivativos pelo grupo, seus controladores e subsidiárias. Os processos investigam eventuais compras de dólares pela JBS antes das notícias relacionadas à delação, indícios de eventual insider trading comunicados ao Ministério Público Federal e detectados em operações no mercado de dólar futuro e no mercado à vista de ações, além da atuação do Banco Original no mercado de derivativos.

O artigo 155 da lei que regulamenta as empresas de capital aberto estipula que “é vedada a utilização de informação relevante ainda não divulgada, por qualquer pessoa que a ela tenha tido acesso, com a finalidade de auferir vantagem.”

Procurada, a CVM informou que não comenta casos específicos para não afetar trabalhos de análise ou apuração que julgar necessários. A autarquia afirma que as informações públicas sobre processos administrativos envolvendo a JBS, após a notícia da delação, estão disponíveis em comunicados ao mercado e que já divulgou dados sobre medidas relacionadas ao assunto adotadas em conjunto com a Polícia Federal.

 Fonte: O Globo

Professora de 25 anos é presa por fazer sexo com três alunos nos EUA

Uma professora de matemática da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, foi presa na última quinta-feira depois de ser acusada de ter feito sexo com três de seus alunos adolescentes. Erin McAuliffe, de 25 anos, foi presa depois de vários colegas de trabalho e alunos serem entrevistados ao longo de um mês de investigações policiais.

Segundo a polícia, Erin teria feito sexo com três meninos, dois de 17 anos e um de 16, em um local fora da escola. Uma investigação foi iniciada depois que a equipe de administração da escola informou a polícia sobre a suposta má conduta da professora de matemática.

ERIN MCAULIFFE, DE 25 ANOS, FOI PRESA DEPOIS DE UM MÊS DE INVESTIGAÇÕES POLICIAIS

Erin recebeu três acusações de atividade sexual com um aluno e uma de atos indecentes com um menor de idade. Ela foi demitida da Rocky Mount Preparatory, onde dava aulas desde agosto do ano passado. “Nós cooperamos completamente com os policiais enquanto eles cuidavam desse assunto”, disse uma representante da escola.

Erin foi levada na quinta-feira para uma prisão local e deve ser levada para julgamento na segunda-feira, segundo o jornal “Metro”. O trabalho como professora de matemática na Rocky Mount foi o primeiro em que Erin trabalhou em tempo integral, de acordo com seu perfil no Linkedin.

Na rede social ela também oferece “aulas particulares depois da escola para ajudar alunos com dificuldades a melhorar seu pensamento crítico e habilidade para resolução de problemas”.
Fonte: O Globo

Temer tenta acelerar votação de possível denúncia na CCJ

TEMER TENTAR ENCURTAR A CRISE POLÍTICA, EVITANDO QUE ELA SE ESTENDA PARA O SEGUNDO SEMESTRE

Com a expectativa de que seja alvo de denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) na próxima semana, o presidente Michel Temer articula para que o tema seja votado pela Câmara antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.

Neste final de semana, o peemedebista começou a fazer o mapa de votação da denúncia na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e a estruturar estratégia para reduzir o máximo possível o número de sessões regimentais.

O objetivo é tentar encurtar a crise política, evitando que ela se estenda para o segundo semestre e continue a afetar o cronograma de votação da reforma previdenciária, cuja nova expectativa é de que fique apenas para agosto.

Para julgar a abertura de processo contra o presidente por crime comum, o STF (Supremo Tribunal Federal) precisa de autorização da Câmara. O trâmite tem início na CCJ, que conta com um prazo regimental de até quinze sessões: dez para a defesa do presidente e cinco para a apresentação de parecer final sobre o caso.

A ideia do Planalto é utilizar apenas três sessões para a formulação da defesa, pressionando o relator a também agilizar a apresentação do parecer, de preferência em menos de cinco sessões.

RELATORES

Segundo a Folha apurou, o tema já foi discutido com o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que não teria demonstrado resistência. Como a indicação do relator cabe ao presidente da comissão, o Palácio do Planalto tem defendido que seja escolhido um nome que seja de confiança do presidente, mas que também tenha conhecimento jurídico e perfil técnico.

Os favoritos de Temer são Alceu Moreira (PMDB-RS) e Esperidião Amin (PP-SC), que estiveram com o presidente na noite desta segunda-feira (12), em audiência no Palácio do Planalto. Por ora, Moreira é o favorito, segundo aliados do presidente.

Caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente denúncia apenas no final de junho, auxiliares e assessores do presidente defendem que se encurte o recesso parlamentar, também na tentativa de encerrar o processo ainda em julho.

O encolhimento do recesso, no entanto, enfrenta resistência do Parlamento, já que este é um ano pré-eleitoral e os deputados utilizam o recesso para visitar suas bases políticas.

Após passar pela CCJ, o parecer passará por discussão e votação nominal no plenário da Câmara. Se aprovado por pelo menos 2/3 dos parlamentares, a decisão é comunicada ao STF, que decidirá se aceita ou não a denúncia.

Para evitar chegar a esta fase, o Palácio do Planalto tem negociado cargos e emendas com os partidos do chamado centrão, grupo formado por siglas como PSD, PTB, PP e PR.

Temer é alvo de inquérito no STF por suspeitas de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa surgidas após a delação de executivos da JBS. A expectativa é de que nos próximos dias o procurador-geral apresente denúncia sobre o caso.

NOVO PRAZO

Nesta segunda, o ministro do STF Edson Fachin prorrogou em cinco dias o prazo para a Polícia Federal relatar o inquérito que investiga o presidente. Inicialmente, o prazo de dez dias concedido para a conclusão da investigação terminaria nesta terça-feira (13). Na semana passada, a PF pediu prorrogação.

Em tese, após o inquérito ser concluído pela PF, a Procuradoria-Geral da República tem até cinco dias para oferecer denúncia ou pedir arquivamento. O órgão também pode apresentar denúncia antes de o relatório da PF ser concluído.

O CAMINHO DA DENÚNCIA

Caso Temer seja denunciado na investigação referente ao caso JBS:

PGR
Procuradoria-Geral da República encaminha denúncia ao STF

STF
Pede autorização da Câmara dos Deputados, para julgar a eventual abertura de um processo

CCJ da Câmara
O caso tramita primeiro na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), que tem de dar parecer sobre a denúncia após ouvir a defesa

Plenário da Câmara
O parecer da CCJ passará por discussão e votação nominal no plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado por pelo menos 2/3 deputados, a decisão é comunicada ao STF

Volta ao STF
Caso a Câmara autorize a abertura do processo, o plenário do STF ainda precisa decidir se aceita denúncia

Afastamento
Se a denúncia for aceita pelo STF, o presidente ficará suspenso de suas funções por até 180 dias

Retorno
Se, decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do presidente. O processo segue com o presidente no cargo.

Fonte: Folha de São Paulo

“Para evitar acesso a regalias”, MPF/RN emite parecer favorável à transferência de Henrique Alves para Brasília

MPF ALEGA QUE HENRIQUE ALVES (FOTO) “TEM SOLICITADO REFEIÇÕES EM RESTAURANTES DE NATAL, O QUE CONFIGURA REGALIA INCONCEBÍVEL”

No final da tarde desta segunda-feira, 12, o Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) emitiu parecer favorável à transferência do ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves para Brasília, conforme solicitado pelo juiz da 10ª Vara Federal do Distrito Federal. No entender do MPF, a custódia de presos em quartéis somente deve ser adotada “quando inexistir outra unidade que possa cumprir as exigências legais”. O deputado está atualmente custodiado na Academia de Polícia da PM/RN.

No caso de Henrique Alves, o parecer reforça que “a unidade prisional de Brasília é, dentre as duas opções possíveis, a mais indicada a garantir os direitos e deveres do preso”, lembrando que os relatos quanto às atuais condições de custódia do também ex-ministro apontam sua permanência em sala com ar-condicionado, acesso a mídias proibidas e visitas permanentes, “além de outras regalias incompatíveis com o regime de prisão cautelar”.

O documento destaca que manifestações anteriores do Comando da Polícia Militar do RN já informaram que os quartéis não apresentam as condições adequadas à custódia de presos civis. Na Academia da PM não há sequer fornecimento de alimentação a custodiados. “Ele, então, pelo menos pelo que se noticia, tem solicitado refeições em restaurantes de Natal, o que configura regalia inconcebível para uma pessoa submetida à prisão preventiva”, reforça o parecer.

O MPF também questiona a ausência de um controle rigoroso sobre visitas e contatos, “fato que destoa da própria finalidade da custódia cautelar, que é o de cortar vínculos do preso com o meio político e empresarial criminoso em que vivia”. Nessas circunstâncias, avalia que é “plenamente razoável” a transferência para Brasília, onde há um sistema penitenciário melhor preparado para recebê-lo. “De resto, lá já tramita ação penal contra ele, com a realização de audiências às quais inclusive ele ressaltou, em audiência de custódia, que fez questão de comparecer pessoalmente”, acrescentam os representantes do MPF.

Argumentos – O MPF cita diversas jurisprudências ressaltando que o direito do preso de permanecer próximo à sua família não se trata de algo absoluto, podendo ceder diante de necessidades da administração penitenciária, como no caso de Henrique Alves. “Quanto à alegação de que a transferência traria custos ao Estado, trata-se de argumento curioso, em especial quando parte de quem é investigado – e até mesmo já acusado – exatamente, por desviar recursos e receber milhões de reais em propina”.

O parecer lembra ainda que o próprio Henrique Alves, em meados de 2013, “não viu prejuízo algum ao erário na utilização de avião da Força Aérea Brasileira para transportar a ele e à sua família para um jogo da Seleção Brasileira no Rio de Janeiro” e conclui que a atual situação é “ilustrativa do prejuízo concreto que anos de descaso com o sistema prisional do próprio Estado de origem, por parte de políticos, podem causar em desfavor deles próprios, em algum dia futuro”.

Histórico – Os pedidos de prisão preventiva de Henrique Alves e Eduardo Cunha (que já se encontrava preso no Paraná) foram cumpridos pela Polícia Federal no dia 6 de junho, dentro da Operação Manus. Os dois foram acusados de receber propina em troca do favorecimento de empreiteiras. Na mesma data, foram expedidos mandados de prisão preventiva contra os mesmos envolvidos, pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal, dentro das operações Cui Bono e Sepsis.

O MPF relata que, no dia da prisão, na audiência de custódia, Henrique Alves “apresentou certidão da OAB/RN segundo a qual ostentaria a condição de advogado. O órgão ministerial estranhou o fato, pois consulta realizada ao Cadastro Nacional de Advogados – CNA da OAB não apontava nenhum registro de Henrique Eduardo Lyra Alves”.

A OAB/RN esclareceu que Henrique Alves é, de fato, advogado, mas se encontrava em atraso quanto ao pagamento da anuidade, somente vindo a quitar a dívida no último dia 7, já após se encontrar preso. “O pagamento em atraso objetivou apenas assegurar-lhe a condição meramente formal de advogado – já que Henrique Eduardo Lyra Alves na realidade nunca advogou – e o direito à prisão especial prevista no art. 6º, inciso V, da Lei n. 8.906/1994”, observa o parecer.

Cela especial – No mesmo dia 7 de junho, o Ministério Público Federal expediu ofício à Secretaria de Justiça e Cidadania do RN requisitando, com urgência, informações sobre a existência de celas capazes de receber advogados presos no sistema penitenciário potiguar. Porém, até a elaboração do parecer não havia sido enviada qualquer resposta.

Entretanto, um pedido formulado por outro investigado preso na operação, Carlos Frederico Queiroz, obteve como resposta a informação de que, em razão da situação caótica do sistema prisional do Rio Grande do Norte, com vários episódios de rebelião e destruição, “não existem unidades com celas para presos com formação de nível superior”.

Diante da falta de estrutura, no Rio Grande do Norte, os presos com diploma de curso superior e advogados estão sendo custodiados em quartéis da Polícia Militar. “No entanto, essa solução deve ser adotada apenas como última opção, somente se for estritamente necessária, não havendo outra alternativa. Isso porque tais unidades não foram concebidas para abrigar presos”, indica o MPF.

Caso anterior – Em outra ação penal (0003785-23.2014.4.05.8400), após deferido o pedido de prisão especial dos réus – cinco sírios presos no aeroporto de Natal -, o Comando Geral de Polícia Militar do RN, com fundamento em recomendação do Ministério Público Estadual, afirmou que aquela unidade policial não detinha estrutura física nem de pessoal para guarnecer presos.

Um trecho do ofício da PM destaca que “(…) no nosso entendimento, em momento algum houve assertiva de que existissem condições de pessoal ou estrutural de receber os mesmos presos nas dependências do QCG. (…) Além de todos os argumentos supra destacados, vimos ainda informar que esse QCG não dispõe de alimentação (rancho), já que naturalmente os presos deverão ser alimentados onde quer que sejam, o que traria outro problema de ordem logística da PMRN”.

Em outro trecho, a Polícia Militar acrescenta: “Ressaltamos ainda que inexiste, no ordenamento jurídico brasileiro, qualquer dispositivo que possibilite ao preso civil permanecer custodiado em Quarteis Militares, uma vez que fere a Constituição Federal – sobretudo o art. 37 e 144 § 5º -, implicando em desvio de função das atividades constitucionais inerentes aos policiais militares”. Diante desses argumentos, a Justiça Federal acolheu a manifestação do Comando da PM e negou a transferência dos réus para aquela unidade.

Confira a íntegra do parecer do MPF.

Prefeitura de Apodi anuncia que vai retomar obras da Praça da Juventude

OBRA ESTAVA PARALISADA DESDE 2012

A Prefeitura Municipal de Apodi anuncia que irá retomar as obras da Praça da Juventude, que estão paralisadas desde o ano de 2012. O local será um amplo espaço destinado à prática de esportes e lazer e de convivência entre a juventude apodiense.

O aviso de licitação e tomada de preço, que busca a contratação de empresa de construção civil para conclusão da etapa I da obra, foi publicado pela administração municipal no Diário Oficial dos Municípios. A data para realização da licitação será o próximo dia 05 de julho.

A Praça da Juventude foi uma obra conquistada pela então prefeita Goreti Silveira, no ano de 2011, junto ao Ministério dos Esportes. O projeto prevê um espaço esportivo moderno com campo de futebol society, quadra de vôlei de praia, quadra poliesportiva coberta, pista de caminhada, pista de skate, centro de convivência, entre outros.

O prefeito Alan Silveira reconhece que a prática regular de esportes é um dos principais fatores para a manutenção da saúde e da boa forma física, por isso determinou a continuidade e conclusão do equipamento o mais rápido possível.

Prêmio Estácio de Jornalismo – Edição 2017 prorroga inscrições até 25 de junho

Jornalistas de todo o Brasil ganharam um tempo extra para participar da edição 2017 do Prêmio Estácio de Jornalismo. As reportagens veiculadas no país entre 11 de junho de 2016 e 10 junho de 2017, que tenham o Ensino Superior como tema central, poderão ser enviadas até o dia 25 de junho de 2017. Cada concorrente poderá inscrever até cinco reportagens. A premiação irá distribuir R$ 125 mil para as melhores matérias do ano produzidas sobre o tema.

As reportagens poderão ser inscritas por meio do site www.premioestaciodejornalismo.com.br. Além de cadastrar as informações sobre as reportagens, é possível fazer o upload dos arquivos das matérias pela plataforma de inscrição online. O processo é seguro e rápido.

O Prêmio Estácio de Jornalismo é hoje o único em nível nacional dedicado exclusivamente a esta temática. Desde sua criação, o prêmio vem demonstrando um crescimento expressivo na quantidade de reportagens inscritas e na qualidade dos conteúdos produzidos pelos jornalistas. Até o momento, o prêmio registrou a participação de mais de 1.000 jornalistas e profissionais de imprensa, que inscreveram um total de mais de 1.400 reportagens veiculadas em 25 estados e no Distrito Federal. Foram mais de 100 premiados, entre concorrentes individuais e equipes, desde 2011.

Resultados

Os finalistas terão seus nomes divulgados em agosto e o anúncio dos vencedores será feito durante solenidade, em lugar e data a serem divulgados oportunamente.

Informações: www.premioestaciodejornalismo.com.br

Agropecuária: Governo reduz burocracia para viabilizar R$ 500 mi em investimentos

RIO GRANDE DO NORTE É O PRIMEIRO ESTADO DO NORDESTE A ADERIR AO AGRO+

O programa Agro+RN foi implementado hoje, 12, pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte para facilitar a abertura de negócios no setor agropecuário no Estado. A ação prevê a agilização dos processos para concessão de licenças e outorgas que irão permitir a liberação de financiamento para os micro, pequenos e médios produtores rurais.

As medidas tomadasjá estão em vigor e vão reduzir, por exemplo, o prazo para liberação das licenças ambientais para apenas três dias e das outorgas para perfuração de poços e uso da água para uma semana. “Hoje encerramos o passado da burocracia que atrasava e até impedia novos investimentos e o crescimento da produção no campo. Com o Agro+RN o nosso Governo agiliza a liberação das licenças ambientais, as autorizações para o uso da água, as obrigações legais e documentais, o que vai favorecer diretamente o acesso ao crédito”, afirmou o governador Robinson Faria.

A simplificação dos procedimentos e normas nos diversos órgãos governamentais, vai tornar o agronegócio do RN mais competitivo no mercado nacional e internacional. Com o Agro+RN a estimativa é de que os financiamentos que hoje são de cerca de R$ 150 milhões passem para R$ 500 milhões em 2018. “São investimentos captados pelos produtores junto aos bancos oficiais, Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal que irão fortalecer a produção, a geração de emprego, renda e riqueza”, explicou o Governador na solenidade de assinatura do termo de adesão ao programa Agro+ do Governo Federal, na Escola de Governo, nesta segunda-feira.

O Rio Grande do Norte é o primeiro estado do Nordeste a aderir ao Agro+. A solenidade de adesão aconteceu com a presença do ministro interino da Agricultura, Pecuária e Pesca, ElmarNovacke. “O agronegócio salvou o Brasil na balança comercial. Hoje temos o objetivo de ampliar a nossa participação no mercado mundial de 7% para 10% e vamos priorizar o produto brasileiro no consumo interno”, afirmou o ministro.

O secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca, Guilherme Saldanha, disse que com o Agro+RN o Estado pode ampliar substancialmente a produção, inclusive para exportação. “Temos hoje R$ 500 milhões por ano em exportações de frutas, peixes e mel. Mas podemos ampliar muito os negócios, inclusive com os investimentos nos rebanhos bovino e caprino que são de excelente qualidade e premiados em todo o país”, registrou Guilherme Saldanha.

O programa é executado pelo Governo do Estado em parceria com o Governo Federal e envolve cinco órgãos da administração estadual: Secretaria de Estado da Tributação (SET), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA), Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN), Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn) e Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

A solenidade na Escola de Governo contou com a presença do vice-governador Fábio Dantas, dos secretários de Estado Tatiana Mendes Cunha (Gabinete Civil), Getúlio Ribeiro (Relações Institucionais), Juliska Azevedo (Comunicação) e Sheila Freitas (Segurança e Defesa Social), mais o diretor presidente do Igarn, JosivanMonteiro, a diretora da Emater, Cátia Lopes, o secretário nacional de Defesa Agropecuária, Luiz Rangel, o superintendente do MAPA no RN, Getúlio Batista, o superintendente do Banco do Nordeste, Fabrízio Feitosa, o superintendente do Banco do Brasil, Ronaldo Alves, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados, Luiz Barcelos, e o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae e do Sistema Faern, José Álvares Vieira.

Também compareceram prefeitos dos municípios de Touros, São Bento do Norte, Parazinho, Lajes, Galinhos, Barcelona, Campo Grande, Carnaúba dos Dantas, Bom Jesus, São Fernando, Jucurutu, São Tomé, Jardim de Piranhas, Cruzeta, Alto do Rodrigues, Coronel Ezequiel, Espírito Santo, Santo Antonio, Florânia, Macau.

COMO ATUARÃO OS ÓRGÃOS ESTADUAIS:

IGARN
Fornecerá procedimentos simplificados para solicitação de outorgas de obras hídricas e de uso de água para até 500.0 m3/dia.
Dispensará outorgas para pequenas obras hidráulicas, em especial barragem submersa e pequenos açudes.

IDEMA/Conema
Treinará técnicos da EMATER.

EMATER
Atuará como correspondente bancário do Banco do Brasil e Agência de Fomento do RN, na recepção e envio de documentação e projetos para operações de Crédito Rural.

Secretaria Estadual de Tributação
Fará mudança na resolução que permite a inscrição de produtor rural.

IDIARN
Implantará o sistema eletrônico de emissão de GTA – Guia de Transito Animal – a ser emitido pelo próprio produtor para o transporte de animais bovinos.

Água: Operação Vertente II beneficiará 110 mil pessoas no RN

GOVERNO DO ESTADO AINDA MOSTROU COMO ESTÁ O ANDAMENTO DO PLANO EMERGENCIAL DE SEGURANÇA HÍDRICA

As ações do Governo do Estado para minimizar os efeitos da seca no Rio Grande do Norte vêm ajudando os municípios a enfrentar o problema. Um deles é São Miguel, na região Oeste do Estado, onde a área urbana recebe água através de caminhões-pipa. “São Miguel tem quase 25 mil moradores e mais da metade é beneficiada com a ação do governo. É com a Operação Vertente que a população tem acesso a água boa e de qualidade”, afirmou o prefeito José Gaudêncio.

Além de São Miguel, outros 16 municípios do Rio Grande do Norte estão sendo contemplados com a Operação Vertente II, que leva água potável para cidades com colapso no abastecimento. Os detalhes da segunda fase da Operação, que vai beneficiar 110 mil pessoas, foram apresentados pelo governador Robinson Faria e equipe técnica nesta segunda-feira (12), na Governadoria, para prefeitos e gestores municipais.

A Operação Vertente II, coordenada pelo Gabinete Civil através da Defesa Civil Estadual foi iniciada no dia 1° de julho deste ano, segue por 180 dias e beneficiará os municípios de Alexandria, Almino Afonso, Antônio Martins, Bodó, Caicó, Francisco Dantas, João Dias, José da Penha, Lagoa Nova, Marcelino Vieira, Paraná, Pilões, Rafael Fernandes, São Miguel, Serrinha dos Pintos, Tenente Ananias, Tenente Laurentino. Ao todo, estão sendo investidos R$ 12,7 milhões oriundos do Ministério da Integração Nacional.

SÃO MIGUEL TEM QUASE 25 MIL MORADORES E MAIS DA METADE É BENEFICIADA COM A AÇÃO DO GOVERNO, DISSE PREFEITO

As rotas realizadas pelos caminhões-pipa são monitoradas através de sistema de georreferenciamento via satélite utilizando cartão eletrônico. Isto ocorre desde os pontos de captação até a entrega da água para evitar problemas de desvios. A Primeira fase da Operação Vertente aconteceu no período de setembro de 2016 a fevereiro de 2017, e abasteceu 13 cidades das regiões Alto Oeste e Seridó, atendendo 150 mil pessoas.

Plano Emergencial de Segurança Hídrica

Além da Operação Vertente II, o Governo do Estado ainda mostrou como está o andamento do Plano Emergencial de Segurança Hídrica para prefeitos e gestores municipais. Das ações previstas, como perfuração de poços profundos; poços com dessalinizadores; construção de adutoras; abastecimento alternativo (Operação Vertente) de água e distribuição de ração animal, algumas já estão sendo realizadas pelo Executivo Estadual e outras ainda precisam ser implementadas.

“Estamos entrando no sétimo ano consecutivo de seca no Rio Grande do Norte e precisamos unir esforços entre Estado e Municípios para fortalecer as ações para minimizar os efeitos da crise hídrica. Estamos constantemente buscando recursos em Brasília para trazer soluções emergenciais para este problema”, afirmou o governador Robinson Faria.

Durante o encontro, os municípios também foram informados sobre a implantação do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil para tornar mais eficaz o atendimento à população em situação de emergência e desastres ocorridos no Rio Grande do Norte.

Também foram apresentadas as instruções para que os municípios informem à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil as demandas de seus territórios e como elaborar os Planos detalhados de reposta.

Estiveram presentes na apresentação a Secretária-Chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha; o diretor-presidente da Caern, Marcelo Toscano; o secretário-adjunto de Recursos Hídricos, Mairton França e o diretor geral do Igarn, Josivan Cardoso.

Frente Parlamentar e PROERD realizam debate sobre drogas

A Frente Parlamentar Municipal em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, em parceria com o Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) realiza, nesta terça-feira (13), uma aula diferente para os alunos do Centro Estadual de Educação Profissional João Faustino, no bairro do Pitimbu. Na ocasião, 100 alunos do Ensino Médio da instituição irão participar do Projeto “Escola na Frente” e tirar suas dúvidas sobre as drogas.

“A parceria com o PROERD, que há muitos anos já realiza um trabalho de referência nas escolas, era um desejo antigo da Frente. Agora os alunos do CEEP João Faustino vão poder conferir de perto o resultado dessa cooperação que só tem a somar e engrandecer o nosso projeto”, destacou a vereadora Júlia Arruda, que coordena as atividades da Frente da Criança e do Adolescente na Câmara Municipal de Natal.

O Escola na Frente também conta com o apoio dos Conselhos Tutelares e Centros de Referência de Assistência Social – CRAS e CREAS – e há dois anos realiza debates mensais em escolas públicas e privadas de Natal, envolvendo a comunidade escolar, promovendo educação, cidadania e trazendo as crianças e os adolescentes para o protagonismo das políticas públicas.

Serviço:
Escola na Frente – CEEP João Faustino
Tema: Drogas
Data: 13 de junho de 2017 (terça-feira)
Horário: 10h
Endereço: Rua Dep. Marcílio Furtado, 667 – Pitimbu

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