Deputados de oposição estão discutindo a necessidade de prorrogação do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, o chamado “coronavoucher”. A proposta sancionada no início de abril previa o pagamento de três parcelas do benefício, portanto até o mês de junho. Com as perspectivas de permanência do coronavírus e das medidas de distanciamento social que afetam a economia, três partidos já têm propostas para estender o benefício por mais tempo Cidadania, Psol e PT.
A decisão do Cidadania de prorrogar o pagamento de R$ 600 veio após uma conversa da bancada com o economista Armínio Fraga. Para o líder Arnaldo Jardim (SP), o cenário econômico-social atual e futuro é extremamente preocupante e, diante disso, o país precisa reagir no pós pandemia, principalmente para aplacar a questão do desemprego. O deputado adiantou que a ideia do partido é que o benefício seja pago até setembro.
Já a proposta do Partido dos Trabalhadores, assinada por 51 deputados da bancada prorroga o pagamento dos R$ 600 por um ano, a contar da publicação do texto. “O período de 3 meses previsto para o pagamento do auxílio não será suficiente diante da previsão de contaminação pela covid-19 até julho ou agosto. Além disso, haverá um período de transição entre o choque do isolamento e a efetiva retomada da atividade, uma vez que o mercado de trabalho costuma ser o último a reagir em momentos de crise”, diz a justificativa do texto.
A terceira proposta que está na Câmara, do PSOL, estende o pagamento dos R$ 600 por mais nove meses a partir da publicação do texto. Ou seja, se aprovado em junho, o texto prorrogaria o benefício até março de 2021.
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