A reação à Medida Provisória apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro para alterar a seleção de reitores nas universidades chega ao Congresso. De acordo com informações do Painel da Folha, a bancada do PT apresentou, nessa segunda-feira, 30, requerimento para que o presidente da casa, Davi Alcolumbre, rejeite a medida.
São vários os argumentos da oposição. A MP desrespeita a autonomia constitucional das universidades federais, abre caminho para o seu aparelhamento político por parte do governo e, além disso, não há emergência que justifique a mudança, publicada na véspera de Natal –medidas provisórias têm efeito imediato.
Segundo aliados do ministro da educação, Abraham Weintraub, o objetivo é minar a influência de sindicatos e partidos, mais próximos de servidores e alunos.
A MP
O governo publicou medida provisória com novos critérios para o processo de escolha dos dirigentes das universidades federais, institutos federais e do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. A MP torna obrigatória a realização de eleição de dirigentes das instituições de ensino federais e a formação de uma lista a ser aprovada ao presidente da República.
O voto dos professores terá 70% de peso nas eleições. Os funcionários e alunos terão peso de 15% cada. A eleição escolherá uma lista de candidatos entre os mais votados e o presidente da República terá a obrigação de nomear o reitor entre um dos nomes indicados. A MP estabelece que “se não houver eleição, se a eleição for anulada ou se não conseguirem formar lista tríplice, será nomeado reitor pro tempore pelo Ministro de Estado da Educação, ao mesmo tempo em que se realiza nova votação”.
Fórum