A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) pediram nesta quinta-feira (12) às grávidas para não viajarem ao Rio de Janeiro nem a outras partes do Brasil com transmissão de zika, como parte de suas recomendações para os Jogos Olímpicos.
Em comunicado conjunto, as duas organizações reconheceram que os atletas e o público da competição precisam de mais informações sobre os riscos do vírus da zika e as vias para prevenir a infecção.
Os homens que passarem por regiões do Brasil onde há transmissão da zika e que vão ser pais devem praticar “sexo mais seguro” (o uso correto de preservativos) ou se abster durante toda a gestação de suas parceiras quando voltarem a seus países.
Todos os que visitarem o Rio de Janeiro e outras áreas onde o vírus circula devem praticar também sexo de maneira segura ou não ter relações durante sua estadia e pelo menos quatro semanas após seu retorno, sobretudo se apresentarem os sintomas da infecção (manchas vermelhas pelo corpo, febre baixa, conjuntivites e dores musculares).
Além disso, as organizações recomandaram que sejam evitadas visitas a “áreas empobrecidas e de aglomeração em cidades ou povoados sem água potável e com saneamento deficiente, onde o risco de ser picado (pelo mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus) é mais alto”.
Quem viajar aos Jogos Olímpicos deve seguir também as recomendações gerais de usar repelente de insetos e roupas claras e que cubram a maior parte do corpo, além de consultar um médico antes de embarcar.
A OMS e a OPAS afirmaram, no entanto, que “a competição será realizada durante o inverno, quando há menos mosquitos ativos e o risco de ser picado é menor”.
As duas organizações têm feito recomendações de saúde pública ao governo brasileiro e, em virtude de um memorando de entendimento ao Comitê Olímpico Internacional sobre as formas de “reduzir ainda mais” o risco que os atletas e visitantes serem infectados com o vírus da zika durante os Jogos Olímpicos.