“Se a gente não muda a cultura de tratamento ao sexo feminino, os homens vão achar que ainda são proprietários, que ainda podem controlar vocês. O problema da violência contra a mulher é cultura. Começa até pelas músicas que chamam vocês de cachorras”. Esta foi uma das declarações de Styvenson Valentim, candidato ao governo do Rio Grande do Norte pelo Podemos, em entrevista à jornalista Micarla de Sousa, apresentadora do Jornal do Dia 1ª Edição, nesta terça-feira (23), durante a rodada de entrevistas com os governadoráveis realizada pelo Sistema Ponta Negra de Comunicação. O candidato fez essa colocação após ser questionado sobre as propostas para combater a violência contra a mulher e sobre uma declaração feita anteriormente sobre o caso de uma mulher potiguar que tinha sofrido violência do marido e na época, o senador disse que precisavam saber o que a mulher tinha feito para merecer aquilo.
Styvenson Valetim afirmou que o intuito dele ao fazer aquela declaração era de realmente saber o que houve. “Naquela operação era um questionamento sobre o que tinha acontecido. Precisamos descobrir a origem desse tipo de violência, que começa com a cultura como já falei. Existe uma série de músicas depreciativas e vocês não falam nada, não têm impacto nenhum”, destacou.
Ressaltando essa questão de cultura e educação, o candidato reforçou a importância da escola cívico-militar na formação do cidadão e defende a implantação desse modelo em sua proposta de governo.
Sobre o horário eleitoral e o tempo de espaço na televisão, que ele abdicou, Styvenson explicou que abriu mão dos 19 segundos para ser coerente com seu posicionamento. “Coerência é o que se busca na política, não é que se vê aqui nesse chiqueiro”, afirmou o candidato.
Styvenson afirmou que a solução para todos os problemas públicas está dentro deles mesmo. “Se olharmos a disposição orçamentária do nosso estado, vamos enxergar que o peso está no próprio custeio da máquina pública”, destacou. O candidato explica que a primeira providência a ser tomada se eleito é a racionalização da estrutura administrativa do estado. “Vamos fazer uma reorganização administrativa, que passa por uma redução ou readequação do número de secretarias”, ressaltou.
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