“Essa sensação de que tudo já acabou não pode prevalecer. Temos um declínio de casos e óbitos, mas o vírus ainda está presente. De ontem para hoje tivemos um aumento de 302 casos confirmados para Covid-19 e de mais 671 casos suspeitos em todo o estado, em relação ao boletim anterior. Se ainda temos estes números elevados, significa que ainda existem sintomáticos procurando o sistema de saúde e que a pandemia ainda não acabou”, frisou o secretário estadual de saúde, Cipriano Maia, em mais uma coletiva de imprensa realizada na Escola de Governo, nesta quarta-feira (23).
O secretário reforçou mais uma vez a importância dos cuidados para o momento eleitoral, com campanhas previstas a partir deste final de semana. Devem ser evitadas a distribuição de panfletos, realização de passeatas, comícios e aglomerações; e respeitadas as regras de distanciamento, com uso de máscaras e as corretas medidas de higiene.
“Cuidado, atenção e responsabilidade com a vida é dever de todos nós. Precisamos comemorar a redução dos números, mas ainda manter uma atitude responsável de se auto proteger, usando a máscara, e proteger o outro. Assim evitamos surtos localizados da doença e podemos continuar numa situação em que a vida esteja mais protegida”, finalizou Cipriano.
Números
Nesta quarta-feira (23), foi divulgado o número de 67.761 casos confirmados no RN, 33.128 suspeitos e 135.311 descartados. Foram registrados 2.356 óbitos, sendo apenas 1 nas últimas 24 horas e um total de 312 óbitos ainda estão em investigação.
A taxa de ocupação de leitos está em 38%. Até o final da manhã desta quarta (23), existem 222 pessoas internadas em leitos críticos e clínicos em unidades de saúde públicas e privadas do estado.
Por região de saúde, a ocupação de leitos está em 36% na região Metropolitana, 48% no Oeste, 87,5% no Alto Oeste, 31% na região do Seridó, Trairi/Potengi com 18% e Mato Grande e Agreste sem pacientes internados em leitos de UTI.
O índice R (T) – que determina o potencial de propagação do vírus – está em 0,76 para o RN como um todo. As regiões Agreste (1,15), Alto Oeste (1,06) e Vale do Açu (1,07) estão com taxa de transmissibilidade acima de 1, o que significa que cada pessoa infectada transmite a doença para pelo menos uma ou mais pessoas. Os índices de transmissibilidade para as demais regiões são: Oeste (0,95), Mato Grande (0,83), Seridó (0,94), Trairi/Potengi (0,96) e Região Metropolitana (0,86). Os dados são do Laboratório de Inovação Tecnológica (LAIS) da UFRN.