Às vésperas do primeiro turno das eleições gerais 2022, dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam um total de 26.073 candidaturas aptas à votação. O número de mulheres que tiveram suas candidaturas registradas junto à Justiça Eleitoral neste ano é de 9.415, o que representa 33,28% do total de políticos elegíveis. Um recorde em comparação às últimas três eleições, apesar de a quantidade de homens continuar a somar cerca de dois terços de todas as candidaturas, com cerca de 67%.
Ao classificar por raça e cor, as eleições de 2022 significam um marco para a democracia brasileira, já que é a primeira vez que negros representam a maior parcela no quadro de candidaturas, com 49,57%, um aumento de 3 pontos percentuais em comparação à eleição de 2018. Entre eles, 10.079 se autodeclaram pardos (35,65%) e 3.936 se consideram pretos (13,92%). Os brancos, por sua vez, são mais de 13 mil postulantes — 48,86% daqueles que tiveram sua candidatura registrada. O TSE ainda registrou 175 postulantes indígenas e 112 amarelos.
Em relação à idade, a maioria dos candidatos, cerca de 4,6 mil, têm entre 45 e 49 anos, seguidos por aqueles que têm entre 40 e 44 anos e entre 50 e 54 anos. Quando analisada a pirâmide etária, os homens entre 45 e 49 anos e as mulheres entre 40 e 44 anos são a maioria.
Apenas uma candidata, a indígena concorrente ao cargo de deputada estadual Pamela Mendes, do Partido Mobilização Nacional (PMN), tem 18 anos. Ela é a mais jovem candidata da corrida eleitoral.
Já o candidato com idade mais avançada é José Ribamar Cutrim Gomes (PRTB), candidato a deputado federal no Rio de Janeiro, com 95 anos.
Correio Braziliense