Acompanhar “celebridades” que na verdade ninguém sabe quem são faz parte da rotina dos usuários do Twitter. A rede (por enquanto) não tem uma política que proíba a prática e é lar de inúmeros perfis que fazem sátira de pessoas que existem ou criam personagens que só “vivem” no mundo virtual (além de perfis que fingem ser outras pessoas). Sob o novo comando de Elon Musk, é possível que tudo isso mude.
O homem mais rico do mundo e que está comprando a rede social do passarinho azul por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões) deu apenas declarações vagas sobre seus planos, mas é de conhecimento geral seu ódio por perfis automatizados e inautênticos, os robôs. Para além disso, o bilionário já disse que pretende “autenticar todos os humanos”. O que isso pode significar virou um dos grandes debates sobre as consequências da troca de mãos do Twitter, que, se o negócio for concluído, se tornará uma empresa de capital fechado.
O cardápio de perfis “não humanos” no Twitter é amplo. Na maioria dos casos, ele pertencem a usuários que buscam aproveitar uma das primeiras características da internet: a possibilidade de se expressar anonimamente. Alguns perfis anônimos são humorísticos, outros religiosos e outros tantos tratam de divulgar notícias e opiniões sobre assuntos específicos, como esportes ou ciência. Boa parte deles se movimenta no mundo político.
Tanto entre militantes progressistas de esquerda quanto conservadores de direita, o anonimato é usado como uma ferramenta para expressar opiniões e visões políticas sem o risco de sofrer ataques que podem descambar para fora do mundo real, além de ameaçar relacionamentos e empregos.
Metrópoles