O scanner que começará a inspecionar as cargas refrigeradas no Porto de Natal a partir do começo de outubro cobrirá todos os contêineres a serem embarcados, que chega a 350 durante a safra que frutas, entre agosto a janeiro.
Segundo o presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Almirante Elis Treidler Öberg, não deixa de ser um diferencial importante em relação aos grandes portos brasileiros, onde o escaneamento das cargas refrigeradas (que não podem ser abertas por prejudicar a mercadoria perecível) é feito por amostragem dado o grande volume de contêineres.
O equipamento, avaliado para a compra em mais de R$ 11 milhões, será alugado numa parceria entre a Codern e os usuários do serviço, exportadores e o armador, cujas navios levam as frutas para a Europa.
O anúncio do scanner acontece depois da última apreensão de mais de 700 kg de cocaína, no último dia 15 de agosto, numa operação da Polícia Federal junto com a Receita Federal, que localizou a droga dentro de um contêiner carregado de mangas com destino à Holanda.
Em menos de dois anos, ações da Polícia Federal, em cooperação com as Polícias de países europeus, apreenderam, contando com a última operação, mais de 11 toneladas de cocaína relacionadas à rota do tráfico internacional de drogas através do Porto de Natal.
Para o almirante Elis Treidler Öberg, o início da operação do scanner não vai pôr um paradeiro no tráfico pelo terminal de Natal, mas pela cobertura de 100% dos contêineres embarcados vai criar uma grande incerteza para os traficantes de que serão bem-sucedidos.
O almirante informou, ainda, que depois de instalado e em operação, os dados produzidos pelo scanner em suas vistorias não ficarão e nem sequer passarão pela administração portuária, indo diretamente para a Receita Federal.
O almirante disse que uma das medidas imediatas para aumentar a recepção de scanners refrigerados durante a safra de frutas é expandir o número de tomadas no pátio dos atuais 350 para 550 e para 750 numa segunda etapa.
Disse que outra preocupação é agilizar a operação de geradores, o que deve ser financiado por emendas parlamentares, mas sem data certa para acontecer.
Agora RN – Marcelo Hollanda – Repórter