A partir do segundo semestre de 2024, São Gonçalo do Amarante (RN) contará com uma nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que irá duplicar a cobertura de coleta de esgoto do município, elevando-a para cerca de 50%. A primeira fase da obra está prevista para ser finalizada em julho deste ano, quando terá início a pré-operação da ETE. Este projeto é parte integrante do Programa de Ações Estruturantes (PAES) de São Gonçalo.
Localizada no bairro de Santo Antônio do Potengi, a ETE é uma grande estrutura projetada para tratar a água com resíduos, possibilitando seu reuso no processo produtivo ou sua devolução ao meio ambiente sem causar poluição ou contaminação. A estação abrangerá mais de 70 quilômetros de redes de esgoto implantadas em diversos bairros, incluindo Golandim, Amarante, Novo Amarante, Uruaçu, Pajuçara, Coqueiros e Jacaraú. “O esgoto do Ruy Pereira também será destinado à nova estação, beneficiando diretamente mais de 1200 famílias do residencial e garantindo a entrega dos 600 apartamentos fechados há 8 anos. Isso não é mágica, é gestão”, aponta o prefeito do município, Eraldo Paiva.
Tratamento dos esgotos
O tratamento principal dos esgotos se dará através de um Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente, seguido por um Filtro Biológico Aerado e Anóxico. Para o pós-tratamento e remoção de fósforo, serão adotados um Floculador Eletromecânico e um Decantador Secundário, além da desinfecção por Cloração. A vazão média considerada para o dimensionamento da ETE será de 96,42 L/s (347,11 m³/h).
“A nova ETE de Santo Antônio terá um tratamento altamente moderno e eficiente, garantindo teores mínimos de sólidos, matéria orgânica e nutrientes no efluente tratado, tornando-o apto para reuso conforme as legislações ambientais atuais”, destacou Gilmar Benevides, engenheiro ambiental do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Gonçalo do Amarante (SAAE/SGA).
Com a conclusão da obra, o município verá um significativo aumento no percentual de cobertura da coleta e tratamento de esgotos, que saltará de 23% para 45%, aproximando São Gonçalo da meta proposta pelo novo marco do saneamento. “Isso representa uma melhoria nas condições de saúde da população, com a redução da incidência de doenças patogênicas e de veiculação hídrica, além da conservação dos recursos hídricos e melhoria da qualidade da água superficial e do lençol freático. É mais qualidade de vida e desenvolvimento sustentável para o município”, afirmou Maria Camila Lima, subsecretária de obras de São Gonçalo do Amarante.