A taxa de desocupação no Rio Grande do Norte alcançou, em agosto, o maior percentual desde maio: 17%. Isso significa que 235 mil pessoas estão em busca de trabalho no Rio Grande do Norte. Com o resultado, o estado tem uma das cinco maiores taxas de desocupação do Brasil. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid19 de agosto.
No início da pesquisa, em maio deste ano, a taxa de 12,3% representava 173 mil pessoas desocupadas no Rio Grande do Norte. Portanto, 62 mil potiguares a mais passaram a pressionar o mercado de trabalho ao longo desse período. No Nordeste, Bahia (18%) e Maranhão (18%) superam o estado potiguar e lideram o ranking nacional.
Enquanto a taxa de desocupação cresce mensalmente, o número de pessoas que não procuram trabalho “em razão da pandemia ou porque não havia trabalho na localidade, mas gostariam de trabalhar” diminui. Em julho, eram 449 mil pessoas; em agosto, a quantidade de pessoas nessa situação diminui para 404 mil. Essas pessoas compõem um dos grupos que estão fora da força de trabalho, porque não têm ocupação nem tomaram providência efetiva para retornar ao mercado.
Afastamento do trabalho
O número de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho em razão do distanciamento social teve uma queda de 40% no Rio Grande do Norte. Em julho, eram 140 mil trabalhadores, mas agosto esse número chegou ao menor nível desde o início da pesquisa: 84 mil. Isso corresponde a 7,4% da população ocupada.
O estado possui a segunda maior proporção de trabalhadores afastados da região Nordeste, atrás apenas de Alagoas (8,2%). No Brasil, esse tipo de afastamento ainda atinge 5% dos trabalhadores.